Francisco Pi y Margall: diferenças entre revisões

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Em [[1842]] publicou [[Catalunha]], primeiro e único volume de ''La España pintoresca'', uma ambiciosa obra [[iluminismo|iluminista]] que visava recolher todas as regiões da Espanha. Uma época na qual se desenvolvia a regência de [[Baldomero Espartero|Espartero]] e na que a cidade sublevou-se contra a política do regente provocando a canhoneada à cidade desde o castelo de Montjuich.
 
Mais tarde, em [[1847]] foi transladada a [[Madrid]] onde ganhou a vida publicando diversos artigos e fazendo crítica teatral no diário ''El Correo'', e mesmo trabalhando na banca catalã. Cedo deixou de trabalhar no diário, o qual fechou pela publicação de um artigo político de Pi durante o governo de [[Ramón María Narváez|Narváez]]. Ao falecer seu amigo Piferrer, encarregou-sefoi dosencarregue de ''Recuerdos y bellezas de España'', uma obra composta por litografias sobre paisagens espanholas; terminando o volume da Catalunha e começando o da [[Andaluzia]], para o qual se deslocouviajou até ali em várias ocasiões. Anos mais tarde, começou a ''Historia de la pintura'', que foi proibida acusada de conter ataques ao cristianismo. Os [[bispo]]s e [[arcebispo]]s pressionaram de tal jeito sobre o governo que [[Bravo Murillo]] teve quede ordenar a recolhida da obra. Pi e o editor livraram-se dos tribunais porque a denúncia interposta não foi admitida por estar fora de prazo. Pi i Margall teve de abandonar a redação de ''Recuerdos y Bellezas de España'' e renunciar à publicação de tudo o material que preparara. Os seus artigos nos periódicos tiveram que aparecer com pseudônimo e a reação caiu outra vez sobre ele quando em esse mesmo ([[1851]]) apresentou seus ''Estudios sobre la Edad Media'', obra que também foi proibida pela [[igreja católica]] espanhola e que não foi publicada até [[1873]].<ref> {{Citar web
| url=http://www.geocities.com/CapitolHill/Lobby/8579/pi.html
| titulo= Francisco Pi y Margall
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Participou diretamente no levantamento de Madrid de 1854, sendo autor de uma proclama radical que não foi aceita pela Junta revolucionária e do folheto ''El eco de la revolución'', onde se pede o armamento geral do povo e a convocatória de [[Cortes Constituintes]] por [[sufrágio universal]] que estabelecessem a liberdade de imprensa, a de consciência, a de ensinamento, a de reunião e a de associação, entre outras mais. Considerados como enfoques avançados demais para a época, Pi teve que passar um tempo em [[prisão]].
 
No mesmo ano expôs sua doutrina política em ''La reacción y la revolución'', onde ataca a [[monarquia]], a propriedade omnimoda e o [[cristianismo]], e esboça como solução a revolução democrática de [[autogoverno|base popular]]. Apesar de que a obra já continha as doutrinas federalistas que defenderia durante sua presidência, a idéia principal que desenvolvedesenvolvia éera a [[liberdade]] e a [[soberania individual]], que se põepunha acima da [[soberania popular]] e pelo quequal é reivindicado pelos [[ácrata]]s.
 
Durante o [[Biênio Progressista|biênio progressista]], Barcelona propôs a Pi i Margall como candidato a deputado nas [[Cortes Generales|Cortes]] desse ano ([[1854]]), mas não sairá eleito. Na segunda volta, por poucos votos de diferença, foi derrotado pelo [[Juan Prim|general Prim]], membro do partido [[progressista]].
 
Em [[1856]] fundou a revista ''La Razón'', mas a reação moderada propiciou a queda da publicação. Durante o ano de [[1855]] e até sua retirada a viver a [[Vergara]], donde regressou para trabalhar em ''A discussão'' ([[1857]]), jornal do que acabou sendo diretor em [[1864]]; Pi i Margall começara a dar lições de política e economia numa habitação da rua Desengaño. A afluência de novosjovens de todas as classes, de operários e de intelectuais foi fazendotornou-se em pouco tempo tão numerosa que enchiam corredores e escada. Nestas lições e nestas conferências, até que o governo as proibiu, começaram a expor as bases republicanas.
 
Dessa época data sua polêmica com [[Emilio Castelar|Castelar]] sobre a concepção individualista ou socialista da democracia —mantendo ele a segunda— provocando que a maioria do partido encabeçado por José María Orense negara publicamente que os [[socialista]]s foram democratas; Pi replicou com a denominada ''Declaração dos Trinta'', cujos trinta assinantes do partido qualificavam de democratas a ambas as tendências. Assim, Pi renunciou ao seu posto de diretor aos seis meses.
 
