Santuário dos grandes deuses de Samotrácia: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
LijeBot (discussão | contribs)
m clean up
LeoBot (discussão | contribs)
Checkwiki: limpeza de formatação utilizando AWB
Linha 1:
[[Imagem:Samothraki location.jpg|200px|right|thumb|Localização da Samotrácia]]
'''Santuário dos grandes deuses de Samotrácia''' é um dos principais santuariossantuários pan-helênicos, situado na ilha de Samotrácia, na costa da [[Trácia]]. ConstruidoConstruído imediatamente a oeste das fortificações da cidade de Samotrácia, não dependia dela, como demostram o envio de embaixadores da cidade ao [[santuário]] por ocasião de festas. O santuário era celebre em todo o mundo grego pelo culto de mistérios que ali se praticava. Um culto ''chthoniem'' que não era menos renomado que o de Eleusis e do que o nome dos homens que foram ali iniciados: o historiador [[Heródoto]], um dos raros autores a ter dado informações sobre a natureza dos mistérios; o rei de [[Esparta]], [[Lisandro]], e numerosos atenienses-o culto é mencionado por [[Platão]] e [[Aristófanes]]. Um período de espetacular desenvolvimento ocorreu durante o período helenista, quando se tornou, no reinado de Felipe II, um tipo de santuário nacional da [[Macedônia]], onde sucessores de [[Alexandre o grande]] rivalizavam em munificiência. Era um importante lugar de culto ainda na época do [[Império Romano]], o próprio imperador [[Adriano]] o visitou e o escritor [[Marco Terêncio Varrão]] descreveu uma parte dos mistérios, antes deles se desfazerem ao fim da antiguidade tardia.
 
==Culto dos grandes deuses==
 
A identidade e natureza das [[deidade]]s veneradas no santuário permanecem enigmáticas, principalmente porque era [[tabu]] pronunciar seus nomes. Fontes literárias da antiguidade referem-se a eles com o nome coletivo de ''Kabeiroi'' (Grego: ), enquanto nas inscrições locais eram referidos simplesmente como ''deuses'' ou ''grandes deuses'' (Grego: ).
 
Linha 11 ⟶ 10:
* A '''Grande Mãe''', deusa frequentemente registrada em [[moeda]]s de Samotrácia como uma mulher sentada, com um leão ao seu lado. Seu nome secreto original era '''Axiéros'''. Associada com a Grande Mãe da [[Anatólia]], com [[Cibele]],a deusa da [[Frígia]], e com a deusa màe de [[Troia]] do monte Ida. Os gregos associaram suas qualidades à deusa da fertilidade [[Demeter]]. A Grande Mãe é a toda-poderosa senhora do mundo selvagem das montanhas, venerada sobre as rochas sagradas onde eram oferecidos sacrifícios. Dentro do santuário de Samotrácia, seus altares correspondem a porfírias, afloramentos rochosos de várias cores (vermelho, verde,azul ou cinza). Para seus fiéis, seu poder também se manifestava em veios de ferritas [[magnetismo|magnéticas]], de que faziam anéis que usavam como forma de identificação. Alguns exemplares foram encontrados no cemitério vizinho ao santuário.
* Em Samotrácia se veneravam também Hecate, com o nome de '''Zerynthia''', e [[Afrodite]]-'''Zerynthia''', duas importantes divindades, com igual devoção. Ali esse culto se distanciou do da Grande Màe e se identificou mais com divindades mais familiares aos gregos.
* '''Kadmylos''', o esposo de Axieros, é um deus da fertilidade identificado pelos gregos com [[Hermes]], uma divindade cujos simbolossímbolos eram uma cabeça de carneiro e um bastão (kerykeion), um evidente simbolosímbolo fálico, e que pode ser encontrado com alguma frequência.
* Duas outras deidades masculinas acompanham Kadmylos. Eles correspondem aos dois legendários heróis que fundaram os mistérios de Samotrácia, os irmãos '''Dardanos''' e '''Éetion'''. Eles eram associados aos ''Dioscuri'', dois populares gêmeos protetores dos marinheiros em perigo.
* Um par de divindades do submundo, '''Axiokersos''' e '''Axiokersa''', eram identificados com [[Hades]] e [[Persefone]], mas não parecia fazer parte do grupo original de deidades pré-helenicas. A lenda, familiar aos gregos, do rapto da deusa da [[fertilidade]] pelo deus do subsolo também era parte dos dramas sacros celebrados em Samotrácia, embora menos que em [[Elêusis]].
* durante um periodoperíodo tardio, este mesmo mito foi associado com o casamento de '''Cadmos''' e '''[[Harmonia]]''', possivelmente pela semelhança com os nomes de Kadmylos e [[Electra]].
 
