Cristianismo positivo: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Broken crossed circle.svg|thumb|250px|A "cruz solar", ado(p)tada como símbolo pelo Movimento da Fé Germânica por lembrar tanto uma [[cruz]] quanto uma [[suástica]].]]
'''Cristianismo positivo''' (em [[língua alemã|alemão]] ''Positives Christentum'') foi uma expressão ado(p)tada pelos líderes [[nazismo|nazistas]] para se referir a um modelo de [[cristianismo]] coerente com o nazismo.
 
Adeptos do Cristianismo Positivo argumentavam que o cristianismo tradicional enfatizava os aspectos passivos em vez dos a(c)tivos na vida de [[Jesus Cristo]], acentuando seu sacrifício na cruz e a redenção sobrenatural. Eles pretendiam substituir isso por uma ênfase "positiva" do Cristo como um pregador a(c)tivo, organizador e combatente que se opôs ao [[judaísmo]] institucionalizado de sua época. Em várias ocasiões durante o regime nazista, foram feitas tentativas de substituir o cristianismo ortodoxo por sua alternativa "positiva".
 
==Origens da idéia==
O Cristianismo Positivo surgiu da [[Alta Crítica]] do [[século XIX]], com sua ênfase na distinção entre o [[Jesus histórico]], e o Jesus divino da [[teologia]]. De acordo com algumas [[escola de pensamento|escolas de pensamento]], a figura do salvador do cristianismo ortodoxo era muito diferente do pregador histórico [[Galiléia|galileu]]. Enquantos muitos de tais eruditos buscavam colocar Jesus no contexto do antigo judaísmo, alguns escritores reconstruíram um Jesus histórico que correspondia à ideologia [[antisemitismo|anti-semita]]. Nos escritos de anti-semitas tais como [[Emile Burnouf]], [[Houston Stewart Chamberlain]] e [[Paul de Lagarde]], Jesus foi redefinido como um herói "[[Raça ariana|ariano]]" que lutou contra o judaísmo.<ref>{{en}}-{{cite web|author=Steigmann-Gall, Richard|title=The Holy Reich:Nazi Conceptions of Christianity, 1919-1945|publisher=Cambridge University Press|url=http://books.google.com/books?id=RreXLeUG_AIC&printsec=frontcover&dq=holy+reich&hl=pt-BR&sig=ACfU3U2btkrYsFawdUKVSAi__aPKNXkYkQ#PPA40,M1|date=2003|accessdate=18-08-2008}}</ref> Consistente com suas origens na Alta Crítica, tais escritores frequentemente ou rejeitavam ou minimizavam os aspectos milagrosos das narrativas do [[Evangelho]], reduzindo a crucificação a uma [[coda]] trágica da vida de Jesus, em vez de sua culminação prefigurada. Tanto Burnouf quanto Chamberlain argumentaram que a população da Galiléia era racialmente distinta daquela da [[Judéia]]. Lagarde insistia que o cristianismo alemão deveia tornar-se de caráter "nacional".
 
 
==Referências==