Ou exclusivo: diferenças entre revisões

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Linha 87:
''A função primária de um dos, etc, é enfatizar a indiferença de duas ou mais coisas ou cursos. Mas a função secundária é enfatizar a exclusividade mútua = um dos dois, mas não ambos.''
Seguindo esta intuição de senso comum sobre "ou", as vezes é discutido que em muitas linguagens naturais, inclusive inglês, a palavra "ou" tem um sentido "exclusivo". A disjunção exclusiva de um par de proposições (p, q), deve significar que ''p'' é verdadeiro ou que ''q'' é verdadeiro, mas não ambos. Por exemplo, discute-se que a intenção normal de uma declaração como "Você pode tomar café ou chá" é para estipular que exatamente uma das condicões pode ser verdadeira. Certamente em muitas circunstâncias, uma sentença como a desse exemplo deveria ser entendida como a proibição da possibilidade de alguém aceitar as duas opiniões. Mesmo assim, existe uma boa razão para supor que esse tipo de sentença não é disjuntiva. Se nós sabemos tudo sobre uma disjunção e ela é verdadeira, não podemos ter certeza de qual das proposições são verdadeiras. Por exemplo, se uma mulher soube que o amigo dela está ou na lanchonete ou na quadra de tenis, ela não pode validamente inferir que ele está na quadra de tenis. Mas se o garçom dela lhe diz que ela pode pedir café ou chá, ela pode validamente inferir que ela pode tomar chá. Nada classificadamente pensado como de uma disjunção tem essa propriedade. É taotão obvioóbvio que ela pode razoavelmente entender como se o garçom dela tivesse lhe negado a possibilidade de tomar ambos cafácafé e chá.
Há ainda duas boas razões gerais para supor que palavra nenhuma em qualquer linguagem natural poderia adequadamente ser representada pelo exclusivo binário "ou" da logicalógica formal. Primeiro, o "ou" exclusivo n-ário é verdadeiro se e somente se este tenha um número ímpar de entradas verdadeiras. Mas parece que ainda que nenhuma palavra em alguma linguagem natural que possa juntar-se a uma lista de duas ou mais opções tem essa propriedade geral. Segundo, como apontado pela Barrett e Stenner em um artigo de 1971 "O Mito do 'Ou' exlusivo" (Mind, 80 (317), 116-121), nenhum autor produziu um exemplo de uma sentença na língua inglesa que parece ser falsa porque ambas de suas entradas são verdadeiras. Certamente há muitas sentenças como "A lâmpada está apagada ou desligada", na qual é obvioóbvio que ambas disjunções não podem ser verdadeiras. Mas não é obvioóbvio que isso se deve a natureza da palavra "ou" ao invés de fatos particulares sobre o mundo.
 
==Propriedades==