==O exílio==
===Motivos===
Desde [[1864]] Pi i Margall conspirou contra a [[monarquia]]. Os sucessivos insucessos das insurreições promovidas por Prim para obrigar a [[Isabel II da Espanha|Isabel II]] a chamar aoos governoprogressistas aospara progressistaso governo, culminaram na [[sublevação do quartel de San Gil]] e o fuzilamento de dezenas de sargentos desse quartel.
 
Narváez, desde o governo, desatou a conseguinte repressão generalizada. A maioria dos democratas e dos progressistas teve quede escapar apara França para se pôr em salvo. Na noite de [[2 de Agosto]] a policia assaltava a moradia de Pi i Margall. Afortunadamente, alguém o avisara pouco antes e teve tempo para escapar e evitar sua detenção. Permaneceu escondido uns dias até que pôde iniciar a fugida a [[França]] e chegar a [[Paris]].
 
===Um tempo de reflexão===
A estância em [[Paris]] permitiu-lhe aprofundar no conhecimento de [[Pierre-Joseph Proudhon|Proudhon]], autor de influências visíveis no pensamento de Pi e cujas principais obras ele mesmo traduziria aopara o [[língua espanhola|espanhol]], participando deste jeito indiretamente no nascente [[anarquismo]] hispânico.
 
Durante seu exílio francês pôs-se em contato com os núcleos positivistas e madurou Pi sua ideologia revolucionária, baseada na destruição da autoridade para substituí-la pelo livre patopacto constitutivo da federação.
 
===Situação na Espanha===
Em Setembro de [[1868]], o almirante Topete sublevou àa esquadra em [[Cádiz]]; Prim incorporou-se desde [[Gibraltar]] e chegaram para se aderir os geraisgenerais confinados emnas [[Canárias]]. Foram somando-se guarnições à sublevação e Prim, a bordo da fragata ''Zaragoza'', ia ganhando para a revolução, uma após outra, todas as capitais costeiras do litoral mediterrâneo. Demitiu o ditador González Bravo e a rainha Isabel II nomeou presidente do governo aoo general [[José Gutiérrez dade la Concha]]. O exército realista que mandava o [[general Pavía]] foi derrotado na [[batalha da ponte de Alcolea]] pelas forças às ordens do [[Francisco Serrano y Domínguez|general Serrano]]. Em [[30 de Setembro]] Isabel II e sua corte saíram de [[São Sebastião (Espanha)|São Sebastião]] e cruzaram a fronteira francesa. Contudo, Pi não regressou a Espanha e prolongou voluntariamente seu exílio em [[Paris]]. Desconfiava dos generais e pensava que o novo regime também não ia acometer as reformas fundamentais que o país precisava.
 
A revolução de [[La Gloriosa]] abria as portas a Pi para regressar novamente apara Espanha.
 
==Deputado==
Pi decidiu regressar do seu exílio em Paris. O Governo provisório estabeleceu as liberdades fundamentais e a [[18 de Dezembro]] de [[1868]], pela primeira vez na Espanha, celebraram-se umas eleições municipais por [[sufrágio universal]]. Depois, em Janeiro, celebrar-se-iam umas para os deputados.
 
O Partido Democrático dividiu-se em dois: os partidários da monarquia democrática e os partidários do regime republicano e federal. Pi i Margall, sem participar na campanha eleitoral, foi um dos 85 republicanos que obteve oa ata de deputado. Com a divisão do partido, apareceu o [[Partido Republicano Democrático Federal]] no quequal Pi iria salientando entre a minoria republicana.
 
Pi nunca quis servir de apóio aos monárquicos nem os ajudar, daí sua oposição à ''"Constituição de 1869''", mas com 214 votos a favor e 55 contra, a constituição de caráter monárquico-democrático foi aprovada nas Cortes e foi estipulada a procura de um novo rei para a Espanha.
 
Os republicanos, detratores da monarquia viajaram por toda Espanha predicando na sua contra e deleitando ao povo com os novos enfoques de uma república federal para a Espanha.
 
Os republicanos começavam a molestarincomodar aoo general Prim - encarregadoencarregue de encontrar novo rei - por isso ofereceu a Castelar e a Pi os cargos de ministros de Fazenda e Fomento, mas foi um vão intuito de controlar aoo movimento republicano, o qual já não tinha marcha a ré.
 
Enquanto isso, Pi conseguiria uma grande popularidade no seu partido, o que o levou a dirigir o partido republicano a partir de [[1870]].
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===Início da Primeira República===
[[Imagem:Flag of the First Spanish Republic.svg|200px|thumb|Bandeira provisória da PrimeraPrimeira República<ref>[http://www.ejercito.mde.es/ihycm/cursos/vexilologia/histobandera.htm www.ejercito.mde.es]</ref>]]
Em [[11 de Fevereiro]] de [[1873]], após fazer-se pública a abdicação de Amadeu de Sabóia do trono da Espanha mediante o ''Discurso de renúncia ao Trono espanhol de Amadeu'', a Assembléia Nacional proclamou a [[Primeira República Espanhola]].
 
