Erodona mactroides
Erodona mactroides (nomeado, em inglês, erodon Corbula;[11] em português, no Brasil; termos derivados da língua indígena tupi: baquiqui[4][5][6],[7] cernambi – Segundo o Dicionário Aurélio a denominação "cernambi" é dada especialmente para Anomalocardia flexuosa;[12] ainda citando Amarilladesma mactroides[13] e Erodona mactroides,[8] sob tal nome,[1] com o Dicionário Houaiss mudando sua grafia para sernambi (ou sarnambi)[3] e acrescentando, também, Tivela mactroides,[14] Eucallista purpurata,[15] Phacoides pectinatus[16] e Donax hanleyanus)[17][18] é um molusco Bivalvia, marinho e litorâneo, da família Corbulidae[8][11] (no século XX, também na família Erodonidae);[4] considerada a única espécie do gênero Erodona[19] e classificada por Louis-Augustin Bosc d’Antic em 1801, na sua obra Histoire Naturelle des Coquilles, contenant leur description, les moeurs des animaux qui les habitent et leurs usages.[4][8] Habita as costas do oeste do Atlântico, da região sul do Brasil, no Paraná, até Uruguai e Argentina, enterrando-se nos bentos de substrato lodoso de águas rasas das zonas estuarinas[4][5][11][10] até os 10 metros de profundidade; podendo ser encontrado em sambaquis até o Rio Grande do Sul.[7]
[1][2][3] Baquiqui[4][5][6][7] Erodona mactroides Sernambi | |||||||||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||||||
Erodona mactroides Bosc, 1801[8] | |||||||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||||||
Mya labiata Maton, 1810 Corbula porcina Lamarck, 1818 Mya erodona Lamarck, 1818 Corbula donacina Deshayes, 1830 Potamomya nimbosa Hinds, 1843 Potamomya ochreata Hinds, 1843 Azara undata Conrad, 1866 Corbula prisca E. von Martens, 1880 (WoRMS)[8] Azara labiata[9] Corbula mactroides (Bosc, 1802)[9][10] Erodona prisca (E. von Martens, 1880)[4][7] Azara procera Paetel, 1890[10] |
Descrição da concha editar
Erodona mactroides possui concha subtrigonal e com umbos proeminentes, de valvas infladas e delgadas, a direita maior que a esquerda; com perióstraco fino, castanho a amarelado, cobrindo uma superfície de coloração esbranquiçada, com linhas em zigue-zague nos indivíduos juvenis; podendo atingir os 2.8 centímetros de comprimento, quando bem desenvolvida.[4][7][10]
Rodolpho von Ihering editar
É possível que um dos dois principais dicionários do português do Brasil tenha se confundido ao acrescentar Tivela mactroides[14][18] à lista das espécies de sernambi.[carece de fontes] Em seu livro Dicionario dos Animais do Brasil, Rodolpho von Ihering se confunde e troca o mesodesmatideo Amarilladesma mactroides[13][20] pelo corbiculideo,[8] ao dizer que seu "nome científico foi substituído várias vêzes; assim, chamava-se Azara labiata, Mesodesma mactroides[9][13] e hoje parece que prevalece Corbula mactroides" ( = Erodona mactroides); ainda citando que "é comestível; também o conservam sêco, salgado ou preparado no fumeiro".[9] Alexandre Valente Boffi dá os nomes baquiqui e sernambi a Amarilladesma mactroides, em seu livro Moluscos Brasileiros de Interesse Médico e Econômico; ainda sob o antigo nome Mesodesma mactroides.[13][20]
Etimologia de mactroides editar
A etimologia do epíteto específico mactroides está relacionada com o gênero Mactra de bivalves e significaria "na forma de Mactra", "parecido com Mactra".[21]
Ligações externas editar
- Erodona mactroides (355) na página 126 do "Bulletin of the British Museum (Natural History)" (1949) - Internet Archive.
Referências
- ↑ a b FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 384. 1838 páginas
- ↑ HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello (2001). Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva. p. 679. 2922 páginas. ISBN 85-7302-383-X
- ↑ a b Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2001; página 679); cernambi; s.m. - substantivo masculino - MALAC - malacologia - B - regionalismo - f. a evitar - forma a evitar -, por SERNAMBI.
- ↑ a b c d e f g RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 292-293. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2
- ↑ a b c FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda (Op. cit., p.230.).
- ↑ a b HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello (Op. cit., p.398.).
- ↑ a b c d e SOUZA, Rosa Cristina Corrêa Luz de; LIMA, Tania Andrade; SILVA, Edson Pereira da (2011). Conchas Marinhas de Sambaquis do Brasil 1ª ed. Rio de Janeiro, Brasil: Technical Books. p. 138. 252 páginas. ISBN 978-85-61368-20-3
- ↑ a b c d e f g h «Erodona mactroides Bosc, 1801» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 23 de abril de 2021
- ↑ a b c d IHERING, Rodolpho von (1968). Dicionario dos Animais do Brasil. São Paulo: Editora Universidade de Brasília. p. 634. 790 páginas
- ↑ a b c d «Erodona mactroides Bosc, 1801». Conquiliologistas do Brasil: CdB. 1 páginas. Consultado em 23 de abril de 2021
- ↑ a b c ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 370. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0
- ↑ «Anomalocardia flexuosa (Linnaeus, 1767) (imagem)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 23 de abril de 2021
- ↑ a b c d «Amarilladesma mactroides (Reeve, 1854)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 23 de abril de 2021
- ↑ a b «Tivela mactroides (Born, 1778)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 23 de abril de 2021
- ↑ «Eucallista purpurata (Lamarck, 1818)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 23 de abril de 2021
- ↑ «Phacoides pectinatus (Gmelin, 1791)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 23 de abril de 2021
- ↑ «Donax hanleyanus Philippi, 1847» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 23 de abril de 2021
- ↑ a b HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; FRANCO, Francisco Manoel de Mello (Op. cit., p.2555.).
- ↑ «Erodona Bosc, 1801» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 23 de abril de 2021
- ↑ a b BOFFI, Alexandre Valente (1979). Moluscos Brasileiros de Interesse Médico e Econômico. São Paulo: FAPESP - Hucitec. p. 64-65. 182 páginas
- ↑ Cadê o Berbigão? (17 de abril de 2018). «Mactroides» (em inglês). Facebook. 1 páginas. Consultado em 23 de abril de 2021.
Mactra é um outro gênero de bivalve; mactroides seria algo "na forma de Mactra", "parecido com Mactra".