Ulemá: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Gabbhh (discussão | contribs)
m Ulema movido para Ulemá: forma vernácula segundo Houaiss e Aurélio
Gabbhh (discussão | contribs)
m
Linha 1:
[[Image:Constantinople(1878)-ulema.png|thumb|Uma ulemá [[Império Otomano|otomano]].]]
'''Ulema''' (em [[língua árabe]], علماء, '''Ulamā''', singular '''Ālim''') é o nome que se dá aos estudiosos e doutores da "ciência religiosa" [[Islão|islâmica]] e da ''[[sharia]]'' ou lei islâmica (''ulùm al-diniyya''). Literalmente, a palavra significa ''sábio'', ''doutor''. A ''ulema'' é mais poderosa no islamismo [[xiita]] (''shi'a islam''), onde o seu papel é institucionalizado, porém são subordinados aos herdeiros de [[Ali]] e à hierarquia dos [[mulá]]s.
 
Um '''ulemá''' ou '''álime''' (em [[língua árabe]], علماء [''Ulamā''], singular عالِم [''Ālim''], "sábio", "conhecedor [da lei]") é um [[teólogo]] ou sábio e versado em [[direito|leis]] e [[religião]], entre os [[Islã|muçulmanos]]. Os ulemás são conhecidos como árbitros da [[charia]], o direito islâmico. Embora sejam especialmente versados em direito islâmico, alguns também estudam outras [[ciência]]s, como [[filosofia]], [[teologia]] [[dialética]] e [[hermenêutica]] [[alcorão|alcorânica]]. Os campos estudados e a sua importância variam conforme a tradição e a escola.
O [[taliban]] era, essencialmente, uma ''ulema'' de vilarejos, que chegou ao poder após a guerra entre o [[Afeganistão]] e a [[União Soviética]]. O mais famoso destes estudiosos era o [[mulá Omar]] que saiu diretamente da posição de líder de uma aldeia para a de líder [[ditadura|ditatorial]] de todo o Afeganistão.
 
Num sentido mais amplo, o termo "ulemá" é empregado para descrever o corpo de clérigos muçulmanos que completaram vários anos de estudo das ciências islâmicas, como um [[mufti]], um [[cádi]], um [[alfaqui]] ou um ''muhaddith''. Alguns muçulmanos incluem no escopo deste termo os [[mulá]]s, [[imame]]s e maulvis de vilarejo - que atingiram apenas os degraus mais baixos da escada acadêmica islâmica; outros muçulmanos diriam que os clérigos devem ter padrões mais altos para ser considerados ulemás.
A segunda metade do [[século XX]] assistiu a uma progressiva perda de influência e autoridade da ''ulema'', exceto na [[Arábia Saudita]] e no [[Irã]]. Muitos governos árabes [[secularismo|seculares]] buscaram quebrar a influência da ''ulema'' na política após chegarem ao poder. Instituições religiosas foram nacionalizadas e o sistema de ''waqf'' ou doações religiosas, que eram a principal fonte de renda das ''ulema'', foram abolidos.
 
Os ulemás são muito poderosos na tradição [[xiismo|xiita]] do Islã. Após a [[Revolução Iraniana|Revolução de 1979]] no [[Irã]], facções do clero xiita iraniano, sob a chefia de [[Khomeini]], assumiram o controle do país, com a justificativa da doutrina da "tutela dos juristas" (''Wilayat-i Faqih''). O regime do [[Talibã]], no [[Afeganistão]], também era chefiado por um mulá, [[Mohammed Omar|Omar]]. Entretanto, na maioria dos países, os mulás são apenas autoridades locais.
'''Referência''' (para a Wikipédia em inglês): G. Jansen, ''Militant Islam'', [[1979]].
 
A segunda metade do [[século XX]] assistiu a uma progressiva perda de influência e autoridade dados ''ulema''ulemás, exceto na [[Arábia Saudita]] e no [[Irã]]. Muitos governos árabes [[secularismo|seculares]] buscaram quebrarreduzir a sua influência da ''ulema'' na política, após chegarem ao poder. InstituiçõesAs instituições religiosas foram nacionalizadas e o sistema de ''waqf'' (ou doações religiosas), que eramera a principal fonte de renda dasdos ''ulema''ulemás, foramfoi abolidosabolido.
 
[[categoria:Islão]]
[[categoria:Juristas]]
 
[[ca:Ulema]]