Escândalo dos falsos positivos
O escândalo dos falsos positivos (em castelhano: Escándalo de los falsos positivos) foi uma série de assassinatos na Colômbia, como parte do conflito armado naquele país entre o governo e as forças de guerrilha, onde membros das forças armadas atraiam civis pobres ou deficientes mentais para partes remotas do país com ofertas de trabalho, matavam-nos e os apresentavam às autoridades como guerrilheiros mortos em batalha, em um esforço para inflar a contagem de corpos e receber promoções ou outros benefícios. Enquanto as agências de investigação colombianas encontram casos já em 1988, o auge do fenômeno ocorreu entre 2006 e 2009, durante a presidência de Álvaro Uribe Vélez.[1][2]
Em junho de 2012, um total de 3.350 casos desse tipo haviam sido investigados em todas as partes do país e 170 casos haviam sido julgados. Grupos de direitos humanos afirmaram que os processos judiciais progrediram muito lentamente.[1] Um estudo de 2018 reivindica um total de 10.000 vítimas "falsos positivos" entre 2002 e 2010.[3]
O escândalo dos falsos positivos levou à demissão de vários oficiais e suboficiais do exército.[4] O Comandante-em-Chefe do Exército, General Mario Montoya, renunciou ao cargo e foi nomeado Embaixador na República Dominicana.[5] Essas revelações colocaram em debate alguns métodos da política de “segurança democrática” implementada pelo presidente Álvaro Uribe.
Referências
- ↑ a b «In Colombia, 6 sentenced in 'false positives' death scheme». Los Angeles Times. 14 de junho de 2012
- ↑ Rodrigo Craveiro (19 de fevereiro de 2021). «Exército colombiano matou mais de 6 mil civis entre 2002 e 2008». Correio Braziliense
- ↑ Daniels, Joe Parkin (8 de maio de 2018). «Colombian army killed thousands more civilians than reported, study claims». the Guardian (em inglês)
- ↑ Purga en el Ejército por falsos positivos, Radio Santa Fe
- ↑ Renunció el general Mario Montoya, Caracol Radio