Brigadas Vermelhas: diferenças entre revisões

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A organização pregava a "via revolucionária", em contraste com a orientação [[reformismo|reformista]] do [[Partido Comunista Italiano]] - PCI - e tinha como objetivo "atacar o projeto [[contra-revolução|contra-revolucionário]] do [[capitalismo]] [[multinacional]] [[imperialista]] para construir o Partido Comunista Combatente e os organismos de massa [[revolucionário]]s". Para tanto, pretendia debilitar o [[Estado]] italiano e prepararar o caminho para uma revolução [[marxista]], liderada pelo [[proletariado]] [[revolucionário]], que levasse a Itália a separar-se da [[OTAN|Aliança Ocidental]].
 
==Atividade==
[[Imagem:Aldo Moro br.jpg|thumb|right|250px|Sequestro de Aldo Moro]]
No primeiro período de atividade, a luta política das BR consistiu em atentados incendiários contra veículos dos dirigentes de fábricas, panfletagem, [[seqüestro relâmpago|seqüestros relâmpago]] e conseqüentes exposições mediáticas de dirigentes.
 
No primeiro período de atividade, a luta política das BR consistiu em atentados incendiários contra veículos dos dirigentes de fábricas, panfletagem, [[seqüestro relâmpago|seqüestros relâmpago]] e conseqüentes exposições mediáticas de dirigentes.
A maioria dos ataques das BR teve como alvo símbolos do ''[[establishment]]'' - [[sindicalista]]s, políticos e homens de negócios. Sob a direção de [[Renato Curcio]], a organização inspirou-se no modelo dos [[Tupamaros]] [[uruguai]]os e adotou o lema de "muerde y huye".
Entre [[1970]] e [[1973]], as BR criaram células secretas e iniciaram seu ataque "ao coração do Estado, da economia e da produção".
 
A maioria dos ataques das BR teve como alvo símbolos do ''[[establishment]]'' - [[sindicalista]]ssindicalistas, políticos e homens de negócios. Sob a direção de [[Renato Curcio]], a organização inspirou-se no modelo dos [[Tupamaros]] [[uruguai]]osuruguaios e adotou o lema de "muerde y huye".
Após a prisão de Curcio a liderança da organização foi assumida por [[Mario Moretti]] que, em [[16 de março]] de [[1978]], conduziu o seqüestro e, após um longo período de cativeiro e negociações infrutíferas com o governo, à execução de [[Aldo Moro]], ex-primeiro-ministro e presidente da [[Democracia Cristã]] Italiana. O caso gerou uma grande comoção no país e na comunidade internacional, marcando o início do declínio das Brigadas Vermelhas.
Entre [[1970]] e [[1973]], as BR criaram células secretas e iniciaram seu ataque "ao coração do Estado, da economia e da produção".
 
Após a prisão de Curcio a liderança da organização foi assumida por [[Mario Moretti]] que, em [[16 de março]] de [[1978]], conduziu o seqüestro e, após um longo período de cativeiro e negociações infrutíferas com o governo, à execução de [[Aldo Moro]], ex-primeiro-ministro e presidente da [[Democracia Cristã]] Italiana. O caso gerou uma grande comoção no país e na comunidade internacional, marcando o início do declínio das Brigadas Vermelhas.
 
Ao se iniciarem os anos 1980, cerca de 500 brigadistas já estavam na prisão e apesar dos esforços da organização em realizar uma ofensiva para controlar "fábricas, bairros, cadeias e colégios", a polícia italiana acabou por obter a "colaboração" de vários dos presos, em troca de redução de suas penas. Daí em diante, as Brigadas Vermelhas entraram em um período de declínio.
 
Problemas internos, crise [[ideologia| ideológica]], falhas operacionais e a detenção de seus principais líderes minaram a coesão do grupo que, em [[1984]], cindiu-se em duas partes, dando origem ao Partido Combativo Comunista (BR-PCC) e à União Comunista Combativa (BR-UCC). Daí em diante, seus integrantes buscaram o apoio do [[lumpemproletariado]], da [[KGB]] através da [[Tchecoslováquia]], dos [[palestino]]spalestinos e de diferentes grupos revolucionários. No entanto, um cuidadoso plano policial e judicial conseguiu neutralizar as ações do o grupo e reduzi-lo até o seu quase desaparecimento.
 
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