Lewis Henry Morgan: diferenças entre revisões

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Lewis Morgan, nos finais do século XIX, foi o pioneiro na sistematização dos estudos sobre o parentesco - um conjunto de nomenclaturas utilizadas para designar um certo tipo de tratamento social. São estes estudos que o conduzem ao interesse pelas instituições e pela família - no que respeita à primeira, o autor vai opor duas formas de organização - Societas e Civitas. Esta teoria assenta numa visão evolucionista que postula a passagem de uma organização democrática, sem Estado, baseada no parentesco, para uma outra em que o território e a propriedade assumem papel fundamental, cedendo a democracia os seus direitos ao Estado. Quanto à família, o autor entende que as formas que esta foi sucessivamente adquirindo resulta dos “grandes sistemas de consanguinidade e de afinidade que subsistiram até aos nossos dias(...), os quais ilustram “as relações de parentesco existentes na família nos diversos períodos em que cada um deles se formou.”(Morgan, 1973:9).
A teoria evolucionista de Morgan constitui também uma forte oposição ao paradigma bíblico, uma vez que este defende a “impossibilidade de continuar a evocar a teoria da degradação humana para explicar a existência de selvagens e bárbaros”(Morgan, 1973:18). Pelo que então já se conhecia das sociedades australianas, polinésias, ameríndias e das civilizações grega e romana, o autor considerou que estas eram “excelentes exemplos das seis grandes etapas da história da humanidade (constantando que) o progresso foi essencialmente o mesmo nas tribos e nações com igual estádio de desenvolvimento, embora vivendo em continentes diferentes e separadas umas das outras.”Este argumento leva o autor a concluir pela “unidade de origem do género humano” (Morgan, 1973:29-30), pelo que Morgan é levado a formular as etapas do processo evolutivo da seguinte forma:
 
a) Selvageria
*inferior (estado de total promiscuidade, ligado à ausência de regras de parentesco e de