Neocrítica: diferenças entre revisões

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A noção de ambiguidade é um conceito importante dentro da Neo Crítica; muitos Neo Críticos importantes ficaram encantados acima de tudo pela capacidade com que um "texto" pode demonstrar múltiplos singificados simultaneamente. Nos anos 30, [[I.A. Richards]] pegou emprestado o termo "[[sobredeterminação]]" de [[Sigmund Freud]] (que [[Louis Althusser]] iria depois reviver na teoria política Marxista) para referir-se aos múltiplos significados que ele acredita estarem sempre presentes simultaneamente na linguagem. Para Richards, dizer que uma obra possuía "Um e apenas um verdadeiro significado" era um ato de [[superstição]] (''The Philosophy of Rhetoric'', 39).
 
Em [[1954]], [[W.K. Wimsatt|William K. Wimsatt]] e [[Monroe Beardsley]] publicaram um ensaio intitulado "[[falácia intencional|A Falácia Intencional]]", no qual eles argumentavam duramente contra qualquer discussão sobre uma [[intencionalidade autoral|intenção do autor]], ou "significado pretendido." Para Wimsatt e Beardsley, as palavras na página eram tudo o que importava; a importância dos significados de fora do texto eram praticamente irrelevantes, e potencialmente viriam a atrapalhar. Isso tornou-se o principal dogma da Neo Crítica.
 
Pelo fato de os Neo Críticos não admitirem nenhuma outra informação além da contida no "texto" em que eles estudam, nenhuma investigação precisa seguindo os conceitos Neo Críticos deveria incluir informações biográficas sobre o autor. Além disto, estudar uma passagem de prosa ou poesia seguindo o estilo Neo Crítico requere cuidado, um exame detalhado e exigente da passagem, já que nenhuma outra informação é permitida - uma atitude rígida pela qual os Neo Críticos eram muitos críticados: suas leituras intimistas podiam também serem consideradas como uma tentativa conservadora de isolar o texto como uma coisa sólida, uma entidade imutável, protegida de quaisquer influências externas. No entanto, leitura intimista ou '''[[Leitura Atentiva]]''' é hoje uma ferramenta fundamental de critica literária. Uma leitura como essa dá grande ênfase no particular sobre o geral, prestando grande atenção para as palavras em si, sintaxes, e a ordem com que as sentenças e idéias são reveladas quando são lidas. Eles observam, por exemplo, tema, imagens, metáforas, ritmo, métrica, etc.