Władysław Gomułka: diferenças entre revisões

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Em [[19 de Outubro]], a maioria dos dirigentes polacos, com o apoio do exército e das forças de segurança internas, levou Gomułka e seus apoiantes para o politburo e nomeou-o primeiro secretário do partido. Estes eventos na Polónia alarmaram os dirigentes soviéticos. Em simultâneo com movimentos militares na fronteira polaco-soviética, foi enviada uma delegação de alto nível do comité central soviético para a Polónia, liderada por [[Khrushchev]] e includindo Mikoyan, Bulganin, [[Molotov]], Kaganovich e o marechal Konev, entre outros. Gomułka deixou claro que as tropas polacas resistiriam a uma invasão soviética, mas assegurou também que as reformas em curso eram de carácter interno e que a Polónia não tinha qualquer intenção de abandonar nem o comunismo, nem os tratados com a União Soviética. Os Soviéticos cederam<ref>[http://www.gwu.edu/~nsarchiv/NSAEBB/NSAEBB76/doc5.pdf Notes from the Minutes of the CPSU CC Presidium Meeting with Satellite Leaders, October 24, 1956, George Washington University: The National Security Archive, 2002]</ref>. Gomułka acabou por ser confirmado no seu novo cargo. A notíca dos eventos na Polónia acabaria por chegar à [[Hungria]] através da rádio, despoletando manifestações naquele país, pedindo reformas semelhantes, que viriam a culminar na [[Revolução Húngara de 1956]].
 
Inicialmente muito popular pelas suas reformas<ref>[http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,808728-1,00.html Rebellious Compromiser, Time 10-12-1956</ref>, dando início a uma era que ficou conhecida como o degelo de Gomułka's, foi gradualmente diminuindo a sua oposição às pressões soviéticas. Nos [[anos 60]], apoiou a perseguição montada contra a [[Igreja Católica]] e contra alguns intelectuais do partido (por exemplo, [[Leszek Kołakowski|Kołakowski]]). Participou na intervenção do [[Pacto de Varsóvia]] na [[Checoslováquia]] em [[1968]]. Nessa altura, foi também responsável por perseguições de estudantes e por endurecer a censura da imprensa.
 
Em [[Dezembro]] de [[1970]], um confronto sangrento com trabalhadores de estaleiros, durante o qual várias dezenas destes foram mortos a tiro, viria a forçar a sua demissão (oficialmente, demitiu-se por razões de saúde, tendo de facto sofrido um enfarte). Um homem mais jovem e dinâmico, [[Edward Gierek]], tomou conta da liderança do partido e as tensões diminuíram. Gomułka foi forçado a aposentar-se. Após a sua morte em [[1982]], vítima de um [[cancro]], a sua imagem negativa na propaganda comunista foi alterada e foram reconhecidos alguns dos seus contributos positivos. As suas memórias foram publicadas pela primeira vez em [[1994]].
 
==Referências==