===Os ritos===
 
[[Imagem:Samothraki Hieron.jpg|200px|left|thumb|Vista das ruinas do Hierom ( 13)]]
O espaço do santuário era aberto a todos que desejassem cultuar os deuses, embora as edificações consagradas aos mistérios era reservada sómente aos [[iniciado]]s. Os ritos mais comuns não se distinguiam daqueles praticados nos outros santuários gregos: [[prece]]s e [[súplica]]s acompanhadas de sangrentos sacrifícios de animais domésticos (carneiros e porcos), queimados em [[holocausto]] no fogo sagrado, assim como libações feitas às divindades chthonienses nos tanques rituais de forma circular ou retângular, os ''bothroi''. eram utilizados numerosos [[altar]]es de pedra, o maior coberto, no fim do século IV aC.por uma cobertura monumental ( 11).
O grande festival anual, para o qual vinha gente de toda [[Grécia]], provavelmente ocorria no meio de julho. Consistia ne representação de uma peça sagrada, mostrando o casamento ritual (hiero gamos). Ele ocorria no edificio com o ''friso das bailarinas'', construida no século IV aC. Nesta era se acreditava que a procura da virgem desaparecida e seu casamento com o deus do submundo representava o casamento de Cadmos e Harmonia. O friso que dá nome ao recinto pode ser uma alusão a esse casamento.
Por volta de 200aC., uma competição dionisiaca foi adicionada ao festival, facilitada pela construção de um teatro (10) oposto ao grande altar (11). De acordo com mitos locais, foi nessa época que a cidade de samotrácia honrou o poeta Iasos em Cária por ter composto a tragédia ''Dardanos'' e ter feito outros sobre a ilha, a cidade e o santuário.
Numerosas [[ofertas votivas]] eram feitas ao santuário, e eram guardadas num edificio próprio, proximopróximo ao grande altar (12). As oferendas podiam ser estátuas de bronze, mármore ou argila, armas, vasos, etc. Outrossim, como Samotrácia era local de frequentadas rotas marítimas, o culto das ''Cabirias''era muito popular, e numerosas ofertas votivas , embora muito modestas não menos intensas, lhes eram destinadas: conchas e anzois foram encontrados em escavações, ofertas de marinheiros e pescadores pela proteção contra os perigos do mar.
 
=== A iniciação===
A característica única do culto de mistérios em samotrácia era sua abertura, em comparação com Eleuses, a [[iniciação]] não tinha pré-requisitos de idade, generogénero, posição ou nacionalidade. Todos, homens, mulheres, adultos e crianças, gregos ou não, o livre, o liberto ou o escravo podiam participar. A iniciação não era limitada a uma data precisa, e podia-se ser iniciado nos dois graus sucessivos dos mistérios no mesmo dia, a única condição era de fato estar presente no santuário.
 
A primeira etapa da iniciação era a ''myésis'', o ''mystes'', quer dizer o [[iniciado]], recebia a revelação de um relato sagrado e simbolossímbolos sagrados lhe são mostrados. No caso de Herodoto, a revelação mostrou a interpretação dos simbolossímbolos itifálicos de Hermes - Kadmylos. segundo Varrone, o simbolosímbolo revelados nesta ocasião representavam o céu e a terra. Como resultado dessa revelação, que devia permanecer secreta, o iniciado tinha assegurado alguns privilégios, como a esperança de uma vida melhor, proteção no mar, e a promessa, como em Eleusis de um pós-morte mais feliz. Durante a cerimonia, o iniciado recebia uma faixa de pano vermelha, amarrada na cintura que se supõe ser um talismã protetor. Um anel de ferro exposto ao divino poder de pedras magnéticas era provavelmente outro simbolosímbolo de proteção entregue durante a iniciação.
[[Imagem:Samothraki Arsinoe rotunda 2.jpg|200px|right|thumb|Friso com bois, da rotunda de ''Arsinoé'' (15)]]
A preparação para a iniciação ocorria numa pequena construção ao sul do '''Anaktoron''' (16), um tipo de sacristia onde o iniciado era vestido de branco e recebia uma lâmpada. A ''myésis'' então ocorria no Anaktoron, literalmente ''Casa dos senhores'', grande salão capaz de acomodar numerosos fiéis já iniciados, que podiam assistir a cerimonia sentados em bancos ao longo das paredes. O candidato à iniciação praricava uma lavagem ritual em tanque situado no canto sudeste e então fazia uma [[libacão]] aos deuses em um fosso circular. Ao fim da cerimonia, ele tomava seu lugar sentado numa plataforma de madeira circular em frente à porta principal enquanto danças rituais ocorriam ao seu redor. Era então levados ao salão norte, o santuário onde recebia a revelação própriamente dita. O acesso a esse santuário era interdito a todas as pessoas não iniciadas. Recebia um documento atestando sua iniciação nos mistérios e podia, ao menos no periodoperíodo final, pagar para ter seu nome gravado em uma placa comemorativa.
 
