Olavo de Carvalho: diferenças entre revisões

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Em entrevista à [[British Broadcasting Corporation|BBC]] em dezembro de 2016, Olavo, quando perguntado sobre a direita brasileira, afirmou: "quis que uma direita existisse [no Brasil], o que não quer dizer que eu pertença a ela. Fui o parteiro dela, mas o parteiro não nasce com o bebê". Para ele "atualmente é obrigatório estar na direita", mas deixou claro que não tem "compromisso com nenhuma política em particular".<ref name="BBC" />
 
=== CiênciaGlobalismo e socialismo ===
Olavo critica fortemente o chamado movimento globalista, que em sua visão não trata-se apenas da simples defesa de abertura de [[mercado]]s, mas sim da "introdução de regulamentações em escala mundial que transferem a soberania das nações para organismos internacionais", procurando o estabelecimento de uma "[[Nova Ordem Mundial (teoria conspiratória)|Nova Ordem Global]]". Tal ordem estaria associada à uma "uniformização econômica do planeta", e traria "no seu bojo as sementes de uma neo-religião híbrida, meio [[Ecologia|ecológica]], meio [[ocultista]] (...) e cuja implantação resulta pura e simplesmente na destruição completa do [[cristianismo]] e do [[judaísmo]]". Os principais agentes do [[globalismo]] seriam as fundações [[Fundação Ford|Ford]], [[Rockefeller]] e MacArthur, como também [[George Soros]] e seus associados, o [[Clube de Bilderberg|Clube Bilderberg]], o [[Council on Foreign Relations]], a [[Comissão Trilateral]], como também, politicamente, o "[[Partido Democrata]], [[Inter-American Dialogue|Diálogo Interamericano]], os Clintons, os Kennedys e uma multidão de Carters". Segundo Olavo esses chamados agentes globalistas financiam a [[esquerda política]] latino-americana visando obter um "instrumento para enfraquecer a resistência americana, facilitando a implantação do governo mundial que a ONU já declarou ser seu objetivo prioritário para as próximas décadas".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/050725dc.htm Automacumba semântica]</ref><ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/121125dc.html Salvando o triunvirato global]</ref>
 
Afirma ainda que essa elite globalista nada tem a ver com o [[liberalismo econômico|capitalismo liberal]]. "Ao contrário: tudo fez para promover três tipos de socialismo: o [[Sociedade Fabiana|socialismo fabiano]] na [[Europa Ocidental]] e nos [[EUA]], o [[socialismo marxista]] na [[URSS]], na [[Europa Oriental]] e na [[China]] e o [[nacional-socialismo]] na [[Europa central]]. Gastou, nisso, rios de dinheiro. Criou o parque industrial soviético no tempo de [[Stálin]], a [[indústria bélica]] do [[Führer]] e, mais recentemente, a [[Grande potência|potência econômico-militar]] da China (...)".<ref name="acontecendo">[http://www.olavodecarvalho.org/semana/120829dc.html O que está acontecendo]</ref>
Olavo criticou fortemente diversas figuras que ocupam lugar destacado na história das ciências, como por exemplo [[Isaac Newton]], a quem acusa de ter disseminado "o vírus da burrice na Terra."<ref name="Jornal Opção"/> A crítica estende-se ainda [[Giordano Bruno]], que segundo ele "não fez nenhuma descoberta (...). Nem sequer estudou as ciências modernas, física, [[astronomia]], [[biologia]] ou [[matemática]]. Ele não foi condenado por defender teorias científicas, mas por prática de [[feitiçaria]], que na época era [[crime]]",<ref name="jardim" /> e a Galileu:<blockquote>Um fundo de [[charlatanismo]] parece já ter sido introduzido na [[física]] por Galileu, quando proclamou ter superado a noção da ciência antiga, segundo a qual um objeto não impelido por uma força externa permanece parado — uma ilusão dos [[sentido]]s, segundo ele. Na realidade, pontificava, um objeto em tais condições permanece [[Lei da Inércia|parado ou em movimento retilíneo e uniforme]]. E, após ter assim derrubado a física antiga, esclarecia discretamente que o movimento retilíneo e uniforme não existe realmente, mas é uma ficção concebida pela mente para facilitar as medições. Ora, se o objeto não movido de fora permanece parado ou tem um movimento fictício, isto significa, rigorosamente, que ele permanece parado em todos os casos, exatamente como o dizia a física antiga, e que Galileu, mediante um novo sistema de medições, conseguiu apenas explicar por que ele permanece parado. Ou seja, Galileu não contestou a física antiga, apenas inventou um modo melhor de provar que ela tinha razão, e que o testemunho dos sentidos, sendo verídico o bastante, não tem em si a prova da sua veracidade — coisa que já era arroz-com-feijão desde o tempo de [[Aristóteles]]. Foi este episódio que inaugurou a mania dos cientistas modernos de tomarem simples mudanças de métodos como se fossem “provas” de uma nova constituição da realidade.<ref name="jardim" /></blockquote>
 
