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Domiciano aterrorizou a [[aristocracia]] e atraiu o ódio do [[Senado romano|Senado]] por sua intenção de dominá-lo. Subjugou, cruel e violentamente, quaisquer formas de contestação ou rebelião (como a do legado [[Antônio Saturnino]], em Janeiro de [[89]], à frente de duas [[legião romana|legiões]] revoltosas na [[Germânia]]), para além de ofender sucessivas vezes [[Senado romano|senadores]] e conselheiros (favorecendo os cavaleiros, sua base de apoio, em detrimento daqueles) e de ver suspeitos e inimigos por todo o lado. Esta espiral de suspeição e de repressão terminou com o assassinato de Domiciano em Setembro de [[96]], perpetrado por membros da sua própria família, entre os quais a sua mulher, [[Domícia Longina]], e instigado por senadores. Foi o último dos doze césares.
 
Domiciano, portanto, não fez um bom governo. Segundo a tradição Judaico-Cristã, teria exilado o [[Apóstolo]] [[João]] na [[Patmos|Ilha de Patmos]], no [[mar Egeu]].
 
Segundo a tradição Judaico-Cristã, teria exilado o [[Apóstolo]] [[João]] na [[Patmos|Ilha de Patmos]], no [[mar Egeu]]e o seu ódio aso cristãos levou à morte elementos convertidos da aristocracia romana, como fora o caso de um Cônsul que, depois de degolado, fora vingado por um parente seu (tratava-se da família Cesário convertida às pregações de S. Pedro em Roma). Domiciano morrera assim apunhalado.
 
A moralização imperial levada a efeito pelos imperadores que sucederam a Domiciano, foi sempre elogiada e louvada por todos quantos sobreviveram ao reinado de terror do filho de Vespasiano. Os seus excessos de absolutismo da sua governação tornaram-no comparável, principalmente pelos seus opositores, aos imperadores [[Calígula]] e [[Nero]]. [[Plínio]] e [[Publius Cornelius Tacitus|Tácito]], dois grandes intelectuais romanos do seu tempo, criticaram-no duramente, embora não tenham deixado de lhe reconhecer uma certa habilidade governativa, marcada por boas opções em termos de conduta do Estado, por toda uma energia e empenho em resolver os problemas militares que afligiam sempre a fronteira do [[Danúbio]], para além do rigor das suas medidas de natureza econômica. Neste âmbito, por exemplo, deixou refrear a tendência de sobreprodução que fazia baixar os preços agrícolas, revelando perspicácia, como sucede também no estreitar de relações comerciais com a [[China]] e principalmente a [[Índia]]. As províncias foram também bastante urbanizadas no seu principado. Foi, na verdade, um homem de cultura e com rasgos de humanismo notáveis, como sucedeu quando proibiu a [[castração]] de escravos. Ainda que mórbido e impiedoso, egocêntrico e cruel, em termos de atitudes políticas ou públicas, face ao seu desrespeito pelas altas magistraturas romanas e de certo modo pela tradição, não deixou de ser um Flávio em termos de governação, afastando-se por isso do extravagante Calígula ou do "criminoso" Nero. Como Flávio, notabilizou-se também nas obras públicas: concluiu o [[fórum]] que seu pai, [[Vespasiano]], começara; edificou o [[Palatino]]; e mandou construir o enorme [[Palácio Flávio]]. A sua obra mais célebre, contudo, foi o estádio com o seu nome, que está na origem da atual [[Piazza Navona]], um recinto que desde Domiciano era usado para espectáculos [[naumáquico]]s (representação ou simulação dum combate naval).