O segundo grau da iniciação era chamado ''épopteia'', literalmente ''a contemplação''. Em vez de um ano de intervalo entre os graus, como exigido em Eleusis, o segundo grau, não obrigatório, em Samotrácia podia ser obtido imediatamente após a ''myésis''. A despeito disso, era realizado por um pequeno número de iniciados, que nos leva a crer que envolvia outras condições, embora não fossem nem financeiras nem sociais. Lehman assegura que envolvia condições morais, quando o candidato era interrogado e devia confessar seus pecados. Esta audienciaaudiência ocorria à noite em frente ao Hieron (13). Escavações revelaram a base do que devia ser uma tocha gigante. De um modo geral, a descoberta de numerosas lâmpadas e tochas naquele lugar demonstra a natureza noturna dos ritos principais. Depois do interrogatório e eventual absolvição certificada pelo sacerdote ou oficiante, o candidato era trazido ao '''Hieron''', que também funcionava como ''épopteion'', ou ''lugar de contemplação'', onde ocorria um ritual de purificação e sacrifícios eram feitos num espaço sagrado , localizado no centro do recinto. Era conduzido aos fundos do prédio, que tinha a forma de uma gruta. O ''hierofante'', também conhecido como iniciador, tomava seu lugar numa plataforma na [[abside]] onde recitava a liturgia e expunha os simbolossímbolos dos mistérios.
 
Durante a era romana, cerca do ano [[200]], a entrada do Hiéron foi modificada para permitir a entrada de vitimas para serem sacrificadas. Um parapeito foi construidoconstruído para proteger os espectadores e uma cripta foi posta dentro da abside. Essa modificação permitiu a celebração do ''Kriobolia'' e do ''Taurobolia'' do culto anatoliano da '''Grande Mãe''', agora introduzidos na ''epoptéia''. Os novos ritos faziam o iniciado, ou somente o sacerdote em seu nome, descer por uma fossa onde o sangue dos animais sacrificados era vertido sobre ele, selando um rito de natureza batismal.
 
===A organização do santuário===
[[Imagem:Samothraki Arsinoe rotunda.jpg|200px|left|thumb|Fundações da rotunda''Arsinoé'' (15)]]
A planta do santuário de Samotrácia pode parecer confusa a primeira vista, isso é resultado da topografia muito particular do local, assim como da sucessão de diferentes etapas de construção repartidas por dois séculos. O santuário ocupa, na face ocidental do monte Hagios Georgios, tres terraços estreitos, separados por dois canais de aguaágua. A entrada é pelo lado leste através do ''propylaeum'' de Ptolomeu II, conhecido como '''Ptolémaion''' (20) que protege o lado ocidental e funciona como ponte. Imediatamente a oeste, no primeiro terraço, uma depressão cercada de degraus circulares, com um altar no centro, devia servir de area de sacrifícios, embora não se possa saber com precisão sua função. Um caminho tortuoso descia pelo terraço principal onde se encontravam os principais monumentos do culto. Um grande ''tholos'', o '''Arsinoéion''', ou como é chamada, a rotunda de Arsinoé (15), a maior sala circular coberta do mundo grego (20 metros de [[diâmetro]] ), servia para acolher os ''theóres'', os embaixadores sacros delegados pelas cidades ou associações às grandes festas do santuário. A decoração com rosetas e ''bucranes'' (cabeças de boi ornadas com guirlandas) faz pensar que sacrificios podiam também acontecer. A [[rotunda]] foi construida sobre uma base mais antiga ainda, mesmo que dela só sobreviveram as fundações. A direita do pateo aberto a direita do santuário, acha-se o maior edificio, O ''Prédio do friso das bailarinas'' (14), as vezes chamado '''Temenos''', local que corresponde a uma area fechada monumental muito mais antiga. A reconstituição de sua planta varia consideravelmente, segundo o autor. É em essência um salão precedido por um propileu jonico, decorado com o bem conhecido friso das bailarinas. O celebrado arquiteto Scopas deve ter sido o autor.
O edificio mais importante para o culto, o ''epoptéion'', está localizado ao sul do Themenos. Ele ostenta o nome de '''Hiéron''' (13). Não se sabe quem dedicou este edificio, mas dada a magnificiência foi certamente real. é uma espécie de templo, mas não tem periptério (filas de colunas) e só um simples ''prostyle'' (em parte restauradas). Os ornamentos arquitetonicos da fachada revelam grande elaboração. O espaço interior corresponde ao maior vão livre (11 metros) do mundo grego. a construção termina ao sul por uma abside inscrita, que constitui, como o altar de uma igreja, a parte mais sacra. Esta abside pode representar-segundo o estudioso R.Ginouvés-uma gruta destinada a rituais chthonicos. O altar principal, e a construção que abriga as ofertas votivas estão localizados a oeste do Hiéron (11 e 12).
[[Imagem:Samothraki propylon griffin.jpg|200px|right|thumb|Capitel da fachada oeste do ''Propylaeum'' de [[Ptolomeu II]] (20)]]
O '''Anaktoron''', edificio onde ocorria a ''myésis'', localiza-se ao norte da rotunda de Arsinoé, e segundo as versões correntes é da era imperial.
O terceiro e final terraço, a oeste do centro espiritual do santuário, foi primariamente ocupado por edificios votivos, como o '''Miletean''', assim chamado por ter sido dedicado por um cidadão de [[Mileto]] (5), e o '''Neórion''', ou monumento naval (6). O edificio dos banquetes também era aqui (7). Tres outros pequenos tesouros helênicos não são bem conhecidos (1, 2 e 3). Observando o terraço central, o espaço é todo dominado por um comprido pórtico (104 metros, 8) que atuava como um monumental plano de fundo do santuário, atras do [[teatro]]. É nesta parte do sitio que estão os mais recentes traços de ocupação, um quadrado forte bizantino construidoconstruído com um tesouro, já que reutilizou o material das construções originais.
 
