Partitas, BWV 825–830: diferenças entre revisões

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N Partitas, BWV 825-830
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Revisão das 16h53min de 19 de setembro de 2008

As Partitas, BWV 825–830, são um conjunto de seis suítes de cravo escritas por Johann Sebastian Bach, e publicadas entre 1726 e 1730, em Leipzig, sob o título da primeira parte dos trabalhos publicados durante a sua vida, e que se chamaram: Clavierübung. Elas foram as últimas das suas suites compostas para teclado as outras sendo, as Seis Suites Inglesas, BWV 806-811 e as Seis Suites Francesas, BWV 812-817.
As partitas, que foram publicadas na primeira parte da publicação de quatro partes total do Clavierübung, durante a vida de Bach, são consideradas o sumo do exercício da técnica extrema da composição de Bach para o teclado.
Embora Bach não teve a intenção que as partitas fossem tocadas no órgão, já houve vários organistas que assim tentaram.[1] Donald Saltz, crítico de música barroca, escreveu que o órgão tem a tendência de ter a grandiosidade no seu som, e muito da música de Bach para o cravo de manual duplo é de uma delicadeza e técnica imensa, fazendo com que o órgão abafe a essência do som, as minuciosas técnicas táo repletas de ornamentações que Bach escreve para o cravo.

A Capa da frente do 3º livro do Clavierübung (III), um pouco similar ao Opus I
Prática do Teclado, consistindo de prelúdios, allemandes, courantes, sarabandes, gigues, minuetos, e outras galantarias, composta para amantes da música, para refrescar o espírito, por Johann Sebastian Bach, o Real Mestre de Capela à Sua Alteza o Príncipe de Anhalt-Cöthen e Diretor do Coro Musical de Leipzig.
— Capa da Opus I. Publicada pelo o Autor. 1731

Histórico

In 1723, Bach já tinha estabelecido sua reputação de virtuoso tecladista quando ele foi apontado kantor da Igreja de São Tomás (Leipzig) e diretor de música em Leipzig. Ele também era, igualmente, um compositor bem sucedido. E, que era muito capcitado da abilidade de improvisar no órgão. Ele também já tinha provado que podia compor para vários estilo, de altamente complexas fugas à peças galantes como as suites. Neste novo emprego, Bach pode ter querido impressionar os seus patrões, na ocasião, e mostrar que ele era mais do que capaz de manter a posição para qual fora chamado a assumir, pois para a comissão dos jurados na sua admissão ele apresentou uma série de trabalhos recentes que ele mesmo tinha preparado, noutrora, para alunos. Entre estes trabalhos, incluiam-se: "Invenções e Sinfonias" (1723), e "O Cravo Bem Temperado" (1722). O ocupante da cadeira que Bach iria assumir, até o último ano, era um compositor da mais alta reputação musical, Johann Kuhnau (1660-1722), este que tinha estabelecido as fundações da escola musical do cravo, na Alemanha.[2] Bach já tinha também trabalhado com Kuhnau, em Halle, em 1716, examinando um órgão. Alem disto, o sobrinho de Kuhnau, Johann Andreas Kuhnau, era o copista das partes musicais das cantatas de Bach. Logo, era meio indicativo que Bach tinha que dar uma boa impressão aos seus novos empregadores e este legado da amizade entre os dois serviu para incentivar Bach a escrever as Seis Partitas [3]
Era o outono de 1726, quando Bach finalmente publicou a primeira partita. Esta se seguiu com as: nº 2 e 3, em 1727, nº 4 em 1728, nº 5 e 6, em 1730. Em 1731 Bach juntou as seis e publicou mais uma vez como uma coletânea, pelo título de "Opus I". Ele poderia capitalizar mais ainda em trabalhos já preparados e publicados anteriormente e com o dinheiro dos ganhos durante as primeiras publicações investir em futuras produções.