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{{Quote2|Vacante o trono por renúncia de Amadeu I de Sabóia, o Congresso e o Senado, constituídos nas Cortes Soberanas, reassumiram todos os poderes e proclamaram a República. A consolidá-la e dar-lhe prestígio hão de dirigir-se agora os esforços de todas as autoridades que deste Ministério dependem. Estabeleceu-se sem sangue, sem convulsões, sem a menor alteração da ordem: e sem distúrbios convém que lha sustenhasustê-la, para que acabem de desenganar-se desenganar os que a consideravam como inseparável da anarquia. Ordem, Liberdade e Justiça: este é o lema da República. Contrariar-se-iam seus fins se não se respeitararespeitasse e fizera-se fizesse respeitar o direito de todos os cidadãos (...). Contrariar-se-iam também, se não se deixaradeixasse ampla e absoluta liberdade às manifestações de pensamento e da consciência; se se violaraviolasse o menor dos direitos consignados no Título I da Constituição de 1869.''|Francisco Pi i Margall, 1873, Ministro de Governação: ''Circular do Ministério da Governação a todos os Governadores de províncias.}}
 
==Segundo Presidente da República (11 de Junho - 18 de Julho)==
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:* Redução da jornada de trabalho.
 
{{Quote2|Pedem, hoje os jornaleiros que as horas de trabalho sejam reduzidas. Querem que se fixem em oito ao dia. Não nos parecem exageradas suas pretensões. Não se trabalha mais em bom número de indústrias. Também não nas oficinas do Estado. Sobre que, segundo laboriosos estudos, não permite mais o desgaste de forças que o trabalho ocasiona. Mas é o Estado o que há de satisfazer estas pretensões? A individualista Inglaterra começou por limitar o trabalho das crianças e as mulheres e acabou por limitar o dos adultos. Deu primeiro a lei das dez horas, mais tarde a das nove. Não de qualquer jeito, senão após longos e borrascosos debates na prensa e o Parlamento. Seguiu na França o exemplo apenas estourou a revolução de 1848. O trabalho é a vida das nações. Não vemos por que não ha de poder livrá-lo dos vícios interiores que o debilitem ou o perturbem o que o escudou pelas suas tarifas alfandegárias contra a concorrência dos estrangeiros. Não é acaso de interesse geral que excessivos trabalhos não esgotem prematuramente as forças do operário? Não o é evitar essas cada dia mais freqüentesfrequentes e numerosas folgas que paralisam a produção, quando não dão margem apara sangrentos conflitos? Nem acertamos a explicarmos por que se há de ter reparo em filharfixar as horas de trabalho para os adultos e não fixá-lasas fixar para as mulheres e as crianças. seSe as fixa para as crianças e mulheres passando acima da potestade do pai e a autoridade do marido; e não lhas há de poder filharfixar para os adultos passando acima do bem ou mal entendido interesse do proprietário? Dadas as condições industriais sob as que vivemos, o adulto não precisa de menos proteção do que a mulher e a criança. É na luta com o capital o que a canha ao ciclone, a arista ao vento. O Estado, ainda considerando-se incompetente para a determinação das horas de trabalho, poderia fazer muito em prol dos operários com somente estabelecer o máximo das oito horas em quantos serviços e obras de ele dependem. Tarde ou cedo haveriam de aceitar a reforma os donos de minhasminas, de campos, de talheres, de fábricas. Falta agora dizer que esta reforma exige outras não menos importantes. Se das dez e seis horas de lazer não investisse algumas o jornaleiro na sua educação e cultura, degradar-se-ia e envileceria em vez de dignificar-se dignificar e elevar-se. Entregar-se-ia facilmente a vícios que desgastariam suas forças com maior intensidade e rapidez do que o trabalho. Para impedi-lo é necessário criar em todos os lugares escolas de adultos, sobretudo, escolas onde oral e experimentalmente se expliquem as ciências de imediata aplicação às artes e os fenômenos da Natureza que mais contribuem para manter a superstição e o fanatismo; escolas que poderiam já existir hoje se empregássemos no útil o que gastamos no supérfluo. A educação e o ensinamento das classes trabalhadoras deveria haverter sido faz tempo a preferente atenção, não somente do Estado, mas também das Deputações de província e os Municípios. Dessa educação e desse ensinamento depende que seja regular ou anômalo o curso da revolução que agora se inicia pela modesta solicitude de que se reduzam as horas de trabalho. Poderão vir dias tristes para a Nação, se não nos apressarmos a levar luz à inteligência desses homens e não lhes abrirmos as fáceis veredas por onde possam chegar sem dolorosas catástrofes ao logro das suas mais afastadas aspirações e seus mais recônditos desejos. Credes, então, se nos dirá, próxima uma revolução social da que não é senão um proêmio a pretensão de que se limitem as horas de trabalho? Cego ha de ser o que não o ver. Em todos os monumentos da vizinha França, inclusive as igrejas, está esculpida em grandes caracteres a trindade moderna, um pouco mais inteligível que a de Platão e os teólogos: liberdade, igualdade, fraternidade. Conseguida a liberdade, começa a revolução pela igualdade e faz sentir já do um ao outro confim da Europa a alterada voz das suas multidões e o rumor das suas armas. Fará esta revolução passar os povos pelas mesmas convulsões que a política?|Francisco Pi i Margall, 1873, Presidente da República: Comunicado sobre a redução das horas de trabalho.}}
 
