Ciro, o Jovem: diferenças entre revisões

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'''Ciro''' (Kuruš) '''o Jovem''', filho de [[Dário II da Pérsia]] (Dārayavahuš) e [[Parisátide]], foi um [[príncipe]] e [[general]] [[Historia da Pérsia|persa]]. A data do seu nascimento é desconhecida, mas sabe-se que morreu em [[401 a.C.]]. A história de Ciro e da retirada dos gregos é cotadacitada por [[Xenofonte]] na sua obra ''[[Anábase]]''. Outro relato, provavelmente de [[Sofeneto de Estinfália]], foi utilizado por [[Éforo de Cime|Éforo]]. Mais informação está contida em excertos de ''[[Ctesias]]'' de [[Fótio]]; também nas biografias de [[Artaxerxes II]] e [[Lisandro]] de [[Plutarco]]. Estas são as únicas fontes de informação sobre Ciro o Jovem.
 
Segundo Xenofonte, Ciro o Jovem nasceu após a ascensão ao trono do seu pai em [[424 a.C.]]. Em [[408 a.C.]], apóasapós as vitórias de [[Alcibíades]], Dário II decidiu continuar a guerra contra [[Atenas]] e apoiar fortemente os [[esparta]]nos. Enviou Ciro o Jovem à [[Ásia Menor]], como [[sátrapa]] da [[Lídia]] e [[Frígia]] Maior com a [[Capadócia]], e comandante das tropas persas, "juntas no campo de Castolos", i.e. do distrito militar da Ásia Menor.
 
No general espartano [[Lisandro]], Ciro encontrou um homem disposto a ajudá-lo; uma vez que o próprio Lisandro esperava tornar-se governante absoluto da Grécia, com a ajuda do princípe persa. Ciro colocou então todos os seus meios à disposição de Lisandro na [[guerra do Peloponeso]], mas negou-os ao seu sucessor [[Calicrátidas]].
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Por essa altura Dário adoeceu e chamou o seu filho ao seu leito de morte; Ciro cedeu todos os seus tesouros a Lisandro e partiu para [[Susa (Irão)|Susa]]. Após a ascensão de [[Artaxerxes II]] em [[404 a.C.]], [[Tisafernes]] denunciou os planos de Ciro contra o seu irmão mas, por intercessão de Parisátide, foi perdoado e enviado de volta à sua satrapia.
 
Lisandro venceu a [[batalha de Egospótamos]] e Esparta tornou-se mais influente no mundo grego. Ciro conseguiu reunir um grande exército ao iniciar uma disputa com Tisafernes, sátrapa da [[Cária]], sobre as cidades jónicas; pretendia também preparar uma expedição contra os [[Pisídia|pisídios]], uma tribo dos [[Montes TaurusTauro]], que nunca se submetera ao império.
 
Na primavera de [[401 a.C.]], Ciro reuniu todas as suas forças no grupo hoje conhecido como os [[Dez Mil]] e avançou desde [[Sardes]], sem anunciar o propósito da sua expedição. Através de uma gestão dextradestra e grandes promessas ultrapassou os escrúpulos das tropas gregas contra a duração e perigo da guerra; uma frota espartana de 35 [[trirreme]]s enviada à [[Cilícia]] abriu a passagem para a [[Síria]] e trouxe-lhe um destacamento espartano de 700 homens sob as ordens de Querisófo. O rei havia sido avisado por Tisafernes apenas no último momento e reuniu um exército apressadamente; Ciro avançou pela Babilónia antes de encontrar o inimigo. Em Outubro de [[401 a.C.]], deu-se a [[batalha de Cunaxa]]. Ciro contava com 10 400 [[hoplita]]s gregos e 2 500 [[peltastas]], e um exército asiático de aproximadamente 10 000 homens sob o comando de [[Arieu]].
 
Ciro viu que o desfecho dependia do destino do rei; por isso queria que [[Clearco]], comandante dodos gregos, tomasse o centro contra Artaxerxes. Clearco, por pura arrogância, desobedeceu. Como resultado, a ala esquerda dos persas sob o comando de Tisafernes ficou livre para enfrentar as restantes forças de Ciro; Ciro no centro, atirou-se contra Artaxerxes, mas foi morto numa luta desesperada. Tisafernes fingiu ter matado ele próprio o rebelde, o que resultouresultaria nna avingançavingança cruel de Parisátide sobre o assassino do seu filho favorito. As tropas persas, em lugar de atacarem frontalmente os gregos, atraíram-nos para o interior, para lá do [[Rio Tigre|Tigre]], atacando-os depois. Era um plano inteligente e sólido, mas mesmo após os seus comandantes terem sido feitos prisioneiros, os gregogregos conseguiram forçar a sua passagem até ao [[Mar Negro]]. Este feito demonstra a potencial superioridade dos soldados gregos frente aos seus adversários persas. Pensa-se que terá sido esta a razão pela qual [[Filipe II da Macedónia]] formulou a sua estratégia para derrotar o [[império persa]] utilizando um exército compacto e bem treinado: um feito obtidomais pelostarde euconseguido pelo seu filho, [[Alexandre o Grande]].