Olavo aponta que o chamado [[socialismo fabiano]] ("[[terceira via]], [[keynesianos]], [[sociais-democratas]]"<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/convidados/0153.htm O mal é o que sai da boca do intelectual de esquerda], por Alceu Garcia</ref>) "distingue-se do marxista porque forma quadros de elite para influenciar as coisas desde cima em vez de organizar movimentos de massa. Seu momento de glória veio com a administração keynesiana de [[Roosevelt]], que, a pretexto de salvar o capitalismo, estrangulou a liberdade de mercado e criou uma burocracia estatal infestada de comunistas (...). No poder, os fabianos dão uma maquiada na economia capitalista enquanto fomentam por canais aparentemente neutros a disseminação de idéias socialistas, promovem a intromissão da [[burocracia]] em todos os setores da vida (não necessariamente os econômicos) e subsidiam a recuperação do socialismo revolucionário. Quando este está de novo pronto para a briga, (...) novamente eles fingirão salvar a pátria enquanto salvam, por baixo do pano, o socialismo".<ref name="stalin">[http://www.olavodecarvalho.org/semana/08032002globo.htm A mão de Stálin está sobre nós]</ref> "O fabianismo nunca foi inimigo do socialismo marxista: adora-o e cultiva-o, porque a economia marxista, incapaz de progresso tecnológico, lhe garante mercados cativos, e também porque sempre considerou o comunismo um instrumento da sua estratégia global. Os comunistas, é claro, respondem na mesma moeda, tentando usar o socialismo fabiano para seus próprios fins e infiltrando-se em todos os partidos socialistas democráticos do [[Ocidente]]".<ref name="acontecendo"/>
Também é crítico do trabalho de [[Georg Cantor]] a respeito de [[número transfinito|números transfinitos]], acusando-o de confundir "números com seus meros signos", vendo seu trabalho como um "jogo de palavras" e uma "falsa lógica".<ref name="jardim">{{Citar livro|autor=Olavo de Carvalho|título=O jardim das aflições|subtítulo=de Epicuro à ressurreição de César (ensaio sobre o materialismo e a religião civil)|edição=2ª|editora=É Realizações|ano=2000|página=335|isbn=8588062011}}</ref>
 
