Revista científica: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Rui Silva (discussão | contribs)
fusão completada; arrumando bibliografia
+Seção
Linha 22:
 
Geralmente, ocorre um intervalo de vários meses entre a redação de um artigo e sua publicação num periódico, o que não faz destas edições em papel um formato ideal para anunciar as pesquisas mais recentes. Muitos periódicos agora publicam os artigos finalizados em sua versão eletrônica assim que eles ficam prontos, sem esperar pela montagem de uma edição completa, como seria necessário em papel. Em muitos campos onde uma velocidade ainda maior é necessária, tal como a [[física]], o papel do periódico em disseminar as pesquisas mais recentes têm sido substituída em larga escala por servidores de [[pré-publicação]] (''preprint''), tais como o [http://arXiv.org arXiv.org]. Quase todos os artigos pré-publicados são eventualmente publicados em periódicos tradicionais, os quais ainda desempenham um papel importante no [[controle de qualidade]], arquivo de artigos e no estabelecimento do crédito científico.
 
==Custos==
Muitos cientistas e bibliotecários têm há muito protestado contra o custo dos periódicos científicos, especialmente ao constatar que seus pagamentos afluem para editoras com fins lucrativos<ref>{{cite web |author=Silveira, Martha S. M.; Oddone, Nanci E. |url=http://www.cinform.ufba.br/v_anais/artigos/martaenanci.html |title=Livre acesso à literatura científica: realidade ou sonho de cientistas e biblioetcários?|accessdate=[[23 de outubro]] de [[2008]]}}</ref>. Para permitir que seus pesquisadores acessem periódicos ''online'', as universidades geralmente adquirem ''site licenses'' ("licenças empresariais"), permitindo o acesso para qualquer membro da universidade - e, com autorização apropriada, para usuários afiliados à universidade em casa ou outros lugares. Isto pode ser bastante dispendioso, às vezes muito mais do que o custo de uma assinatura da versão impressa - embora isso reflita o número de pessoas que estarão usando a licença; uma assinatura do periódico impresso é o custo para que apenas uma pessoa receba o periódico, enquanto que uma licença empresarial permite que centenas de pessoas acessem a informação.
 
Publicações feitas por [[sociedade científica|sociedades científicas]], também conhecidas como NFP (''not-for-profit-publishers'' ou "editoras sem fins lucrativos"), geralmente custam menos do que àquelas feitas por editoras comerciais, mas os preços de seus periódicos científicos são ainda assim, geralmente de vários milhares de [[dólar]]es por ano. Todavia, este dinheiro é geralmente usado para financiar as atividades das sociedades científicas que editam tais periódicos, ou é investido em recursos acadêmicos adicionais para cientistas, e assim o dinheiro permanece dentro da esfera científica, beneficiando-a.
 
Apesar da transição para a [[publicação eletrônica]], a ''[[serial crisis]]'' persiste<ref>{{cite web |url=http://www.ibict.br/anexos_secoes/art.socinfo.2004.11.09.pdf |title=A Evolução do Livre Acesso à Informação Científica|year=2004|accessdate=[[23 de outubro]] de [[2008]]}}</ref>.
 
Preocupações quanto a custos e [[acesso livre]] levaram à criação de periódicos de acesso irrestrito, tais como a família [[Public Library of Science]] (PLoS) e periódicos parcialmente abertos ou com custos reduzidos, tais como o ''[[Journal of High Energy Physics]]''. Todavia, editores profissionais ainda têm de ser pagos e o PLoS ainda depende profundamente de doações de fundações para cobrir a maior parte dos seus custos operacionais; periódicos menores frequentemente não possuem acesso a tais recursos.
 
Um artigo intitulado "Online or Invisible?" <ref>{{cite web |url=http://citeseer.ist.psu.edu/online-nature01/ |title=Online Or Invisible? |authorlink= |first=Steve |last=Lawrence |publisher=NEC Research Institute}}</ref> usou argumentos estatísticos para provar que a publicação eletrônica ''online'' e até certo ponto o acesso livre, contribuíram para uma maior disseminação e aumento do número médio de citações que um artigo recebe. Lawrence postula que ''papers'' que são mais fáceis de acessar são usados mais frequentemente e portanto, citados com maior frequência. Todavia, este argumento trabalha mais em prol da disseminação da pesquisa ''online'' do que do acesso livre ''per se''.
 
{{ref-section}}