===Um santuário nacional macedônio===
 
* ''E contaram que Felipe, depois de ser iniciado nos mistérios de Samotrácia ao mesmo tempo que Olímpias, ele mesmo ainda jovem e ela a criança órfã, apaixonou-se por ela e prometeu-se a ela , uma vez obtido o consentimento de seu irmão Arymbas'' '[[Plutarco]], Vida de Alexandre, II,2.
 
Linha 50 ⟶ 47:
O primeiro soberano a se distinguir e de quem restam traços epigráficos foi o filho de Felipe II e meio-irmão de Alexandre, Felipe III da Macedônia, que foi o principal benfeitor durante o século [[4 a.C.]], ele provavelmente encomendou o Temenos em [[340 a.c.]], o altar principal na década seguinte, o Hiéron por [[325 a.C.]], bem como o monumento dórico e a lateral da area circular leste, dedicada em seu nome por seu sobrinho Alexandre IV da Macedônia, que coreinou com ele de 323 a [[317 a.C.]].
[[Imagem:Samothraki choral dancers.jpg|200px|right|thumb|Friso das bailarinas, '' Temenos'' (14)]]
A segunda fase das construções monumentais começa na decadadécada de 280a.C. com a rotunda de Arsinoé II, que deve datar do período (288-281 a.C.) em que esta filha de [[Ptolomeu I]] foi casada com o ''diadochi'' Lysimachus, então rei da Macedônia. ViuvaViúva depois de sua morte em batalha em [[281 a.C.]], ela casou com seu próprio irmão Ptolomeu II Filadelfio em [[274 a.C.]]. Da monumental oferenda subsiste apenas um bloco da dedicatória acima da porta, de onde não se pode determinar o texto completo. O próprio Ptolomeu II fez construir o propileu que barra a entrada do santuário, a pulsante frota representada ali permite entender sua dominação sobre o essencial do mar [[Egeu]] e outras cortes trácias (Ainos, Maroneus), e as construções de Samotrácia são a testemunha dessa influência.
 
O restabelecimento da dinastia Antigonid no trono da Macedônia com Antigonus II Gonatas logo levou a um confronto pela supremacia maritimamarítima do [[Egeu]], e ele celebrou sua vitória na batalha naval de Kos pela dedicação de um de seus navios ao santuário, exposto num edificio construidoconstruído (255-245 a.C.) como uma base ''[[ad hoc]]'' no terraço oeste, o '''Néorion''' (6). Foi inspirado por outra construção semelhante, o néorion de [[Delos]], provavelmente do século 4IV a.C., que ele reutilizou dedicando outro de seus navios.
 