Com essa linha de raciocínio, afirma que a [[Guerra Fria]] "foi, em grande parte, puro fingimento: a elite Ocidental concorria com o comunismo sem nada fazer para destruí-lo. Ao contrário, ajudava-o substancialmente. (...) A concorrência entre “capitalismo” e “socialismo” foi um véu ideológico para uso das multidões, mas a luta entre [[Oriente]] e Ocidente é para valer".<ref name="acontecendo"/>
Não acredita no [[aquecimento global]]<ref name=":7">{{citar periódico|ultimo=Carvalho|primeiro=Olavo de|data=14 de dezembro de 2009|titulo=O império mundial da burla|jornal=Diário do Comércio|doi=|url=|acessadoem=12-02-2017}}</ref> e fundamenta-se no episódio que ficou conhecido como ''[[Climategate]]'', em que [[hackers]], nas vésperas da [[Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2009|Conferência de Copenhague]], disseminaram milhares de e-mails de climatologistas da Universidade de East Anglia, visando minar a credibilidade da conferência. Além disso, Olavo aponta que o ''Climategate'' seria obra da [[família Rockefeller]], do [[Council on Foreign Relations|Council of Foreign Relations]] e do [[Clube de Bilderberg]], indicando-os como atores principais da Nova Ordem Mundial, também responsáveis pelas "campanhas mundiais abortista e gayzista, da nova religião global biônica, da proposta do governo Obama para o controle universal da circulação de capitais".<ref name=":8">{{Citar web|url=http://www.olavodecarvalho.org/as-cabecas-e-a-missao/|titulo=As cabeças e a missão|data=|acessodata=2017-02-13|obra=www.olavodecarvalho.org|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
Nesse sentido Olavo enxerga como atuantes três grandes "projetos de dominação global":<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/textos/110307debate.html Debate com Duguin - I]</ref> além do movimento acima mencionado ([[globalismo]] [[stricto sensu]] ou ocidental), estariam em ação os "globalistas islâmicos" que visariam a unificação de Estados muçulmanos em um "grande projeto do [[Califado]] Universal", como também um bloco "russo-chinês" cuja classe dominante seria oriunda da "[[Nomenklatura]] comunista" e composta "essencialmente de burocratas, agentes dos [[serviços de inteligência]] e oficiais militares", classe essa que, uma vez que teria admitido "a derrota do comunismo, (...) reagiu e criou do nada uma nova estratégia independente, o [[eurasianismo]], mais hostil a todo o Ocidente do que o comunismo jamais foi".<ref name="acontecendo"/>
Para Olavo, a [[AIDS]] não representa um risco para a população heterossexual, baseando-se no livro ''The Myth of Heterosexual Aids'' do jornalista [[Michael Fumento]], não concordando também que a AIDS tenha sido um perigo iminente para toda a humanidade, alegando que essa ideia foi disseminada pela [[indústria farmacêutica]] e outros grupos para captar verbas governamentais.<ref name=":8" />
 
=== Conservadorismo e liberalismo ===
Olavo define o [[conservadorismo]] como a "[[política]] que se constitui da síntese inseparável de economia de [[livre mercado]], [[democracia parlamentar]], lei e ordem, [[moral]] [[Tradição judaico-cristã|judaico-cristã]] e predomínio da cultura clássica na [[educação]]".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/061001zh.html Baita democracia]</ref>
 
Ainda afirma que "é uma farsa monstruosa situar [[nazismo]] e [[fascismo]] na [[extrema-direita]], subentendendo que a [[democracia liberal]] está no [[centro (política)|centro]], mais próxima do socialismo. Ao contrário: o que há de mais radicalmente oposto ao socialismo é a [[democracia liberal]]. Esta é a única verdadeira direita. É mesmo a [[extrema-direita]]: a única que assume o compromisso sagrado de jamais se acumpliciar com o socialismo. Nazismo e fascismo não são extrema-direita, pela simples razão de que não são direita nenhuma: são o maldito centro, são o meio-caminho andado, são o abre-alas do sangrento carnaval socialista".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/verdadireita.htm A verdadeira direita]</ref>
 
Sobre o [[golpe militar de 1964]], Olavo afirma que os militares "não eram conservadores de maneira alguma, eram indivíduos formados na tradição positivista – forte nos meios militares até hoje – que abomina o livre movimento das idéias na sociedade e acredita que o melhor governo possível é uma [[ditadura]] [[Tecnocracia|tecnocrática]]". "O [[positivismo]] nada tem de conservador: é, com o marxismo, uma das duas alas principais do movimento revolucionário. Compartilha com sua irmã inimiga a crença de que cabe à elite governante remoldar a sociedade de alto a baixo, falando em nome do povo para que o povo não possa falar em seu próprio nome".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/120803dc.html A falsa memória da direita]</ref> "E, na concorrência de poder e prestígio, eles eliminaram alguns políticos de direita da mais alta qualidade, como [[Carlos Lacerda]]. A [[Arena]] era ideologicamente inócua. De lá para cá, a classe política, que era de maioria direitista, acabou sendo marginalizada e deixando um espaço vazio. Esse espaço foi preenchido pelos políticos de esquerda que voltavam do exílio. Quando veio a [[Constituição de 1988]], a esquerda já era praticamente hegemônica".<ref name="esquerda vacuo">[http://www.olavodecarvalho.org/textos/110403veja.html Olavo de Carvalho: esquerda ocupou vácuo pós-ditadura!]. Entrevista concedida a Gabriel Castro para a Veja Online, publicada em 3 de abril de 2011.</ref>
 
