Sinagoga de Tomar: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
NunoD (discussão | contribs)
NunoD (discussão | contribs)
Linha 7:
É neste contexto que se dá a fundação da [[sinagoga]], em meados do século XV, motivada pelo crescente número de fiéis. A construção deu-se por ordem do [[Infante D. Henrique]], que ao que tudo indica protegia a comunidade hebraica da vila, facto a que não é alheio o cargo que exercia, de mestre da [[Ordem de Cristo]]. No entanto, a existência deste templo seria efémera, pois logo em 1496, com a [[Judeus em Portugal|conversão forçada dos judeus]] ao [[cristianismo]] decretada por [[D. Manuel I]], a [[Judiaria]] da vila, à semelhança de todas as outras do reino, é abolida, sendo também encerrada a sua [[sinagoga]]. O nome da rua é então mudado para Rua Nova, transitando muitos dos [[cristãos-novos]] ([[Judeus em Portugal|judeus]] convertidos ao [[cristianismo]]) para outros arruamentos, enquanto [[cristão-velho|cristãos-velhos]] se instalavam nas casas deixadas devolutas.
 
O espaço da [[sinagoga]] passou então, a partir de 1516, a ser utilizado como cadeia pública. Entre os finais do século XVI e os inícios do XVII, depois das necessárias obras, o edifício passou a local de culto [[cristão]], como Ermida de São Bartolomeu. Após a sua profanação, no século XIX, o antigo templo foi utilizado como palheiro, servindo em 1920, aquando da visita de um grupo de arqueólogos portugueses, de adega e de armazém de mercearia. No ano seguinte, o edifício foi classificado como [[Monumento Nacional]], tendo sido adquirido em 1923 pelo Dr. Samuel Schwarz. Este [[judeu]] [[Polónia|polaco]], investigador da cultura hebraica, suportou obras de limpeza e desaterro, doando o edifício ao Estado em 1939, sob a condição de aqui ser instalado um museu luso-hebraico.
 
==Descrição==