Eneida de Moraes

jornalista brasileira

Eneida de Villas Boas Costa de Moraes (Belém, Pará, 23 de Outubro de 1904Rio de Janeiro, 27 de abril de 1971), ou simplesmente Eneida, como ela preferia ser chamada, foi uma jornalista, escritora, militante política e pesquisadora brasileira.

Eneida de Moraes
Nome completo Eneida de Villas Boas Costa de Moraes
Nascimento 23 de outubro de 1904
Belém
Morte 27 de abril de 1971 (66 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade Brasil Brasileira
Ocupação Jornalista, escritora, militante política e pesquisadora
Principais trabalhos História do carnaval carioca (1958)

Eneida é sempre descrita em relatos de amigos e parentes como uma mulher forte, viva, corajosa, audaciosa e inteligente.

"Eneida sempre livre
Eneida sempre flor
Eneida sempre viva
Eneida sempre amor"
João de Jesus Paes Loureiro

Biografia editar

Filha de um comandante de navios, desde pequena nutriu grande afeição pelos rios e pela Amazônia. Ainda criança, participou de um concurso de Jovens Escritores, obtendo o primeiro lugar, com um texto que falava do imaginário de um caboclo amazônida.

Durante os anos 20 e 30, colaborou em jornais como o Estado do Pará, Para Todos (RJ), e nas revistas Guajarina, A Semana e Belém Nova. Em 1930, fixa residência no Rio de Janeiro, onde irá filiar-se ao Partido Comunista do Brasil (PCB). Declaradamente marxista, Eneida liderou greves e manifestações contra o sistema capitalista e as opressões do governo Brasileiro. Envolveu-se diretamente nas revoluções de 1932 e 1935, o que resultou em 11 prisões durante o Estado Novo, além de torturas, clandestinidade e exílio. Na prisão, conhece Olga Benário e Graciliano Ramos, que a imortalizou em “Memórias do Cárcere”. Atuou como jornalista profissional em periódicos partidários e da grande imprensa, nas funções de repórter e de cronista, entremeando essas atividades com a publicação de 11 livros e várias traduções.

Escreveu História do carnaval carioca (1958), a primeira grande obra sobre este assunto, que estabeleceria as principais categorias do carnaval brasileiro ao definir o conceito de cordões, corso, ranchos, sociedades e entrudo, entre tantos outros. Foi criadora do baile do Pierrot no Rio de Janeiro e em Belém.

As escolas de samba Salgueiro em 1973, com o tema Eneida, amor e fantasia, Império de Samba Quem São Eles de Belém Pa em 1973 com o tema Eneida sempre amor e Paraíso do Tuiuti em duas ocasiões: uma em 1990 e outra em 2010, com o título "Eneida, o pierrot está de volta", mas, em ambas ocasiões, com sambas distintos, numa homenagem à jornalista no carnaval.

Obras editar

  • História do carnaval carioca (1958);
  • Promessa em azul e branco (1957);
  • Terra verde, poesia;
  • O quarteirão, crônicas;
  • Paris e outros sonhos, crônicas;
  • Sujinho da terra, crônicas;
  • Cão da madrugada, crônicas;
  • Aruanda, crônicas;
  • Banho de Cheiro, autobiografia.

Referências

Ligações externas editar


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