Nesse mesmo sentido, diz que o governo militar "se ocupou de combater a [[guerrilha]], mas não de combater o comunismo na esfera cultural, social e moral. Havia a famosa teoria da panela de pressão, do general [[Golbery do Couto e Silva]]. Ele dizia: 'Não podemos tampar todos os buraquinhos e fazer pressão, porque senão ela estoura'. A válvula que eles deixaram para a esquerda foram as universidades e o aparato cultural. Na mesma época, uma parte da esquerda foi para a guerrilha, mas a maior parte dela se encaixou no esquema pregado por Antonio Gramsci, que é a revolução cultural, a penetração lenta e gradual em todas as instituições de cultura, mídia etc". "O período militar foi a época de maior progresso da indústria editorial de esquerda no Brasil. Nunca se publicou tanto livro de esquerda".<ref name="esquerda vacuo"/>
 
Segundo ele "o povo brasileiro é profundamente conservador. Sobretudo no aspecto social. É maciçamente contra o [[aborto]], o [[feminismo]] radical, as quotas raciais, o gayzismo organizado. No entanto, não há político que fale em nome do povo". "O Brasil não tem uma direita há muito tempo. Nas últimas eleições presidenciais, os discursos de todos os candidatos eram semelhantes. O [[Democratas (Brasil)|Partido Democratas]] foi inspirado na esquerda norte-americana. Portanto, não pode ser considerado exemplo de partido conservador".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/textos/100131entrevista.html O PT já nasceu corrompido]</ref> Acrescenta que "o [[PSDB]] é que não é [de direita]. O PSDB é um partido da [[Internacional Socialista]] que está comprometido com o [[globalismo]] de esquerda, com todos esses valores [[politicamente correto]]s. É a direita da esquerda. No Brasil, infelizmente, a política ficou reduzida a isso: uma luta entre a esquerda da esquerda e a direita da esquerda. Quem é conservador mesmo não se deixa enganar por PSDB".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/textos/entrevista_fsp_fev2006.htm O povo brasileiro é maciçamente de direita]. Entrevista dada a Folha de São Paulo, publicada em 15 de fevereiro de 2006.</ref>
 
Olavo também é crítico do [[liberalismo]]. "O conservadorismo é a arte de expandir e fortalecer a aplicação dos princípios morais e humanitários tradicionais por meio dos recursos formidáveis criados pela [[economia de mercado]]. O liberalismo é a firme decisão de submeter tudo aos critérios do mercado, inclusive os valores morais e humanitários. O conservadorismo é a civilização judaico-cristã elevada à potência da grande economia capitalista consolidada em [[Estado de direito]]. O liberalismo é um momento do processo revolucionário que, por meio do capitalismo, acaba dissolvendo no mercado a herança da civilização judaico-cristã e o Estado de direito".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/070308jb.html Por que não sou liberal]</ref>
 
===Ciência===
Olavo criticou fortemente a figura de [[Isaac Newton]], vendo-o como uma fonte de "uma burrice formidável", e procurou refutar aspectos da [[mecânica newtoniana]] com argumentos filosóficos.<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/060615jb.html Nas origens da burrice ocidental].</ref> Segundo ele, ainda, "a ciência de [[Galileu]] e Newton fazia pouco caso da observação da natureza, preferindo a construção de modelos matemáticos sem equivalência na realidade sensível".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/avisos/curso_out2011.html Raízes da Modernidade].</ref>
 
