Eleições estaduais em Alagoas em 1955

As eleições estaduais em Alagoas em 1955 aconteceram em 3 de outubro como parte das eleições gerais em nove estados cujos governadores exerciam um mandato de cinco anos.[nota 1][nota 2][1]

1954 Brasil 1958
Eleições estaduais em  Alagoas em 1955
3 de outubro de 1955
(Turno único)
Candidato Muniz Falcão Afrânio Lages
Partido PSP UDN
Natural de Ouricuri, PE Maceió, AL
Vice Sizenando Nabuco Antônio Mafra
Votos 53.085 49.669
Porcentagem 51,66% 48,34%

Advogado formado pela Universidade Federal de Alagoas,[2] o também jornalista Muniz Falcão é pernambucano de Ouricuri e viveu por algum tempo em Crato, Ceará. Delegado regional do trabalho em Alagoas, Sergipe e Bahia, foi eleito deputado federal pelo PST em 1950 e após ingressar no PSP foi reeleito em 1954.[nota 3] Eleito governador para um mandato de cinco anos em 1955, vivenciou os enfrentamentos entre seus partidários e a oposição. Em 13 de setembro de 1957 foi marcada a votação de seu pedido de impeachment e dias depois o poder foi entregue ao vice-governador Sizenando Nabuco, entretanto o Supremo Tribunal Federal reintegrou o governador afastado em 24 de janeiro de 1958.[3]

Nascido na cidade de Passo de Camaragibe, o advogado Sizenando Nabuco é formado pela Universidade Federal de Pernambuco. Promotor de justiça em Maragogi, São Miguel dos Campos e Maceió, além de juiz auxiliar em Pilar, foi inspetor de ensino de Alagoas e diretor do Montepio dos Servidores do Estado. Prefeito interino de Maceió em setembro de 1933, foi secretário-geral da interventoria federal,[nota 4] delegado de polícia lotado no Departamento de Ordem Política e Social na capital alagoana, foi provedor da Santa Casa de Misericórdia e aposentou-se como procurador do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE). Filiado ao PTB, elegeu-se deputado estadual em 1947 sendo reeleito em 1950 e 1954. Sua carreira política terminou após cumprir o mandato de vice-governador de Alagoas para o qual fora eleito via PSP em 1955.

Resultado da eleição para governador editar

Em relação à disputa pelo governo estadual os arquivos do Tribunal Superior Eleitoral informam o comparecimento de 106.984 eleitores, dos quais 102.754 foram votos nominais ou votos válidos. Foram apurados também 1.927 votos em branco (1,80%) 2.303 votos nulos (2,15%).[1]

Candidatos a governador do estado
Candidatos a vice-governador Número Coligação Votação Percentual
Muniz Falcão
PSP
Ver abaixo
-
-
PSP (sem coligação)
53.085
51,66%
Afrânio Lages
UDN
Ver abaixo
-
-
UDN (sem coligação)
49.669
48,34%
  Eleito

Resultado da eleição para vice-governador editar

Em relação à disputa para vice-governador os arquivos do Tribunal Superior Eleitoral informam o comparecimento de 106.984 eleitores, dos quais 100.607 foram votos nominais ou votos válidos. Foram apurados também 3.840 votos em branco (3,59%) 2.537 votos nulos (2,37%).[1]

Candidatos a governador do estado
Candidatos a vice-governador Número Coligação Votação Percentual
Ver acima
-
Sizenando Nabuco
PSP
-
PSP (sem coligação)
50.865
50,56%
Ver acima
-
Antônio Mafra
UDN
-
UDN (sem coligação)
49.742
49,44%
  Eleito

Notas

  1. Alagoas, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.
  2. Os governadores eleitos em 1947 terminariam seus mandatos no mesmo dia que o presidente Eurico Gaspar Dutra e a partir de então alguns estados fixaram em cinco anos o mandato de seus governadores na ausência de uma vedação constitucional, e assim os estados acima faziam eleições a cada lustro. Goiás aderiu à regra do quinquênio em 1960.
  3. Sua posterior vitória na eleição para governador levou à efetivação de Mendonça Braga.
  4. Dadas as atribuições do cargo, na prática o mesmo equivalia ao de vice-governador do estado.

Referências

  1. a b c BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 14 de agosto de 2016 
  2. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Muniz Falcão». Consultado em 14 de agosto de 2016 
  3. Redação (13 de setembro de 1957). «A participação do senador Juracy na crise alagoana. Geral, p. 05». acervo.estadao.com.br. O Estado de S. Paulo. Consultado em 14 de agosto de 2016