Omolocô: diferenças entre revisões

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<big>'''[[Religiões afro-brasileiras]]'''</big><br />
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'''Princípios básicos'''
 
[[Deus]]<br />
[[Candomblé Ketu|Ketu]] | [[Olorum]] | [[Orixás]]<br />
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[[Templos afro-brasileiros]]<br />
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[[Candomblé]] | [[Culto de Ifá]]<br />
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[[Sincretismo]] | [[Confraria]]
 
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'''[[Anexo:Lista de livros com tema afro-brasileiro|Literatura afro-brasileira]]'''<br />
[[Anexo:Terminologia de religiões afro-brasileiras|Terminologia]]<br />
[[Lista de sacerdotes do candomblé|Sacerdotes]]<br />
[[Hierarquia do Candomblé|Hierarquia]]
 
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'''Religiões semelhantes'''<br />
[[Religiões tradicionais africanas|Religiões Africanas]]
[[Santeria]] [[Palo]] [[Arará]] [[Lukumi]] [[Regla de Ocha]] [[Abakuá]] [[Obeah]]
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'''Omolokô''' é uma palavra composta que deriva de duas outras, oriundas da língua [[Iorubá]] com três versões distintas, segundo sua interpretação.
 
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“Omo” que significa “Filho” “Loko” referindo-se a árvore Iroko e tem o sentido de algo como “Filhos da Gameleira Branca”.
 
 
No segundo ramo de análise, que é a versão do Srº [[Tancredo da Silva Pinto]]<ref>[[Tancredo da Silva Pinto]]</ref>, Tatá Ti Inkice (pai de santo de Angola), em seu livro Culto Omolokô - Os Filhos de Terreiro - "Omolokô significa:
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“Omo” -Filho e “Oko” - Fazenda, zona rural onde esse culto, por causa da repressão policial que havia naquela época, os rituais eram realizados na mata ou em lugar de difícil acesso dentro das fazendas dos donos de escravos.
 
Por fim, pode-se ainda relacionar o significado da palavra Omolokô também ao [[Orixá Okô]], ao deusa orixá da agricultura, que era adorado nas noites de lua nova pelas mulheres agricultoras de [[inhame]]. Antigamente, o Orixá Okô era muito cultuado no [[Rio de Janeiro]].
 
Por fim, pode-se ainda relacionar o significado da palavra Omolokô também ao [[Orixá Okô]], a deusa da agricultura, que era adorado nas noites de lua nova pelas mulheres agricultoras de [[inhame]]. Antigamente, o Orixá Okô era muito cultuado no [[Rio de Janeiro]].
 
 
Talvez por causa disso hoje temos as denominações de “terreiro e roça” para os lugares onde os cultos [[afro-brasileiro]]s são realizados. Nesse culto os orixás possuem nomes yoruba (Nagô), seus assentamentos parecem-se com os do Candomblé.
 
Independente das versões é sabido que o nome Omolokô define um culto originário do [[Rio de Janeiro]] com práticas rituais e de culto aos [[Orixá]]s e que aceita cultos, aos [[Caboclo na Umbanda|Caboclo]]s, aos [[Preto-velho|Pretos-velhos]] e demais [[Falangeiros de Orixás]] deda Umbanda.
 
Independente das versões é sabido que o nome Omolokô define um culto originário do [[Rio de Janeiro]] com práticas rituais e de culto aos [[Orixá]]s e que aceita cultos, aos [[Caboclo na Umbanda|Caboclo]]s, aos [[Preto-velho|Pretos-velhos]] e demais [[Falangeiros]] de Umbanda.
O culto Omolokô é apontado por estudiosos do assunto e praticantes como um dos principais influenciadores da formação da [[Umbanda]] africanizada ao lado do [[Candomblé de Caboclo]], do [[Cabula]] e do próprio [[Candomblé]]. Teria surgido, segundo [[Tancredo da Silva Pinto]] entre o povo africano Lunda-Quiôco. É chamado erroneamente de ''Umbanda Omolokô'', pois se difere desta por ter características singulares aos seus preceitos tais como matanças, vestimentas, e etc...
 
O Omolokô possui ritualística própria, portanto não se pode caracterizar qualquer Umbanda africanizada como tal. Seu representante mais expressivo é o tatá [[Tancredo da Silva Pinto]], já falecido, estafeta dos correios, morador do morro São Carlos, que foi um grande estudioso e escritor do livro Culto Omolokô: Os Filhos de Terreiro. Porém figuras em tamanha importância, relatam a existência do Omoloko, tais como a escrava Maria Batayo<ref>http://www.omoloko.org.br/historia.html</ref> e a filha de escravos [[Léa Maria Fonseca da Costa]] que preservaram o Omolokô dissociado da [[Umbanda]] como aborda [[Tancredo da Silva Pinto]].
 
