Invasão do Iraque em 2003: diferenças entre revisões

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{{fusão|Guerra do Iraque}}A '''Invasão do Iraque em 2003''' iniciou-se a [[20 de Março]] através de uma aliança entre os [[Estados Unidos da América]], [[Reino Unido]] e muitas outras nações, numa aliança conhecida como ''a Coalizão''. A ofensiva terrestre foi iniciada a partir do [[Kuwait]], depois de uma série de ataques aéreos com mísseis e bombas a Bagdad e arredores ter aberto o caminho às tropas no terreno.
 
Os efetivos, assim como os meios materiais do exército iraquiano, haviam sofrido forte deterioração, desde a [[Guerra do Golfo]] ([[1991]]), contando então com 17 divisões do exército regular (contra as 40 que possuíam na guerra de 1991), além das seis divisões da [[Guarda Republicana Iraquiana|Guarda Republicana]].
 
Apesar de alguma resistência por parte dos iraquianos, as forças terrestres da coligação norte-americana e britânica avançaram bastante até terem um abrandamento no dia [[25 de Março]] por falta de provisões. A [[26 de Março]] foi aberta a frente norte de ataque com a chegada de forças aerotransportadas à região norte controlada pelos [[curdos]].
 
Encontrando menor resistência do que a inicialmente previsto, as tropas norte-americanas, a [[4 de Abril]] ocupam o [[aeroporto internacional de Bagdad]], situado a poucos quilómetros da capital. No dia seguinte alguns tanques norte-americanos fizeram incursões no centro de Bagdade
 
[[Bagdá]] caiu a [[9 de Abril]] e a [[1 de Maio]] declarou o [[presidente dos Estados Unidos da América|presidente norte-americano]] [[George W. Bush]] o fim das operações militares, dissolvendo o governo do [[partido Ba'ath]] de depondo o presidente [[Saddam Hussein]]. As forças da Coligação capturaram Saddam Hussein a [[14 de Dezembro]] de [[2004]], dando início ao processo de transição de poderes à população iraquiana. A invasão procedeu segundo uma doutrina militar de intervenção rápida ao estilo [[Blitzkrieg]] e ao custo de apenas 173 mortos da Coligação (dos quais 33 britânicos).
 
==Ocupação do Iraque==
[[Imagem:Iraq-patrol.jpg|250px|thumb|right|Soldado patrulhando a cidade [[Asragiyah]].]]
A expressão '''Ocupação do Iraque''' refere-se ao envio de tropas [[Estados Unidos da América|norte-americanas]] e internacionais ao [[Iraque]] no ano de 2003, por decisão do presidente [[George W. Bush]], dos [[Estados Unidos da América]]. O pretexto da ocupação, inicialmente, foi achar [[Arma de destruição em massa|armas de destruição em massa]] que, supostamente, o governo iraquiano teria em estoque e que, segundo Bush, representavam um risco ao seu país, abalado desde então pelos [[Ataques de 11 de Setembro|atentados terroristas de 11 de setembro de 2001]]. O presidente Bush tomou a decisão de invadir o Iraque sem a aprovação do [[Conselho de Segurança da ONU]], mas com o apoio dos então chefes de estado [[Silvio Berlusconi]] ([[Itália]]) [[José María Aznar]] ([[Espanha]]) e [[Tony Blair]] ([[Reino Unido]]) . Em [[2004]], após 1 ano de ocupação, entretanto, o presidente Bush muda o discurso ao dizer que a ocupação faz parte da libertação de países e a promoção da Democracia e da Paz mundial. Em 2004, o presidente iraquiano [[Saddam Hussein]] é capturado e mantido preso num local não revelado. Seus filhos são mortos numa emboscada em [[Bagdá]].
Às 6 da manhã, horário de Bagdad, do dia 30 de dezembro de 2006, gerando posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Amnistia Internacional, União Europeia e diversos outros países. Foi executado junto com dois de seus aliados, sendo um deles seu meio-irmão e recusou-se a vestir o capuz, normalmente utilizado para tal propósito. Antes de sua morte, Saddam pronunciou o nome do líder xiita iraquiano Moqtada Al Sadr.
 
==Análise==
Os EUA entre [[1981]] e [[2001]] forneceram cerca de 50% das importações de armas de Saddam Hussein. A [[dívida externa|dívida]] de Saddam aos americanos atingiu entre o período 1988-1998 um montante entre 7 e 8 bilhões de [[dólar]]es.
 
O segundo maior fornecedor de armas para o Iraque no período 1981-2000 foi, segundo o [[SIPRI]], a [[República Popular da China|China]], fornecedora de 18% do equipamento militar neste período. A empresa petrolífera nacional chinesa, associada com um outro consórcio chinês negociava com Saddam Husseim a atribuição da exploração petrolífera no campo de [[Al Ahdab]], no sul do país.
 
[[França]], China e Rússia e o [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]] opuseram-se à Guerra de 2003, juntamente com a [[Alemanha]], cujo [[Chanceler]] [[Gerhard Schröder]] ganhara as eleições gerais de 2002 prometendo aos votantes que a Alemanha não entraria num possível conflito.
 
Grande parte da infra-estrutura foi destruída na Guerra de 2003, foram contabilizados cerca de 140000 mortos iraquianos, militares e civis.
 
