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==Origens==
A organização teve suas origens no [[movimento estudantil]] do final da [[década de 1960]] e marcou fortemente a cena política italiana dos [[Década de 1970 |anos 70]] e [[Década de 1980|80]]. Seus fundadores eram originários da [[Universidade Livre de Trento]] (''Libera Università di Trento''), como [[Renato Curcio]], [[Margherita Cagol]] e [[Giorgio Semeria]]; de [[Reggio Emilia]] (Alberto Franceschini e Prospero Gallinari, estes últimos, jovens militantes da FGCI, a organização juvenil do [[Partido Comunista Italiano |PCI]]), do movimento operário (Mario Moretti, técnico da Sit-Siemens). Havia também muitos militantes provenientes da [[esquerda]] [[católica]].
 
==Ideologia e objetivos==
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A organização pregava a "via revolucionária", em contraste com a orientação [[reformismo|reformista]] do [[Partido Comunista Italiano]] - PCI - e tinha como objetivo "atacar o projeto [[contra-revolução|contra-revolucionário]] do [[capitalismo]] [[multinacional]] [[imperialista]] para construir o Partido Comunista Combatente e os organismos de massa [[revolucionário]]s". Para tanto, pretendia debilitar o [[Estado]] italiano e prepararar o caminho para uma revolução [[marxista]], liderada pelo [[proletariado]] [[revolucionário]], que levasse a Itália a separar-se da [[OTAN|Aliança Ocidental]].
 
==Atividade==
[[Imagem:Aldo Moro br.jpg|thumb|right|250px|Sequestro de Aldo Moro]]
No primeiro período de atividade, a luta política das BR consistiu em atentados incendiários contra veículos dos dirigentes de fábricas, panfletagem, [[seqüestro relâmpago|seqüestros relâmpago]] e conseqüentes exposições mediáticas de dirigentes.
 
A maioria dos ataques das BR teve como alvo símbolos do ''[[establishment]]'' - sindicalistas[[sindicalista]]s, políticos e homens de negócios. Sob a direção de [[Renato Curcio]], a organização inspirou-se no modelo dos [[Tupamaros]] uruguaios[[uruguai]]os e adotou o lema de "muerde y huye".
No primeiro período de atividade, a luta política das BR consistiu em atentados incendiários contra veículos dos dirigentes de fábricas, panfletagem, seqüestro relâmpago e conseqüentes exposições mediáticas de dirigentes.
Entre [[1970]] e [[1973]], as BR criaram células secretas e iniciaram seu ataque "ao coração do Estado, da economia e da produção".
 
Após a prisão de Curcio a liderança da organização foi assumida por [[Mario Moretti]] que, em [[16 de março]] de [[1978]], conduziu o seqüestro e, após um longo período de cativeiro e negociações infrutíferas com o governo, à execução de [[Aldo Moro]], ex-primeiro-ministro e presidente da [[Democracia Cristã]] Italiana. O caso gerou uma grande comoção no país e na comunidade internacional, marcando o início do declínio das Brigadas Vermelhas.
A maioria dos ataques das BR teve como alvo símbolos do ''establishment'' - sindicalistas, políticos e homens de negócios. Sob a direção de Renato Curcio, a organização inspirou-se no modelo dos Tupamaros uruguaios e adotou o lema de "muerde y huye".
Entre 1970 e 1973, as BR criaram células secretas e iniciaram seu ataque "ao coração do Estado, da economia e da produção".
 
Após a prisão de Curcio a liderança da organização foi assumida por Mario Moretti que, em 16 de março de 1978, conduziu o seqüestro e, após um longo período de cativeiro e negociações infrutíferas com o governo, à execução de Aldo Moro, ex-primeiro-ministro e presidente da Democracia Cristã Italiana. O caso gerou uma grande comoção no país e na comunidade internacional, marcando o início do declínio das Brigadas Vermelhas.
 
Ao se iniciarem os anos 1980, cerca de 500 brigadistas já estavam na prisão e apesar dos esforços da organização em realizar uma ofensiva para controlar "fábricas, bairros, cadeias e colégios", a polícia italiana acabou por obter a "colaboração" de vários dos presos, em troca de redução de suas penas. Daí em diante, as Brigadas Vermelhas entraram em um período de declínio.
 
Problemas internos, crise [[ideologia |ideológica]], falhas operacionais e a detenção de seus principais líderes minaram a coesão do grupo que, em [[1984]], cindiu-se em duas partes, dando origem ao Partido Combativo Comunista (BR-PCC) e à União Comunista Combativa (BR-UCC). Daí em diante, seus integrantes buscaram o apoio do [[lumpemproletariado]], da [[KGB]] através da [[Tchecoslováquia]], dos palestinos[[palestino]]s e de diferentes grupos revolucionários. No entanto, um cuidadoso plano policial e judicial conseguiu neutralizar as ações do o grupo e reduzi-lo até o seu quase desaparecimento.
 
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