Igreja da Graça (Santarém): diferenças entre revisões

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A igreja é o último grande monumento [[Gótico em Portugal|gótico]] monacal que a cidade actualmente conserva, tendo a sua construção ficado a dever-se à iniciativa dos [[Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho|agostinhos]] de [[Lisboa]]. Esta ordem religiosa instalou-se na cidade a partir de 1376, conseguindo o patrocínio de vários membros importantes da nobreza [[Santarém (Portugal)|escalabitana]], entre os quais os primeiros [[Conde de Ourém|Condes de Ourém]], [[D. João Afonso Telo de Menezes]] e [[D. Guiomar de Vilalobos]], sua mulher. Os [[Conde de Ourém|Condes de Ourém]] ofereceram mesmo guarida aos [[Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho|agostinhos]], que permaneceram instalados no seu [[solar (habitação)|solar]] até à inauguração do templo. As obras da igreja iniciaram-se em 1380, mas as dificuldades económicas e a própria história conturbada da família fundadora levaram a que apenas ficassem concluídas no segundo quartel do século XV.
 
[[Imagem:Rose-window in Graça Church in Santarém .JPG|250px|rightleft|thumb|[[IgrejaPormenor da Graça (Santarém)|Igreja da Graça]]rosácea.]]
Apesar de concluídas as obras de construção, a campanha artística prosseguiria nos séculos seguintes, tendo a igreja sido várias vezes objecto de renovação. Continuando a tradição funerária do espaço, muitos foram os poderosos [[Santarém (Portugal)|escalabitanos]] que aqui se fizeram enterrar. Cerca de 1437, é executado o túmulo de [[D. Pedro de Menezes]], governador de [[Ceuta]], [[Conde de Vila Real]] e de [[Viana do Alentejo]] e neto dos fundadores, e de [[D. Beatriz Coutinho]], sua mulher. Em 1535, é edificada a '''Capela do Senhor Jesus dos Passos''', na nave lateral sul, sob o patrocínio de [[D. Mécia Mendes de Aguiar]], mulher do navegador [[Gonçalo Gil Barbosa]]. Na segunda metade do século, construiu-se a capela de [[D. Gil Eanes da Costa]], presidente do [[Desembargo do Paço]] e da Câmara de [[Lisboa]], com assento no Conselho de Estado de [[Filipe II de Espanha|Filipe II]]. Para esta obra, desmantelada pelo restauro do século XX, o promotor escolheu nomes cimeiros da arte nacional, como o arquitecto [[Pedro Nunes Tinoco]] e o pintor [[Diogo Teixeira]]. Os actuais tectos de madeira foram colocados em meados do século XVI, após o desmoronamento das [[abóbada|abóbadas]] das [[nave (arquitectura)|naves]], tendo o [[transepto]] sido então adequado ao [[estilo manuelino]]. A '''Capela de São Nicolau Tolentino''' foi edificada já no final do século, em 1594. Durante os séculos XVII e XVIII, são executadas decorações várias nos altares e nas capelas, nomeadamente pinturas, painéis cerâmicos e [[retábulo|retábulos]].