Olavo criticou fortemente diversas figuras que ocupam lugar destacado na história das ciênciasAcrescenta, como por exemplo [[Isaac Newton]], a quem acusa de ter disseminado "o vírus da burrice na Terra."<ref name="Jornal Opção"/> A crítica estende-se ainda [[Giordano Bruno]], que segundo ele "não fez nenhuma descoberta (...). Nem sequer estudou as ciências modernas, física, [[astronomia]], [[biologia]] ou [[matemática]]. Ele não foi condenado por defender teorias científicas, mas por prática de [[feitiçaria]], que na época era [[crime]]",<ref name="jardim" /> e a Galileu:<blockquote>Umum fundo de [[charlatanismo]] parece já ter sido introduzido na [[física]] por Galileu, quando proclamou ter superado a noção da ciência antiga, segundo a qual um objeto não impelido por uma força externa permanece parado — uma ilusão dos [[sentido]]s, segundo ele. Na realidade, pontificava, um objeto em tais condições, permanece [[Lei da Inércia|parado ou em movimento retilíneo e uniforme]]. E, após ter assim derrubado a física antiga, esclarecia discretamente que o movimento retilíneo e uniforme não existe realmente, mas é uma ficção concebida pela mente para facilitar as medições. Ora, se o objeto não movido de fora permanece parado ou tem um movimento fictício, isto significa, rigorosamente, que ele permanece parado em todos os casos, exatamente como o dizia a física antiga, e que Galileu, mediante um novo sistema de medições, conseguiu apenas explicar por que ele permanece parado. Ou seja, Galileu não contestou a física antiga, apenas inventou um modo melhor de provar que ela tinha razão, e que o testemunho dos sentidos, sendo verídico o bastante, não tem em si a prova da sua veracidade — coisa que já era arroz-com-feijão desde o tempo de [[Aristóteles]]. Foi este episódio que inaugurou a mania dos cientistas modernos de tomarem simples mudanças de métodos como se fossem “provas” de uma nova constituição da realidade".<ref name="jardim" /></blockquote>
 
Olavo defende que a [[Inquisição]] não promoveu um atraso no desenvolvimento científico. "Basta examinar o [[Index Librorum Prohibitorum]] para verificar que nele não consta nenhuma das obras de [[Copérnico]], [[Kepler]], Newton, [[Descartes]], Galileu, [[Bacon]], [[Harvey]] e ''tutti quanti''. A Inquisição examinava apenas livros de interesse teológico direto, que nada poderiam acrescentar ao desenvolvimento da ciência moderna". O processo de Galileu teria sido uma "farsa concebida pelo Papa, padrinho de Galileu, para que seu protegido se livrasse de um grupo de inquisidores fanáticos mediante uma simples declaração oral sem efeitos práticos, após a qual ele pôde continuar divulgando suas idéias sem que ninguém voltasse a incomodá-lo". "[[Giordano Bruno]] não fez nenhuma descoberta (...). Nem sequer estudou as ciências modernas, física, [[astronomia]], [[biologia]] ou [[matemática]]. Ele não foi condenado por defender teorias científicas, mas por prática de [[feitiçaria]], que na época era [[crime]]".<ref name="jardim"/>
 
Olavo opõe-se a astrônomos e cientistas em geral que recusam a possibilidade da [[astrologia]] de tornar-se um ramo de estudo científico, vendo isto como uma postura partidária. "Existe uma correspondência estrutural entre a figura dos astros no céu na hora do nascimento e o caráter do indivíduo. Isso é comprovável".<ref>Entrevista de Olavo de Carvalho a Pedro Bial na GNT em 1996.</ref> Olavo enxerga como referência na área o trabalho de [[Michel Gauquelin]], cuja obra principal residiu na proposição e análise do suposto [[Efeito Marte (astrologia)|efeito Marte]].
 
