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Todos os insectos da sub-classe [[Pterygota]] (tirando as ordens [[Siphonaptera]] e [[Phthiraptera]] que as perderam) têm dois pares de asas, ''dianteiras'' e ''posteriores'', localizadas no segundo e terceiro segmento torácico. Alguns grupos caracterizam-se pelas asas dianteiras ou posteriores atrofiadas e/ou adaptadas a outras funções, noutros apenas um dos sexos é alado, enquanto que nos insectos sociais ([[formiga]]s e [[térmita]]s) apenas os indivíduos férteis apresentam asas. À excepção da ordem [[Ephemeroptera]], as asas, como mecanismo de vôo funcional, surgem apenas no último estádio de desenvolvimento, o indivíduo adulto. As asas de um insecto batem entre 10 (grandes [[lepidoptera|lepidópteros]]) e 1000 ([[mosquito]]s) vezes por segundo.
[[Imagem:Platetrum depressum 1 Luc Viatour.JPG|thumb|right|250px|As asas são uma das características fundamentais dos [[insecto]]s (''Platetrum depressum '').]]
As asas do insecto não são, no sentido estrito, um apêndice locomotor, mas sim excrecênciasexcrescências do [[exoesqueleto]], suportadas por um número variável de ''veios longitudinais'' que definem superficies membranosas fechadas - as ''células''. Os veios são estruturas ocas, que podem incluir no seu interior nervos, traqueias respiratórias e/ou [[hemolinfa]]. O padrão de veios e células pode ser extremamente complexo e serve, em muitos grupos, como ferramenta de identificação taxonómica até ao nível do [[género (biologia)|género]] e estimador da proveniência filogenética das diversas [[clade]]s. Graças a esta importância a nível [[entomologia|entomológico]], a descrição das diversas estruturas da asa de um insecto é muito precisa e segue a nomenclatura definida pelo [[sistema de Comstock-Needham]].
 
Ao longo de 300 milhões de anos de evolução, as asas dos insectos divergiram em forma, capacidade e funções. Nos membros da ordem [[Diptera]], as asas posteriores estão reduzidas à forma de um pequeno halter que actua como estabilizador de vôo e [[giroscópio]]. Por outro lado, os [[escaravelho]]s evoluiram asas dianteiras semi-rígidas, que em repouso protegem as asas posteriores. Nalguns grupos, as asas assumem um papel importante na reprodução das espécies, quer através de elemento de [[selecção sexual]], quer através da presença de glândulas que libertam [[feromona]]s essenciais para o acasalamento. Um outro exemplo desta importância, é a presença, nas ordens [[Orthoptera]] e [[Caelifera]], de asas modificadas para produzir ruidos, como o zumbido dos [[grilo]]s, que servem para atrair parceiros. Em condições extremas, as asas podem também actuar como termorreguladores, no caso das [[borboleta]]s [[Alpes|alpinas]], ou como mecanismo de condensação de água, no caso dos escaravelho [[tenebrionidae|tenebrionídeos]] do deserto da [[Namíbia]].