A diáspora dos orixás cultuados no Omolokô é a mesma utilizada pelo [[Candomblé]] e sua organização dogmática o faz diferir também por isso da [[Umbanda]] que os cultua em número menor e de forma majoritariamente sincrética.
O Omolokô possui ritualística própria, portanto não se pode caracterizar qualquer Umbanda africanizada como tal. Seu representante mais expressivo é o tatá [[Tancredo da Silva Pinto]], já falecido, estafeta dos correios, morador do morro São Carlos, que foi um grande estudioso e escritor do livro Culto Omolokô: Os Filhos de Terreiro. Porém figuras em tamanha importância, relatam a existência do Omoloko, tais como a escrava Maria Batayo<ref>http://www.omoloko.org.br/historia.html</ref> e a filha de escravos [[Léa Maria Fonseca da Costa]] que preservaram o Omolokô dissociado da Umbanda como aborda Tancredo da Silva Pinto.
A diáspora dos orixás cultuados no Omolokô é a mesma utilizada pelo Candomblé e sua organização dogmática o faz diferir também por isso da Umbanda que os cultua em número menor e de forma majoritariamente sincrética.
 
===Significado===
 
Algumas pessoas se confundem do que seja Omolokô. “Omolokô é [[Umbanda]] ou [[Candomblé]]? “ A resposta só poderia ser uma única: Omolokô não é [[Umbanda]] apesar de aceitar em seus rituais o culto a [[Falangeiros de Orixás]]. O Omolokô cultua os Orixás com suas cantigas em Yorubá ou Angola, pois como já foi dito anteriormente esse ritual houve forte influência também por estas duas culturas. Porém, como pode-se ver, o ritual Omolokô não poderia ser encaixado no grupo dos [[Candomblé]]s, pelo principal motivo de que no Omolokô são cultuados, ainda que em situações separadas, os [[caboclo na Umbanda|Caboclo]]s, [[preto-velho|Pretos-Velhos]] dentre outros, aceitando-se a realização de práticas ritualísticas de Umbanda em um mesmo solo.
Há quem defina o Omolokô como “Umbandomblé”, ou como “Candomblé Umbandizado” ou ainda como “Umbanda Candombleizada” <ref>http://www.aguaforte.com/osurbanitas/cristianatramonte02-2004.html</ref>, porém, definições adaptáveis apenas às casas de Omolokô que fundem seus cultos, uma vez que existem aqueles que não misturam tais práticas.
 
==História==
 
Pesquisas mais recentes dão conta de que a origem do nome Omolokô pode também estar ligado ao povo Loko, que era governado pelo rei Farma, no Sertão de [[Serra Leoa]]. Ele foi o rei mais poderoso entre todos os Manes. Sua cidade chamava-se “Lokoja” e localizava-se a margem do Rio [[Mitombo]], afluente do [[rio BênueBenue]], que por sua vez é afluente do grande rio [[Níger]].
 
Lokoja ficava próxima do reino [[Yorubá]]. O povo Loko também era conhecido pelos nomes de Lagos, Lândogo e Sosso. O nome “Loko” foi primeiramente registrado em [[1606]]. Também há registro de desse povo com o nome de Loguro. Os Lokôs viveram até [[1917]] a oriente dos Temnis de Scarcies. De acordo com pesquisas realizadas, a tribo Loko estava divida em tribos menores ao longo dos Rios Mitombo, Bênue e Níger, e no litoral de [[Serra Leoa]]. Em [[1664]], o filho do rei Farma foi batizado com o nome de D. Felipe. Evidentemente torna-se claro que o principio da sincretização afro-católica já acontecia na [[África]] antes da vinda dos africanos ao [[Brasil]]. Acredita-se que a Tribo Loko pertencia a um grupo maior chamado Mane, e que os povos dessa tribo vindos escravizados para o [[Brasil]] formaram o que hoje conhecemos como Nação Omolokô.
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* SILVA, Alberto da Costa e ([[1994]]); '''O Brasil, a África e o Atlântico no século XIX''' ; Estudos avançados 8(21)
 
=={{LinksLigações externosexternas}}:==
* http://www.uniafro.hpgplus.com.br/omoloko.htm
 
{{Religiões afro-brasileiras}}
 
[[Categoria:Religiões sincréticas]]
[[Categoria:Religiões afro-brasileiras]]