Externalismo social: diferenças entre revisões

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'''Externalismo social''' é a primeira versão do [[externalismo (filosofia da mente)|externalismo]] de [[Tyler Burge]], o qual ele chama de ''antiindividualismo'' (a segunda versão é o [[externalismo perceptual]], igualmente chamada de ''antiindividualismo''). De acordo com o externalismo social, a correta identificação das noções [[pensamento|pensadas]] por um [[sujeito]] exige que se considere a coletividade à qual o mesmo pertence.
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O “externismo social” pode ser considerado uma variação ou especificação do externismo. Do mesmo modo como o “externismo” considera que os pensamentos do sujeito são individuados, em parte, pela constituição dos objetos no mundo, o “externismo social” considera que essa individuação se dá pela constituição do significado dos objetos pela comunidade lingüística onde o indivíduo está inserido.
 
Um sujeito, não sabendo todas as condições de reconhecimento de um objeto (e nenhum sujeito sabe todas as condições de todos os objetos), para empregar o termo correspondente a este objeto de forma correta - e, assim, fazer uma referenciareferência ao objeto de modo que esta referência seja compreendida pelos outros sujeitos - defere o significado dos termos que utiliza aos outros indivíduos no meio onde se encontra. Tomemos como exemplo um certa afecção cutânea. Para que façamos referência correta à tal afecção, confiamos a um especialista a definição desta doença: o que poderíamos chamar de “alergia” ou “vermelhidão” será definido por ele como psoríase. E, partindo desta definição, passaremos a nos referir a doença utilizando o termo “psoríase”.
 
Como fazemos deferências à comunidade onde estamos inseridos para individualizarmos objetos dos quais não possuímos todas as condições de reconhecimento - e os nossos pensamentos são determinados, ao menos em parte, pela forma como os conceitos são utilizados por uma comunidade -, quando sofrermos uma troca de comunidade lingüística, ou teremos um problema relativo ao significado de nossos pensamentos, ou um problema relativo conteúdo de nossos pensamentos.
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Segundo Putnam, se nos deslocarmos da comunidade lingüística em que nos encontrávamos quando definimos nossa “vermelhidão” para uma comunidade lingüística onde “psoríase” signifique “dor de cabeça”, por exemplo, e pensarmos algo do tipo “Estou com psoríase”, não estaremos pensando na afecção cutânea, mas em “dor de cabeça” e o que mudará será o objeto referenciado pelo pensamento e, portanto, seu significado.
 
Burge, por outro lado, afirmará que o pensamento, em si, será diferente; os próprios pensamentos, para Burge, e não apenas os seus significados, são determinados pela comunidade lingüística na qual estamos inseridos. O pensamento “Estou com psoríase” quando nos encontramos na comunidade C1 é um pensamento diverso do pensamento “Estou com psoríase” quando estamos na comunidade C2.
 
 
[[categoriaCategoria:filosofiaFilosofia da mente]]
[[categoriaCategoria:semânticaSemântica]]