Ele também faz críticas ao [[heliocentrismo]] e à [[teoria da relatividade]]. Segundo ele o heliocentrismo não seria uma [[teoria científica]] superior ao [[geocentrismo]]: "No confronto entre geocentrismo e heliocentrismo não existe nenhuma prova definitiva de um lado nem do outro". A [[experiência de Michelson-Morley]], na visão de Olavo, não trata-se de um forte indício da constância da [[velocidade da luz]], e sim de uma evidência em favor do geocentrismo: estando a Terra parada em relação ao [[Éter luminífero|éter]], não seria esperada variação na velocidade da luz. A [[teoria da relatividade]] seria uma teoria com "noções estranhas" e que "nunca foram provadas", mas "intelectualmente elegantes", feita justamente para "salvar as aparências" do heliocentrismo. "O cidadão chamado [[Albert Einstein]] achou que era preferível modificar a física inteira só para não admitir que não havia provas do heliocentrismo".<ref>[https://www.youtube.com/watch?v=bp2yoFJEaR0 Seminário] em evento do lançamento do livro "O Enigma Quântico", de [[Wolfgang Smith]].</ref>
 
Outro alvo de crítica é o [[darwinismo]]. Segundo Olavo, "tudo o que ele ([[Darwin]]) fez foi arriscar uma nova explicação para essa teoria ([[teoria da evolução]]) – e a explicação estava errada. Ninguém mais, entre os autoproclamados discípulos de Darwin, acredita em '[[seleção natural]]'. A teoria da moda, o chamado '[[neodarwinismo]]', proclama que, em vez de uma seleção misteriosamente orientada ao melhoramento das [[espécie]]s, tudo o que houve foram mudanças aleatórias. (...) O '[[design inteligente]]' não é apenas um complemento final da teoria darwinista, mas a sua premissa fundamental, espalhada discretamente por todo edifício argumentativo de [[A Origem das Espécies]]". Adiciona, ainda, que "o darwinismo é [[genocida]] em si mesmo, desde a sua própria raiz. Ele não teve de ser deformado por discípulos infiéis para tornar-se algo que não era".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/090220dc.html Por que não sou um fã de Charles Darwin].</ref>
 
Também é crítico do trabalho de [[Georg Cantor]] a respeito de [[número transfinito|números transfinitos]], acusando-o de confundir "números com seus meros signos", vendo seu trabalho como um "jogo de palavras" e uma "falsa lógica".<ref name="jardim">{{Citar livro |autornome=Olavo |sobrenome=de Carvalho |autorlink=Olavo de Carvalho |título=O jardim das aflições |subtítulo=de Epicuro à ressurreição de César (ensaio sobre o materialismo e a religião civil) |idioma= |edição=2ª |local= |editora=ÉE Realizações/Indiana University |editor= |ano=2000 |páginas= |página=335 |coleção= |isbn=8588062011 |issn= |notas=Digitalizado 23 de set. 2008 |url=http://books.google.com.br/books?id=Ogd5AAAAMAAJ |acessodata= |seção= |url_seção= |ref= }}</ref><ref>[http://www.olavodecarvalho.org/textos/europalivre.htm Deus acredita em você?].</ref>
 
Olavo é um opositor de movimentos que pretendem prevenir o [[aquecimento global]], vendo-os como alarmistas, ou até mesmo farsantes. "A isso reduz-se, hoje em dia, a autoridade da classe científica no mundo".<ref name="olavodecarvalho">[http://www.olavodecarvalho.org/semana/091203dc.html Olavo de Carvalho.org] - A mãe de todas as fraudes. Diário do Comércio, 3 de dezembro de 2009. Página visitada em 13/02/2014.</ref> De modo semelhante, Olavo defende que a [[AIDS]] não representa um risco para a população heterossexual, alegando que essa ideia teria sido disseminada pela [[indústria farmacêutica]] e outros grupos para captar verbas governamentais.<ref name=":8">{{Citar web|url=http://www.olavodecarvalho.org/as-cabecas-e-a-missao/|titulo=As cabeças e a missão|data=|acessodata=2017-02-13|obra=www.olavodecarvalho.org|publicado=|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
Quanto à resistência que suas idéias sofreram dentro da comunidade científica, chegou a afirmar: "Não conheço fanáticos mais irracionais do que os adeptos de teorias científicas".<ref>[http://www.olavodecarvalho.org/semana/060622jb.html Cinismo pedagógico].</ref>
 
== Controvérsias ==