Salmo 51: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
acresc. e corr.
música
Linha 8:
Este salmo é utilizado frequentemente em diversas tradições litúrgicas, por sua mensagem de humildade e arrependimento.
 
O versículo 15 é recitado como um prefácio à [[Amidá]], a oração central do [[Sidur]], naa [[liturgia]] [[Judaísmo|judaica]].
 
Como um [[salmo penitencial]], o salmo 50 (utilizando-se a numeração do [[Septuaginta]]) é um dos salmos utilizados mais frequentemente na [[Igreja Ortodoxa]], e nas [[Igrejas orientais|igrejas católicas orientais]] que seguem o [[rito bizantino]]. É incluída, tipicamente, durante o [[Mistério do Arrependimento]] (correspondente ao [[Confissão (sacramento)|sacramento da penitência]]), nas orações pessoais cotidianas, e em muitas das funções litúrgicas. As diversas funções da [[Hora Canônica]] podem ser combinadas em três [[agregado]]s (noite, manhã e tarde), arranjadas de tal maneira que o salmo 50 seja lido durante cada agregado.
 
No [[Agpeya]], o [[Livrolivro dasde Horashoras]] da [[Igreja Copta]], o salmo é recitado em cada ofício ao longo do dia, como uma oração de confissão e arrependimento.
 
No [[cristianismo ocidental]], o salmo 51 também é usado liturgicamente.
Linha 19:
 
O salmo 51 está associado com a [[quarta-feira de cinzas]].
 
==Utilização na música==
O Miserere foi um texto utilizado frequentemente na [[música litúrgica]] [[Igreja Católica|católica]] antes do [[Concílio Vaticano II]]. A maioria dos temas, utilizados quase sempre durante o [[ofício de trevas]], estão num estilo ''[[falsobordone]]'' simples. Durante o [[Renascimento]] muitos compositores escreveram sobre o texto. A primeira obra [[Polifonia|polifônica]] que o utilizou, provavelmente datada da década de 1480, foi feita por [[Johannes Martini]], um [[compositor]] que trabalhava para a [[Casa de Este]], em [[Ferrara]]<ref>Macey, p. 185</ref> O [[Miserere (Josquin)|Miserere]] polifônico de [[Josquin des Prez]], composto provavelmente em 1503 ou 1504, também em Ferrara, foi inspirado, provavelmente, na meditação ''[[Infelix ego]]'', composta no cárcere por [[Girolamo Savonarola]], que fora condenado à execução na fogueira cinco anos antes. Posteriormente, no [[século XVI]], [[Orlande de Lassus]] compôs um Miserere elaborado, como parte de seus ''Salmos Penitenciais'', e [[Palestrina]], [[Andrea Gabrieli]], [[Giovanni Gabrieli]] e [[Carlo Gesualdo]] também escreveram música para o texto.<ref>Caldwell, Grove</ref> [[Antonio Vivaldi]] pode ter composto um ou mais Misereres, porém estas composições foram perdidas, com apenas dois [[moteto]]s introdutórios tendo sobrevivido. [[Johann Sebastian Bach]] e [[Giovanni Battista Pergolesi]] também teriam composto Misereres.
 
Uma das versões mais conhecidas é o [[Miserere (Allegri)|Miserere]] composto no [[século XVII]] pelo compositor [[Gregorio Allegri]], da [[escola romana]]. De acordo com uma célebre história, o jovem [[Wolfgang Amadeus Mozart]], com apenas catorze anos de idade, ouviu a peça sendo executada na [[Capela Sistina]], no dia [[11 de abril]] de [[1770]], e, depois de retornar ao lugar onde passaria a noite, conseguiu reescrever toda a [[partitura]] de memória. Mozart então teria retornado um ou dois dias depois para ouvir a peça e corrigir os poucos erros de sua transcrição.<ref> Sadie, Grove; Boorman, Grove</ref> O fato do [[coro]] final incorporar uma [[harmonia]] de dez vozes ressalta o prodígio do gênio do jovem Mozart. A obra também é conhecida por possuir diversos [[dó]]s altos nos solos dos [[Soprano infantil|sopranos infantis]].
 
Entre os compositores modernos que escreveram versões notáveis do Miserere estão [[Michael Nyman]] e [[Arvo Pärt]].
 
{{ref-section}}