 
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Na madrugada de [[3 de Janeiro]] de [[1874]] estavam as [[Corte]]s reunidas votando um novo presidente que substituísse a Castelar. Deu então o [[golpe de estado]] o general Pavía, que num primeiro momento ofereceu a presidência do governo ao demitido Castelar, o qual recusou. Formou governo o [[Francisco Serrano y Domínguez|general Serrano]] provisoriamente até a [[monarquia]] ser restaurada, nomeando como rei a [[Afonso XII de Espanha|Afonso XII]] da [[dinastia Bourbon]].
 
Acontecidos esses fatos, Pi teve de abandonar forçosamente a política ativa. Dedicou seu tempo à redação de um livro no que ficasse recolhida a ideologia republicana e as idéias principais da curta República. Titulado ''La República de 1873'', seria proibido pelas autoridades. Em Maio de [[1874]], Pi foi vítima de um atentado na sua própria casa, do que saiu são e salvo. Pouco seé sabesabido da repressão que seguiu aoo golpe de Pavía e da que teve lugaraconteceu nos primeiros anos da restauração. O próprio Pi foi detido e conduzido para uma prisão andaluza, onde permaneceu um tempo.
 
Reinstalada a monarquia escreveu ''Las nacionalidades'' ([[1877]]) onde desenvolveu empiricamente a idéia de pacto entre os povos como princípio federativo. Ao reorganizar-se o partido em [[1880]], Pi ocupou a chefatura até sua morte; foi o autor do projeto constitucional federal em [[1883]] e do "Programa do Partido Federal" de [[1894]]. Apesar de Pi continuar gozando de um grande respeito e reconhecimento, seu partido não conseguiu recuperar muitos adeptos.
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Em [[1881]], separou-se do republicano catalão [[Valentín Almirall]] e do [[catalanismo]]; Pi continuou por esta tendência política que ele considerava federalismo heterodoxo e defendeu-a em [[Madrid]].
 
Depois de uma vida política muito ativa e importante no século XIX, Francisco Pi i Margall, de setenta e sete anos de idade, faleceu na sua casa de [[Madrid]], em [[29 de Novembro]] de [[1901]].
 
==Valoração==
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A doutrina de Pi denota a influência de [[Hegel]], [[Rousseau]] e [[Proudhon]], embora a influência proudhonina não interveio na elaboração do federalismo pactuário de Pi, já que a obra deste é anterior neste ponto à de Proudhon. O pensamento de Pi foi um dos mais revolucionários do [[século XIX]] espanhol e, desde o ponto de vista do [[anarquismo]], unicamente foi superado pelos [[Mikhail Aleksandrovitch Bakunin|bakuninistas]]. Situa-se no cruzamento de democratas e socialistas.
 
A complexidade e coesão do pensamento de Pi ocasionou que diferentes correntes políticas —federalistas, [[anarquismo|anarquistas]]<ref>[[Rudolf Rocker]] comenta em [http://www.nodo50.org/fau/teoria_anarquista/rocker/1.htm ''Anarco-sindicalismo (teoria e prática)'']: {{Quote1|Este primeiro movimento dos operários espanhóis estava grandemente influenciado pelas idéias de Pi i Margall, chefe dos federais e discípulo de Proudhon. Pi i Margall era um dos pensadores do seu tempo e exerceu uma poderosa influência no desenvolvimento das idéias libertárias na Espanha. As suas idéias políticas oferecem semelhança com as de Ricardo Price, José Priestley, Thomas Paine, Jefferson e outros representantes da primeira época do liberalismo anglo-americano. Desejava limitar ao mínimo o Poder do Estado e substituir essa instituição gradualmente por uma ordem de economia socialista.|}}</ref> e catalanistas de esquerda— o utilizaram como bandeira própria, mas fazendo a conhecer somente aqueles pontos da doutrina de Pi i Margall que se avinham aospara os seus próprios princípios.
 
=={{Bibliografia}}==