Rosvita de Gandersheim: diferenças entre revisões

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A canonisa teve duas doutas mestras: [[Rikkardis]] e [[Gerbig]], filha de [[Henrique_da_Baviera|Heinrich von Bayern]] e sobrinha do Imperador Oto I, que se tornou, em 959, abadessa do convento. Como professora, acompanhou Rosvita, leu com ela os clássicos da Antigüidade e incentivou a jovem poetisa. O poeta romano [[Terêncio]] tornou-se para Rosvita modelo e mestre. Com sua obra, Rosvita formou seu espírito, seu estilo e seu latim. Além disso, em Gandersheim, Rosvita tinha uma importante [[biblioteca]] à sua disposição. A poetisa criou trabalhos, os quais são marcados por uma profunda cultura clássica e uma formação formal.
Quando Rosvita morreu é desconhecido. Estima-se que tenha sido aproximadamente em 975. Ela é representada com suas roupas de canonisa, uma cruz, um livro e uma pena. Seu dia é comemorado em [[5 de setembro]].
Os relatos de Rosvita apontam sempre para o esplendor no novo reino cristão e seu líder, tendo a poetisa uma profunda compreensão dos problemas do mundo e da alma humana. Sua obra inclui três tipos de trabalhos. Em latim, ela escreveu oito lendas, seis peças de teatro e dois épicos. Rosvita criou as [[lendas]] a partir das [[Bíblia|Escrituras Sagradas]], dos [[Evangelhos apócrifos]] ou de histórias de [[Hagiografia|vidas de santos]]. As [[peças de teatro]] foram escritas a partir do modelo do escritor romano Terêncio, que também escreveu seis peças. Eles tratam da vitória da fé e da pureza sobre o poder e a sedução. Trata-se de comédias morais: Gallicanus (Galicano), Dulcitius (Dulcício), Callimachus (Calímaco), Abraham, (Abraão), Paphnutius (Pafnúcio) e Sapientia (Sabedoria). Não se sabe se tais esboços dramáticos foram alguma vez representados, se ela os escreveu apenas como exercício literário, utilizado apenas para a distração de suas companheiras do convento ou se tiveram um público maior, com uma encenação propriamente dita. É possível que tenham sido realmente encenadas, mesmo as peças com papéis infantis, pois em sua época crianças eram mandadas para os conventos para serem educadas. Por exemplo, na peça Sapientia, na qual Rosvita tem a preocupação de escrever as falas de acordo com a idade das personagens, pois as crianças mais novas (as personagens infantis têm 8, 10 e 12 anos) recebiam menos falas, mais curtas e mais fáceis. Entretanto, essa ainda é uma questão sem resposta!
Rosvita admirava Terêncio no aspecto formal, mas os temas “indecentes” do poeta pagão, demasiado vãs e imorais para ela, levou a poetisa “reformular” a temática, como a própria Rosvita se pronuncia: