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'''Capitão-mor''' era a designação de cada um dos [[oficial|oficiais militares]], responsáveis pelo comando das [[Ordenanças|tropas de Ordenança]] em cada [[cidade]], [[vila]] ou [[concelho]] de [[Portugal]], entre os [[século XVI|séculos XVI]] e [[século XIX|XIX]]. A designação foi também aplicada a outras funções militares e administrativas na [[Marinha Portuguesa|Marinha]] e no Ultramar Português.
#REDIRECT [[Capitão do donatário]]
 
 
==História==
Segundo o Regimento dos Capitães-Mores do [[Sebastião I de Portugal|Rei D. Sebastião I]], publicado em [[1570]], em cada terra de Portugal existiria um capitão-mor (assistido por um [[sargento-mor]]) que era responsável pelas [[companhia (militar)|companhias]] de Ordenança aí existentes. Seriam, por inerência, capitães-mores, os senhores ou os [[alcaide|alcaides-mores]], respectivamente, no caso dos domínios senhoriais ou das terras da Coroa. No caso de terras que não tivessem senhor nem alcaide-mor, o capitão-mor seria eleito pela [[câmara municipal (Portugal)|câmara]] local. Todos os capitães-mores de uma [[comarca]], estavam subordinados ao respectivo sargento-mor de comarca, responsável pelas Ordenanças na sua jurisdição.
 
Durante a [[Guerra da Restauração]], tropas de combate passaram a ser os [[terço (militar)|terços pagos (1ª linha)]] e os [[Tropas Auxiliares e Milícias de Portugal|terços auxiliares (2ª linha)]]. As [[Ordenanças]], como tropas de 3ª linha, passaram, essencialmente a ser as estruturas territoriais de recrutamento e mobilização militar. Cada capitão-mor era responsável pelo recrutamento das tropas na sua juristição, conhecida por "[[capitania]]".
 
Em [[1764]] as capitanias foram agrupadas em 45 distritos de recrutamento. Em [[1808]] os distritos de recrutamento foram subsituídos por 24 brigadas de ordenança, cada uma delas, dividida em oito capitanias. Os capitães-mores eram, então, equiparados aos [[tenente-coronel|tenentes-coroneis]] das tropas de 1ª e 2ª linhas.
 
 
==Capitães-mores no Ultramar==
No [[Império Português|Ultramar Português]] também existiram capitães-mores com funções semelhantes. Em certos territórios, a desiganção "capitão-mor" foi aplicada ao [[capitão do donatário]] que, entre outras funções, era também responsável pelas tropas recrutadas localmente.
 
No final do [[século XIX]] os territórios sob jurisdição militar de [[Angola]] e [[Moçambique]], foram divididos em circunscrições denominadas "capitanias". Cada capitania era chefiada por um oficial militar com o título de "capitão-mor". Os capitães-mores, além de funções militares, eram responsáveis por representar o governo e chefiar a administração pública na sua capitania. Os cargos de capitães-mores acabaram por ser extintos na primeira metade do [[século XX]], na sequência da passagem para a jurisdição administrativa civil de todo o território de Angola e Moçambique.
 
 
==Capitão-Mor do Mar==
O cargo de '''Capitão-Mor do Mar''' foi criado, em [[1373]], pelo [[Fernando I de Portugal|Rei D. Fernando I]] para complementar o [[Almirante de Portugal]] no comando da [[Marinha Portuguesa]]. No [[século XVII]] o Capitão-Mor passou a designar-se "[[capitão-general|Capitão-General da Armada Real dos Galeões de Alto Bordo do Mar Oceano]]".
 
 
==Referências==
*[http://audaces.blogs.sapo.pt/4440.html SOBRAL, J., ''Postos e Cargos Militares Portugueses'', Audaces, 2008]
 
 
==Ver também==
*[[Ordenanças]]
#REDIRECT *[[Capitão do donatário]]
*[[Capitão-general]]
 
[[categoria:patentes militares]]
[[categoria:Império Português]]
[[categoria:Títulos]]