Historiografia marxista: diferenças entre revisões

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No entanto, a ênfase econômica dos estudos realizados pelos historiadores marxistas não abarcou todos os aspectos da vida das sociedades ao longo da história. O fato é que aspectos também importantes da vida cotidiana das sociedades na história não estavam dentro do foco marxista e uma nova história passou a ser escrita.
Atualmente, com novos e ousados métodos de estudo, os aspectos ordinários, culturais, e não apenas os singulares também interessaram aos novos historiadores e aos historiadores pós-modernos. Atualmente há uma tendência nada produtiva de se partir para o desprezo a qualquer coisa que “pareça” marxista desde o “fim” da esperança do socialismo real. Seja como for, o fato é que a história que se produz hoje atingiu um espectro de abrangência fabulosa e colocou quase todos os seguimentos sociais em seu âmbito.
 
 
O marxismo está dividido em grupos. Tem-se desde as concepções estruturalistas de Althusser até às concepções culturalistas de Thompson, passando é claro pelas concepções políticas de Gramisc. Assim, dizer que o método de análise marxista é puramente economicista é um erro grave de quem nunca leu o marxismo em sua amplitude. O marxismo como método de análise da realidade concreta deve considerar o tempo histórico como aspiral, mas percebe-se que muitos autores - intitulados marxistas - tratam do tempo histórico com uma linearidade que muitas vezes parece positivista e evolucionista, negando, assim, sua dialética materialista.
O marxismo tem que analisado com bastante cuidado, principalmente a historiografia atual, mas esse modismo culturalista implementado pela 4ª geração da escola dos annales também, pois a cultura é importante, mas como modo de vida que segue a lógica do que os próprios Marx e Engels - idealizadores do método - diziam em A Ideologia Alemã: a história da humanidade tem que ser analisada tendo como pressuposto real homens vivos, mas que estes homens estejam vivos eles precisam comer, beber, se vestir, ter moradia e relacionar-se numa espécie de intercâmbio com a natureza e com o próprio homem, criando os instrumentos de produção de sua vida material e perpetuando a especie. Comer, beber, se vestir, em suma, viver é cultura e não somente economia, portanto o marxismo em sua essência não é economicista. O materialismo histórico dialético, ainda é, nos dias atuais o método que mais se aproxima da realidade sócio-histórica.
 
==Ver também==