Emília Lépida (esposa de Marco Júnio Silano Torquato)
Emília Lépida (n. 5 a.C.) foi uma matrona e nobre romana. Era a filha mais velha de Júlia, a Jovem (a primeira neta do imperador Augusto) e do cônsul Lúcio Emílio Paulo. Seu pai era de uma ilustre e antiga família patrícia da gente Emília. Ela foi a primeira bisneta de Augusto e era prima de Marco Emílio Lépido (6-39), que foi casado com a irmã favorita de Calígula, Drusila e que foi executado no reinado de Calígula.[1]
Emília Lépida | |
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Nascimento | 3 a.C. |
Morte | 53 |
Cidadania | Roma Antiga |
Progenitores | |
Cônjuge | Marco Júnio Silano Torquato |
Filho(a)(s) | Junia Calvina, Décimo Júnio Silano Torquato, Lucius Junius Silanus Torquatus, Marco Júnio Silano Torquato, Junia Lepida, Márcia (mãe de Trajano) |
Irmão(ã)(s) | Marcus Aemilius Lepidus, Vipsanius |
Ocupação | aristocrata |
Em sua juventude, Lépida foi prometida em casamento para Cláudio, mas seus pais caíram em desgraça com Augusto e o imperador rompeu o noivado. Em 8, sua mãe Júlia, foi exilada por adultério exatamente como a mãe dela havia sido exilada antes. Seu pai, Lúcio foi executado em 14 por participar de uma conspiração contra Augusto.
A data de sua morte não é conhecida.
Família
editarPor volta de 13, Lépida se casou com Marco Júnio Silano Torquato, cônsul em 19, da gente Júnia.[2][3] Todos os filhos do casal sofreram por causa de sua relação (distante) com a família imperial[2]:
- Marco Júnio Silano Torquato, cônsul em 46, foi executado em 54 para assegurar a sucessão de Nero e para evitar que ele vingasse a morte de seu irmão Lúcio (abaixo).
- Júnia Calvina, casada com Lúcio Vitélio, um irmão do futuro imperador Vitélio. Acusada de incesto com Lúcio, foi exilada por Cláudio. Dez anos depois foi reconvocada a Roma por Nero. Morreu depois de 79.
- Décimo Júnio Silano Torquato, cônsul em 53, foi forçado a cometer suicídio em 64 por Nero depois de ser acusado de se gabar de sua descendência de Augusto.
- Lúcio Júnio Silano Torquato, pretor em 48 e noivo de Otávia, filha de Cláudio. Agripina espalhou um rumor de que ele teria cometido incesto com Júnia, o que fez com que ele fosse expulso do Senado. Lúcio se matou no dia do casamento de Cláudio com Agripina em 49.
- Júnia Lépida, casada com Caio Cássio Longino. Criou o filho de seu irmão Marcos, Lúcio (50-66), depois que ele foi executado.[4]
- Júnia Silana, amiga e depois adversária de Agripina, mãe de Nero. Morreu no exílio em 59.
Árvore genealógica
editarReferências
- ↑ Barrett, Anthony, 'Caligula: The Corruption of Power' (Routledge, 1989), p.82-3.
- ↑ a b Oxford Classical Dictionary, 2nd Ed. (1970).
- ↑ Realencyclopädie der Classischen Altertumswissenschaft.
- ↑ Barrett, Anthony, Caligula: The Corruption of Power (Touchstone, 1989), p.viii-ix.
- ↑ Michael Harlan, Roman Republican Moneyers and their Coins 63 BC - 49 BC, Londra, Seaby, 1995, pag. 3.
- ↑ Ronald Syme, L'aristocrazia augustea, Rizzoli Libri, Milano, 1993, ISBN 978-8817116077, tavola IV.
Fontes
editar- Caio Suetônio Tranquilo, De Vita Caesarum, Cláudio, 26.
- Públio Cornélio Tácito, Annales.