Eros

deus grego do desejo, do amor erótico e da afeição
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 Nota: Para o conceito filosófico em geral, veja Eros (conceito). Para outros significados, veja Eros (desambiguação).

Eros (em grego: Ἔρως), na mitologia grega, era o Deus do amor e do erotismo. Era um dos Erotes. Primeiramente, foi considerado como um Deus do Olimpo, filho de Afrodite com Ares, ou apenas de Afrodite, conforme as versões. Ele é, normalmente, retratado em pinturas acompanhado da mãe.

Eros

Jovem defendendo-se de Eros
Por William-Adolphe Bouguereau
Cônjuge(s) Psiquê
Pais Afrodite com Ares
ou Caos (segundo Hesíodo)
Irmão(s) Gaia, Tártaro, Nix
Filho(s) Hedonê
Romano equivalente Cupido

Hesíodo, em sua Teogonia, considera-o filho de Caos, portanto um deus primordial. Além de o descrever como sendo muito belo e irresistível, levando a ignorar o bom senso, atribui-lhe também um papel unificador e coordenador dos elementos, contribuindo para a passagem do caos ao cosmos.[1]

Platão, no Banquete, descreve por "Eros" o conceito geral de Amor (ver scala amoris), e numa seção da narrativa explica a genealogia de seu nascimento:

Eros
Por Peter Paul Rubens, 1614
Antiga Pinacoteca, Munique

Em uma parte do mito, Afrodite faz um desabafo a Métis (ou Têmis), queixando-se que seu filho continuava sempre criança. Métis lhe explica que Eros era muito solitário e, por isso, mimado. Haveria de crescer se tivesse um irmão. Anteros nasceu pouco depois e Eros começou a crescer e tornar-se ainda mais belo e robusto.

Eros casou-se com Psiquê, com a condição de que ela nunca pudesse ver o seu rosto, pois isso significaria perdê-lo. Mas Psiquê, induzida por suas invejosas irmãs, observa o rosto de Eros à noite sob a luz de uma vela. Encantada com tamanha beleza do deus, se distrai e deixa cair uma gota de cera sobre o peito de seu marido, que acorda. Irritado com a traição de Psiquê, Eros a abandona. Esta, ficando perturbada, passa a vagar pelo mundo até se entregar à morte. Eros, que também sofria pela separação, implora para que Zeus tenha compaixão deles. Zeus o atende e Eros resgata sua esposa e passam a viver no Olimpo, isso após ela tomar um pouco de ambrosia tornando-a imortal. Com Psiquê, teve Hedonê, o prazer.

Anacreonte o descreve como "Eros de cachos dourados". [2]

Representação editar

 
Eros e Sua Mãe Afrodite. O Julgamento de Páris.
Pintura de Enrique Simonet

Eros é frequentemente retratado como um garotinho alado, de cabelos louros, com aparência de inocente e travesso que jamais cresceu (simbolizando a eterna juventude do amor profundo). Portando um arco e flecha e até mesmo com uma tocha acesa. Sempre pronto a atingir, de forma certeira, suas flechas "envenenadas" com amor e paixão. Os alvos sempre sendo a região do coração e do fígado.

 
Commons
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Ver também editar

Referências

  1. Hesíodo, Teogonia
  2. Fränkel, Hermann (17 de julho de 2019). Poesía y Filosofía de la Grecia Arcaica: Una historia de la épica, la lírica y la prosa griegas hasta la mitad del siglo quinto (em espanhol). [S.l.]: Antonio Machado Libros 
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