O estilo das suites

Exatamente como as outras duas suites prévias, as francesas e as inglesas, todas as "Seis Partitas" seguem o esquema básico da suite: "allemande-courante-sarabanda e giga". Neste esqueleto (cada uma possui variedade em seu próprio formato), primeiramente, colocando um movimento de abertura distinto (um prelúdio, uma sinfonia ou fantasia, ou mesmo uma abertura) que determinaria a cor e o temperamento de cada suite e, em seguida, pelas galantarias---danças opcionais---que ele adicionava opcionalmente nos finais das suítes. A variedade sempre aumenta mais em não colocar peças especificamente para danças, somo um rondeau e burlesca, o que contribuiu muito para a continuidade da música e caráters em cada suite. Na "Partita nº2", Bach escolheu um capríccio para colocar no final da giga.
Bach mistura, o que parece ser aliatoriamente, as tonalidads para cada grupo de partita, sendo elas "Si bemol Maior; do menor; lá menor; Ré Maior; Sol Maior; e mi menor." Pelo menos assim parece ao primeiro olhar. Mas, olhando mais profundamente, a gente vê que Bach tem um esquema muito complexo, e ele escolhe expandir os intervalos para cima e para baixo, assim: 2ª (para cima), 3ª (para baixo), 4ª (cima), 5º (baixo), 6ª (cima) (isto é: de Sib a do menor é o intervalo de 2ª para cima; de do a lá menor, é o intervalo de 3ª para baixo; de lá a Ré, é 4ª (cima), assim por diante dando um caráter híbrido (crescendo) de dupla dimensão.
Bach, obviamente gostou desta experiência toda, pois nos próximos dez anos ele compôs e publicou em prestações, mais 3 coletâneas do Clavierübung ("livro para o cravo")---o mais completo estudo explorando a arte dos instrumentos de teclado que já foi publicado dos compositores barrocos alemães.


Estruturas das Partitas, BWV 825 à BWV 830

Partita I B-Dur BWV 825

  • N° 1 em Si bémol maior, BWV 825
  • Praeludium c
  • Allemande c
  • Courante 3/4
  • Sarabande 3/4
  • Menuett I – II – I 3/4
  • Gigue c

Partita II c-Moll BWV 826

  • N° 2 em do menor, BWV 826
  • Sinfonia: Grave Adagio c – Andante c – 3/4
  • Allemande ¢
  • Courante 3/2
  • Sarabande 3/4
  • Rondeau 3/8
  • Capriccio 2/4

Partita III a-Moll BWV 827

  • N° 3 em la menor, BWV 827
  • Fantasia 3/8
  • Allemande c
  • Courante 3/4
  • Sarabande 3/4
  • Burlesca 3/4
  • Scherzo 2/4
  • Gigue 12/8

Partita IV D-Dur BWV 828

  • N° 4 em Ré maior, BWV 828
  • Ouverture ¢ – 9/8
  • Allemande c
  • Courante 3/2
  • Aria 2/4
  • Sarabande 3/4
  • Menuett 3/4
  • Gigue 9/16

Partita V G-Dur BWV 829

  • N° 5 em Sol maior, BWV 829
  • Praeambulum 3/4
  • Allemande c
  • Courante 3/8
  • Sarabande 3/4
  • Tempo di Menuetto 3/4
  • Passepied 3/8
  • Gigue 6/8

Partita VI e-Moll BWV 830

  • N° 6 em mi menor, BWV 830
  • Toccata ¢ – c
  • Allemande c
  • Courante 3/8
  • Air ¢
  • Sarabande 3/4
  • Tempo di Gavotta ¢
  • Gigue Ø (= 4/2)


Ver também

Referências

  1. Satz, Donald. "Bach's Partitas for Clavier", (12/09/2002).
  2. Joahnn Kuhnau Compositor e Kantor da Igreja de São Tomás de Leipzig.
  3. Grove Concise Dictionary of Music (© 1994 by Oxford University Press); Grove’s Dictionary of Music and Musicians (1952 Edition, by Sir Gerorge Grove)

Ligações externas