Pierre Clastres: diferenças entre revisões

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'''Pierre Clastres''' ([[Paris]], [[1934]] — [[1977]])) foi um importante [[antropologia|antropólogo]] [[frança|francês]]-
'''Pierre Clastres''' nasceu em Paris em 1934. Foi diretor de pesquisa no Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS, Paris) e membro do Laboratoire d´Anthropologie Sociale do Collège de France. Realizou pesquisas de campo na América do Sul entre os índios [[Guayaki]], [[Guarani]] e [[Yanomami]]. Publicou [[Crônica dos índios Guayaki]] [1972], [[A sociedade contra o Estado]] [1974], e [[A fala sagrada - mitos e cantos sagrados dos índios Guarani]] [1974]. Sua morte prematura, em um acidente de carro em 1977, interrompeu a conclusão de textos que mais tarde seriam reunidos no livro [[Arqueologia da violência - ensaios de antropologia política]] [1980].
 
'''Pierre Clastres''' nasceu em Paris em 1934. Foi diretor de pesquisa no ''Centre National de la Recherche Scientifique'' (CNRS, Paris) e membro do ''Laboratoire d´Anthropologie Sociale do Collège de France''. Realizou pesquisas de campo na América do Sul entre os índios [[Guayaki]], [[Guarani]] e [[Yanomami]]. Publicou [[''Crônica dos índios Guayaki]]'' [[1972]], [[''A sociedade contra o Estado]]'' [[1974]], e [[''A fala sagrada - mitos e cantos sagrados dos índios Guarani]]'' [[1974]]. Sua morte prematura, em um acidente de carro em 1977, interrompeu a conclusão de textos que mais tarde seriam reunidos no livro [[Arqueologia da violência - ensaios de antropologia política]] [1980].
 
Sua morte prematura, em um acidente de carro em [[1977]], interrompeu a conclusão de textos que mais tarde seriam reunidos no livro ''Arqueologia da violência - ensaios de antropologia política'' [[1980]].
 
Uma de suas principais contribuições para a [[antropologia]] foi sua crítica à visão, até então dominante, de que sociedades como as dos índios da América do Sul são mais "primitivas" ou "menos desenvolvidas culturalmente" do que sociedades mais hierárquicas, onde a presença do [[Estado]] é mais evidente – como no caso das sociedades [[Maia]], [[Inca]] e [[Asteca]]. Ele procurou demonstrar a falsidade do pressuposto de que todas as sociedades necessariamente evoluem de um sistema "[[tribo|tribal]]", "[[comunista]]" e "igualitário" para sistemas mais hierárquicos. As sociedades não-hierárquicas, segundo seus estudos, possuem mecanismos culturais que impedem ''ativamente'' o aparecimento de figuras de comando – seja isolando os possíveis candidatos a chefe (como no caso dos ''Pajés''), seja destituindo-os do poder do mando (como no caso dos chefes que só têm poder para aconselhar). Sendo assim, elas não estariam evoluindo em direção à estatização: elas seriam estáveis em sua forma igualitária.
 
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[[categoria:Antropologia]]
[[categoria:Antropólogos da França|Clastres]]
 
[[en:Pierre Clastres]]
[[fr:Pierre Clastres]]