Ilhéus: diferenças entre revisões
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Por volta do ano 1000, as tribos [[Povos indígenas do Brasil|indígenas]] [[tapuias]] que habitavam a região foram expulsas para o interior do continente devido à chegada de povos [[tupis]] procedentes da [[Amazônia]]. No século XVI, quando chegaram os primeiros portugueses à região, a mesma era habitada pela tribo tupi dos [[tupiniquins]].<ref name=":5">BUENO, E. ''Brasil: uma história''. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2003. p. 19.</ref>
No século XVI, com a
Francisco Romero se instalou primeiro na ilha de Tinharé, atual
O bom relacionamento entre colonizadores e nativos possibilitou a fundação da Vila de São Jorge dos Ilhéos que, em 1556, se transformou em
Ainda restam vestígios deste engenho, que foi explorado pelos jesuítas, e onde está localizada a capela de [[Nossa Senhora de Santana]], considerada a terceira igreja mais antiga do [[Brasil]]. Em 1551, com a morte do donatário, a capitania mudou de dono várias vezes e caiu no ostracismo, tornando-se apenas mais uma vila de pescadores na costa do país. Com a chegada dos ferozes índios [[aimorés]], que passaram a atacar as plantações, Ilhéus sofreu um declínio econômico que resultou em decadência.<ref name=":2" />
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No início do século XX, a antiga vila de casas desalinhadas, dá lugar a palacetes, vinte e oito praças , diversas indústrias, agências de navegação e, além de exportar cacau , exportava também [[Óleo de Copaíba|óleo de copaíba]], couro, sabão, madeira para marcenaria, peixe seco, entre outros. Os principais povoados nesse período eram Pontal, Itabuna, Banco da Vitoria (criado em 1830), Almadina, Ariguatá, Cururupe, Iguape, Olivença, São João e Castelo Novo. No ano de 1914, uma forte tempestade, que resultou em uma grande enchente, danificou a estrada de ferro Ilhéus-Conquista, construída em 1904 pela firma Oliveira, Carvalho e Cia. tal acontecimento acarretou grandes prejuízos, mas a cidade conseguiu se recuperar mantendo posição de destaque entre as cidades baianas.<ref name=":1" />
Nesta época, começaram a construção de belos edifícios públicos, como o
Nem os conflitos sangrentos que se prolongaram por mais de um ano conseguiram frear o desenvolvimento de Ilhéus. O preço do cacau subia e as fortunas cresciam rapidamente. Gastava-se abundantemente e o champagne francês era vendido como aperitivo nos bares. No ano de 1920 é inaugurada a primeira ponte de atracação do porto e um trecho de cais, além do Hospital São José.<ref name=":1" />
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== Geografia ==
Localizado na
Por se caracterizar como uma sub-região tropical e úmida, o clima é fundamental na definição do quadro natural, na medida em que configura os tipos de solo e a forma do relevo, variedade da vegetação e a rede hidrográfica. Essa região está inserida na Região Administrativa da Água - RAA - Bacia do Leste, onde se destacam os rios Cachoeira, Almada e Santana.<ref name=":3" />
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Quanto ao relevo, o município se caracteriza por apresentar um contexto diversificado com: o planalto pré-litorâneo, planalto costeiro, tabuleiros costeiros e planície costeira. Ilhéus é constituída pelos morros de São Sebastião, Tapera, Vitória, Boa Vista, Conquista, Basílio, Esperança, Coqueiro, Amparo e Soledade, que impuseram restrições à expansão do município ao sul pela baía do pontal, ao norte pelos manguezais, pelo canal artificial Itaípe e pelo Rio Almada, e a oeste pelo Rio Itacanoeiros. Dessa forma, a área urbana é caracterizada pela presença de morros, colinas, fundos de vale e outeiros.<ref name=":3" />
A
O município possui duas unidades de conservação, a APA da Lagoa Encantada e o Parque Municipal da Boa Esperança.<ref name=":3" />
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== Demografia ==
De acordo com os dados do [[Censo demográfico do Brasil de 2010|Censo 2010]], realizado pelo [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]] (IBGE), a população de Ilhéus era de 184.236'''
Em 2015, o salário médio mensal dos trabalhadores formais no município era de 2,7 salários mínimos, e a a proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 19,8%.<ref name=":6" />
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O déficit habitacional em Ilhéus atinge principalmente as famílias de baixa renda. Para atender a uma parte dessa população, principalmente os que recebiam entre 1 a 3 salários mínimos, alguns empreendimentos foram realizados.
O primeiro conjunto habitacional foi construído na década de 1970 no Jardim Savóia (zona Norte) e financiado pelo [[Banco Nacional da Habitação|Banco Nacional de Habitação]] (BNH). Também na década de 1970 foi construído o Conjunto Habitacional da Sapetinga, no bairro da Sapetinga para os que possuíam rendimentos de 4 a 7 salários mínimo, e
Na década de 1980, foram construídos o Conjunto Habitacional URBIS na zona sul, que atendeu a mais uma parte da população que recebiam entre 1 a 3 salários mínimos. Ainda nesse período, foram construídos no bairro da Tapera, o Conjunto Colina do Sol, na zona sul, os Conjuntos: Morada do Pontal, o Habitacional Santo Antônio de Pádua e o CEPLUS, para os funcionários da [[Ceplac]].<ref name=":3" />
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* Praça Cairu
* Praça Castro Alves ou Praça da Irene
=== Praias ===▼
▲=== Praias ===
A costa litorânea do município de Ilhéus possui uma extensão de 84 km, sendo considerada a maior do estado da Bahia. O litoral se estende desde o arraial do Acuípe, limite sul, tendo como divisor o rio Acuípe, até o povoado da Ponta do Ramo, ao norte, cujo limite é o rio Sargi. As praias não se sucedem de forma contínua pelo litoral, pois são interrompidas por formações rochosas e cursos d’água, como o rio Almada.<ref name=":4">{{citar livro|título=Projeto Orla: Plano de Gestão Integrado|ultimo=MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO ORÇAMENTO E GESTÃO, PREFEITURA MUNICIPAL DE ILHÉUS|primeiro=|editora=|ano=2007|local=|páginas=|acessodata=15/11/2017}}</ref>
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Praia do Morro de Pernambuco é marcada pela presença de um farol, este trecho caracteriza-se como orla exposta não urbanizada cujos atributos naturais são rochas, vegetação de restinga herbácea, arbustiva e espécies exóticas.<ref name=":4" />
A praia do Opaba se localiza entre o Morro do Pernambuco e a praia dos Milionários e Morro dos Navegantes. Sua orla é exposta e apresenta urbanização consolidada, possui como características naturais praias com recifes de arenito, vegetação de restinga herbácea e coqueirais. Apresenta uso diversificado:
Tanto a praia dos Milionários quanto a do Morro dos Navegantes apresentam orla exposta em processo de urbanização e ocupação residencial pouco adensada. Nestas praias destacam-se ainda os empreendimentos hoteleiros de pequeno e médio porte e adensamento desordenado de barracas de praias sem padronização. Acesso à praia é parcialmente livre. Sua cobertura vegetal caracteriza-se por fragmentos de restinga herbáceas, coqueirais e espécies exóticas. Sua ocupação está voltada para as atividades de turismo e lazer.<ref name=":4" />
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