Amalrico I de Jerusalém: diferenças entre revisões
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Como qualquer [[estado cruzado]], o [[Reino Latino de Jerusalém]] estava constantemente em estado de guerra com os territórios vizinhos. Desde o erro estratégico de Balduíno III em atacar em [[1147]] a [[cidade-estado]] de [[Damasco (cidade)|Damasco]], o seu único aliado muçulmano, durante a [[Segunda Cruzada]], a [[fronteira]] [[norte]] ficou exposta aos ataques de [[Nur ad-Din]]. O poder deste líder muçulmano foi gradualmente aumentando, com [[Mossul]], [[Alepo]] e depois Damasco sob o seu poder.
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Jerusalém também perdeu a sua influência para o [[Império Bizantino]] no norte da [[Síria]], quando o [[Principado de Antioquia]] caíu sob a [[suserania]] de [[Manuel I Comneno]]. Apesar disso, os bizantinos sofriam também uma escalada nos seus próprios conflitos, particularmente com os [[normandos]] da [[Sicília]].
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Recentemente o [[vizir]] Shawar do Egipto tinha sido deposto e substituído por um novo vizir, chamado Dirgham. No início da invasão, os cruzados derrotaram o exército de Dirgham em [[Pelusium]], forçando-o a retirar para [[Bilbeis]]. Então os egípcios abriram as [[barragem|barragens]] do [[rio Nilo]], travando os invasores com a [[inundação]].
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Shawar, que tinha sido forçado a fugir, procurou o apoio de Nur ad-Din. Em [[1164]], este enviou um seu [[general]], Shirkuh, para o Egipto. Em resposta, Dirgham procurou a ajuda do rei cruzado, mas Shirkuh e Shawar chegaram antes de Amalrico poder intervir, e Dirgham foi morto. No entanto, temendo que Shirkuh tomasse o poder para si próprio, Shawar acabou também por se aliar a Jerusalém. Amalrico voltou ao Egipto e cercou Shirkuh em Bilbeis, forçando-o a retirar para Damasco.
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==Emergência de Saladino==
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Em Janeiro de [[1169]], Shirkuh [[assassinato|assassinou]] Shawar e tornou-se [[vizir]], mas morreu em Março e foi sucedido pelo seu sobrinho [[Saladino]]. Preocupado com o crescente poder deste novo líder, Amalrico enviou o [[arcebispo]] de [[Tiro]] à [[Europa]] para solicitar reforços aos reis e nobres do velho continente, mas nenhuma ajuda lhe foi enviada.
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Nos anos seguintes Jerusalém seria ameaçada não só por Nur ad-Din e Saladino, como também pela [[Ordem dos Assassinos]]. Os [[Templários]] ainda agravaram a situação quando mataram alguns enviados desta ordem ao reino latino.
Com a morte de Nur ad-Din em [[1174]], Amalrico aproveitou para [[cerco|cercar]] a cidade de [[Banias]], que resistiu. No regresso, o rei adoeceu com [[disenteria]], que foi tratada com algum sucesso pelos seus médicos, mas desenvolveu uma [[febre]] em Jerusalém. «''Depois de sofrer intoleravelmente de febre por vários dias, ordenou a chamada de médicos gregos, sírios e de outras nações, reconhecidos pelo seu conhecimento, e insistiu que lhe dessem um remédio purgativo''»<ref name="Guilherme"
==Casamentos e descendência==
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==Legado==
[[Guilherme de Tiro]] usufruiu de uma relação de amizade com Amalrico e descreveu-o detalhadamente: «''Ele tinha um ligeiro impedimento na fala, não suficientemente grave para ser considerado uma falta, mas o suficiente para o incapacitar de ter uma eloquência expedita. Era muito melhor no conselho [juízo] que no discurso fluente ou elaborado.''»<ref name="Guilherme"
Como o seu irmão [[Balduíno III de Jerusalém|Balduíno III]], era mais um académico que um guerreiro. Não apreciava [[jogo]]s ou [[espectáculo]]s, mas gostava da [[caça]]. Gostava particularmente de ler ou que lessem para ele, passando longas horas a ouvir Guilherme de Tiro ler esboços da sua ''Historia''. Estudava [[direito]] e [[idioma]]s nos seus tempos livres: «''Era proficiente na lei geral pela qual o reino era governado – de facto, não perdia para ninguém a este respeito.''»<ref name="Guilherme"
Terá provavelmente sido o responsável por uma lei da [[década de 1170]] que decretou que todos os [[Nobreza|nobres]] passariam a ser [[vassalo]]s directos do rei, e assim poderiam passar a apresentar-se perante a ''Haute Cour'', antes reservada apenas aos nobres mais poderosos. Esta lei foi provavelmente criada depois de uma disputa entre Amalrico e Gerard, senhor de [[Sídon]], que expropriara um dos seus vassalos e se recusara a devolver-lhe as terras, mesmo depois da intervenção do rei. Por pouco não se chegou ao ponto de conflito armado.
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Fortemente criticado por muitos dos seus vassalos, apesar disso recusava-se a tomar qualquer acção contra quem o insultasse publicamente. Amalrico também tinha fama de confiar talvez demasiado nos seus oficiais.
Fisicamente era alto e com boa apresentação, e «''tinha olhos brilhantes de tamanho médio; o seu nariz, tal como o do irmão, era adequadamente aquilino; o seu cabelo era loiro e crescia para cima da sua testa. Uma barba digna e muito cheia cobria as suas bochechas e queixo. Tinha um jeito de rir imoderadamente em que todo o seu corpo balançava''»<ref name="Guilherme"
Amalrico era pio e ia todos os dias à missa, apesar de também «''se dizer se deixava levar sem contolo pelos pecados da carne e seduzia mulheres casadas...''»<ref name="Guilherme"
Considerado o último dos primeiros [[Reino Latino de Jerusalém|reis de Jerusalém]], «''era um homem com sabedoria e discrição, absolutamente competente para segurar as rédeas do governo do reino''»<ref name="Guilherme"
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*''Women in the Crusader States: The Queens of Jerusalem'', Bernard Hamilton, ''Medieval Women'', ed. Derek Baker, Ecclesiastical History Society, 1978
*''L'Empire du Levant: Histoire de la Question d'Orient'', René Grousset, 1949
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{{Caixa de sucessão|
|antes = [[Raimundo III de Trípoli|Raimundo III]]<br />(conde)
|título = [[Imagem:
|anos = [[1164]] - [[1173]]
|depois = [[Raimundo III de Trípoli|Raimundo III]]<br />(conde)
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