A guerra naval entre lagidas e antigonidas prosseguiu intermitentemente durante toda a segunda metade do século [[3 a.C.]], até que Felipe V da Macedônia, o último rei antigonida a tentar estabelecer uma [[talassocracia]] macedônia, foi finalmente batido por uma aliança entre [[Rodes]] e [[Pérgamo]]. Uma coluna (17) foi dedicada a ele em frente a grande praça do terraço superior, pelos macedônios em [[200 a.C.]]. Foi provavelmente durante um desses episódios que a monumental fonte contendo a proa de um navio em pedra calcarea e a famosa [[Vitória de Samotrácia|Vitória alada]] foi construida (9). Pode ter sido oferenda tanto de Rodes quanto da Macedônia, embora uma analise da pedra usada na proa e o tipo de embarcação indiquem uma procedencia de Rodes.
Linha 58 ⟶ 55:
O santuário tornou-se o refugio final do último rei macedônio, Perseus, que veio à ilha após sua derrota na batalha de [[Pydna]] em [[168 a.C.]], e ali foi aprisionado pelos romanos.
 
== A exploração arqueológica==
 
[[Imagem:Paris.louvre.winged.500pix.jpg|200px|left|thumb|[[Vitória de Samotrácia]], exposta no [[Louvre]] (9)]]
A fascinação pelos cultos de mistérios suscitou um interesse constante pelo local nos séculos 17 e 18. Os primeiros estudos arqueológicos foram obra da missão francesa de Deville e Conquart em [[1866]], depois da descoberta espetacular por Champoiseau, consul francês em [[Adrianópolis (Trácia)|Adrianópolis]], da celebre estátua da [[Vitória de Samotrácia|vitória alada]], hoje no museu do [[Louvre]]. O austriaco A. Conze foi o próximo a explorar o local em [[1873]] e [[1876]], revelando o Ptlomaion e a praça, e levou alguns achados superficiais do Hiéron, do Arsinoéion e do Temenos. Seu trabalho foi publicado em dois ricos volumes de uma tremenda qualidade para a época. Por um acordo com o governo turco, os austriacos partilharam seus achados , numerosos fragmentos arquitetonicos vieram para o [[museu Kunsthistorisches]] de [[Viena]], enquanto outros foram para o Museu Galipoli ou para o Museu Arqueológico de [[Istambul]], mas uma parte do material infelizmente desapareceu durante o transporte.
 
Champoiseau retornou em [[1891]] para procurar os blocos que formavam a proa do navio sobre os quais a vitória estava instalada e descobriu o teatro (10). A Escola Francesa de [[Atenas]] e a Universidade de [[Praga]] (Salac e Chapouthier) tambemtambém levaram a cabo escavações entre [[1923]] e [[1927]], antes da Universidade de [[Nova Iorque]] começar suas escavações em [[1938]], que revelaram o Anaktoron, interrompidas pela guerra, tempo durante o qual o local sofreu com a ocupação búlgara, voltaram em [[1948]] e continuam até o presente. Em [[1956]] uma reconstrução parcial (anastylosis) da fachada do Hiéron foi efetuada.
 
==Veja também==
 
* [[Delfos]]
 
==Bibliografia==
 
* Os números entre parenteses se referem à planta geral do santuário da figura 2.
* K. Lehman, Samothrace, A Guide to the Excavations and the Museum, Tessalônica
* R. Ginouvès et alii, La Macédoine, Paris
 
==Ligações{{Ver externastambém}}==
* [[Delfos]]
 
* {{en}}[http://www.perseus.tufts.edu/cgi-bin/ptext?doc=Perseus%3Atext%3A1999.04.0006&layout=&loc=samothrace Classical sites]
* {{en}} [http://www.culture.gr/2/21/211/21119a/e211sa03.html Ministério da Cultura da Grécia]
* {{en}} [http://www.culture.gr/2/21/211/21119m/e211sm02.html Sitio arqueológico]
 
=={{Ligações externas}}==
{{Começa correlatos}}
{{Correlato|commons|Category:Samothraki}}
|commonscat=Samothraki
{{Termina correlatos}}
}}
* {{link|en}}[|2=http://www.perseus.tufts.edu/cgi-bin/ptext?doc=Perseus%3Atext%3A1999.04.0006&layout=&loc=samothrace |3=Classical sites]}}
* {{link|en}} [|2=http://www.culture.gr/2/21/211/21119a/e211sa03.html |3=Ministério da Cultura da Grécia]}}
* {{link|en}} [|2=http://www.culture.gr/2/21/211/21119m/e211sm02.html |3=Sitio arqueológico]}}
 
[[Categoria:Templos da Grécia Antiga]]