Em [[28 de Junho]] de [[2004]], a ocupação terminou oficialmente e o poder foi transferido para um novo governo liderado pelo primeiro-ministro [[Iyad Allawi]], apesar de, em dezembro de 2004, tropas dos [[Estados Unidos da América|Estados Unidos]], da [[Grã-Bretanha]] e da [[Polônia]] ainda ocuparem o território iraquiano, com cerca de 160000 soldados e cerca de 20000 servidores civis.
 
== As causas da invasão e seus efeitos ==
{{mais informações|[[História do Iraque]]}}
As supostas armas de destruição maciça que deteria o Iraque jamais foram encontradas pelas forças de ocupação. As também alegadas ligações de Saddam com grupos terroristas islamistas nunca foram comprovadas. Na verdade, os grupos terroristas islamistas opunham-se a Saddam, pois eram [[islão xiita|xiitas]] em sua maioria, enquanto o líder iraquiano era sunita. Outrossim, Iraque era um dos países mais laicos da região.
 
A maior parte dos contratos de reconstrução do Iraque foram obtidos por empresas norte-americanas.
 
As hostilidades não cessaram até à presente data ({{CURRENTMONTHNAME}} de {{CURRENTYEAR}}) e continuam sob a forma de [[guerrilha]] de resistência e/ou [[terrorismo]] na qual os chamados insurgentes atacam diariamente as forças de ocupação. Existem vários grupos diferentes de insurgentes. Há terroristas [[islamistas]] que pretendem desestabilizar a situação. Muitos deles são estrangeiros infiltrados no país, que por sua vez combatem outros estrangeiros infiltrados no país, os soldados estado-unidenses. Há também notícias de ataques por antigos elementos do aparelho sunita de Saddam. Por sua vez também houve desacatos provocados por elementos mais radicais entre os xiitas no sul.
 
Só para a retomada da cidade de [[Faluja]], com cerca de 300.000 habitantes, o conflito rendeu, além de mortos e feridos, cerca de 210000 desabrigados que se somam às demais vítimas desta guerra. Em Faluja os rebeldes tinham instaurado um regime semelhante ao dos [[Taliban]]s no [[Afeganistão]], havendo relatos de [[tortura]] e [[assassinato]]s sistemáticos e um regime de terror.
 
A derrubada do regime de [[Saddam Hussein]] e a subida ao poder dos clérigos religiosos teve diversos efeitos colaterais, dentre os quais, a perseguição a [[Cristãos]] e outras [[minorias religiosas]].
 
A [[3 de Fevereiro]] de [[2004]] o governo inglês anunciou a abertura de um inquérito aos serviços secretos relacionado com a alegada existência de armas de destruição maciça no Iraque.
 
A Comissão de inquérito foi presidida por [[Lord Butler of Brockwell]] e foi publicado a [[14 de Julho]] de [[2004]], ficando conhecido por [[Relatório Butler]].
 
=={{Ver também}}==
* [[Juba]], franco-atirador da resistência iraquiana.
 
== {{Ligações externas}} ==
{{commons|Iraq#Miscellaneous}}
{{Wikiquote|Ocupação do Iraque}}
* [http://www.pstu.org.br/campanha_iraque_lista.asp Não à ocupação do Iraque] Site com noticias e fotos da campanha no Brasil pela desocupação do Iraque
* [http://www.iraqfoundation.org/ Iraq Foundation], Site do novo governo iraquiano, que atualmente passa por um processo de transição para democracia sob supervisão dos Estados Unidos.
* [http://www.pstu.org.br/cont/correio_fev2005.pdf Eleições no Iraque]Correio Internacional sobre a ocupação no Iraque
* [http://www.iraqbodycount.net/ Iraq Bodycount] Site que está contando o nº de mortos entre civis e militares durante todo o processo de ocupação do Iraque.
* [http://www.krysstal.com/democracy_whyusa_iraq.html krysstal: Considerações sobre o porquê da invasão do Iraque (em inglês)]
* [http://www.ccmep.org bombingwatch] , Site que coleciona várias publicações de jornalistas e correspondentes de guerra sobre este tema.
* [http://www.ccmep.org/usbombingwatch/2004.htm usbombingwatch-reportagens diárias testemunhais], sobre os '''efeitos''' da invasão, ver também (vários autores, vários jornais).
 
==Referências==
# {{nota|homossexuais}} [http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/04/060417_gaysiraque.shtml Iraque: Gays dizem que estão sendo perseguidos] (bbc.co.uk)
[[Categoria:História do Iraque]]
[[Categoria:Iraque]]
 
{{link FA|ar}}
[[ar:الغزو الأمريكي للعرا]]
[[bg:Война в Ирак]]
[[de:Irak-Krieg]]
[[en:2003 Invasion of Iraq]]
[[es:Invasión de Iraq de 2003]]
[[fi:Irakin sota]]
[[fr:Opération libération de l'Irak]]
[[he:מלחמת עיראק]]
[[id:Invasi Irak 2003]]
[[ja:イラク戦争]]
[[nl:Golfoorlog (2003)]]
[[no:Invasjonen av Irak]]
[[ro:Invazia Irakului din 2003]]
[[sr:Инвазија Ирака 2003.]]
[[zh:美伊战争]]