João Gonçalves Zarco da Câmara: diferenças entre revisões

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== D. João da Câmara == ==
 
'''D. João Gonçalves Zarco da Câmara''' ([[Lisboa]], [[27 de Dezembro]] de [[1852]] - Lisboa, [[2 de Janeiro]] de [[1908]]) foi um [[dramaturgo]] [[português]].
 
D. João Gonçalves Zarco da Câmara nasceu em Lisboa, a 27 de Dezembro de 1852,Era filho dos marqueses dea Ribeira Grande, D. [[Francisco de Sales Gonçalves Zarco da Câmara]] e D. Ana da Piedade de Brígida Senhorinha Francisca Máxima Mascarenhas da Silva. Tornou-se um importante dramaturgo no final do [[século XIX]].
Estudou nem Lisboa (Colégio de Campolide) e em Lovaina, na Bélgica, regressando a Portugal com a morte do pai, em 1872. De seguida, estudou na Escola Politécnica e no Instituto Industrial.
Desenvolveu a sua carreira profissional nas obras públicas: construção do ramal de Cáceres e das linhas de Sintra e Cascais e chefou a Administração Central de Caminhos de Ferro. Posteriormente dedicou-se à escrita, que otornaria conhecido.
Morreu em Lisboa a 2 de Janeiro de 1908.
 
Estudou nem Lisboa (Colégio de Campolide) e em [[Lovaina]], na [[Bélgica]], regressando a Portugal com a morte do pai, em [[1872]]. De seguida, estudou na Escola Politécnica e no Instituto Industrial.
Actividade dramática
 
Desenvolveu a sua carreira profissional nas obras públicas: construção do ramal de Cáceres e das linhas de Sintra e Cascais e chefou a Administração Central de Caminhos de Ferro. Posteriormente dedicou-se à escrita, que otornaria conhecido.
 
==Actividade dramática==
Começou a escrever pequenas peças de um acto ainda no colégio (''O Diabo'', ''Nobreza'' e ''Bernarda no Olimpo'') e outras mais tarde.
 
Seria, contudo, o drama histórico ''D. Afonso VI'' que lhe traria o êxito, estreado a 13 de Março de 1890 no [[Teatro Nacional D. Maria II]], com dos melhores actores portugueses do tempo. A peça insere-se na corrente que fez renascer, embora em novos moldes, o drama histórico. De ''D. Afonso VI'' tem sido notada a "notável fluência dialogal" (REBELLO), apesar do verso dodecassílabo, e a humanidade e o desenho psicológico das personagens, bem como o equilíbrio entre a erudição histórica e capacidade artística. O drama descreve a luta pelo trono em volta do monarca D. [[Afonso VI]].
 
''Alcácer Quibir'', outro drama histórico, decorre nas vésperas da batalha que decidiu o destino de Portugal.
 
A obra-prima de D. João da Câmara é sem dúvida a comédia ''Os Velhos'', estreada a 11 de Março de 1893, no mesmo teatro. Não foi bem recebida pelo público e pela crítica de então e só mais tarde teve o reconhecido merecimento. Trata-se um texto de recorte realista, cuja acção decorre no Alto Alentejo, quando se aproximam as obras do caminho-de-ferro. Os Velhos "põem em cena uma animada galeria de criaturas reais, captadas na diversidade dos seus temperamentos, obsessões e afectos" (REBELLO).
 
Com o texto seguinte, em quatro actos, ''O Pântano'', estreado a 10 de Novembro de 1894, já adopta outra corrente literária: o simbolismo, por influência de Maeterlinck.
Escreve mais duas comédias, ''A Toutinegra Real'' e ''O Ganha-Perde'', seguindo-se ''A Triste Viuvinha'' (1897), também de ambiente alentejano.
 
Com ''Meia-Noite'' (1900) funde as vertentes realista e simbolista.
 
No ano seguinte estreia um folhetim populista, ''A Rosa Enjeitada'', oportunidade para uma grande criação da actriz Adelina Abranches. Mais tarde (1929) seria adaptada a opereta por Silva Tavares e Vasco de Macedo.
 
D. João da Câmara escreveria ainda outras obras de menor valor e ainda várias operetas em colaboração com Gervásio Lobato e Ciríaco Cardoso.
 
De D. João da Câmara afirmou, em 1903, Raúl Brandão que era um dos maiores dramaturgos portugueses.
 
==Bibliografia==
* REBELLO, Luiz Francisco, ''O Essencial sobre D. João da Câmara'', Lisboa Imprensa-Nacional-Casa da Moeda, 2006.
 
[[Categoria:Dramaturgos de Portugal]]