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[[categoria:Bairros de Belo Horizonte]]ESCOLA MUNICIPAL LUIGI TONIOLO – ESCOLA INTEGRADA – 2009.
 
Coordenadora: Simone Coelho Frutuoso Rodrigues da Silva
Data: 04- 02-2009
 
PERFIL DA COMUNIDADE
Bairro: Coqueiros
Localização: situado entre os bairros Pindorama, Novo Progresso*, Milanez*, São Salvador e Nossa Senhora da Glória.
*Bairros pertencentes ao município de Contagem.
 
Apresentação da Escola Municipal Luigi Toniolo
 
 
A Escola Municipal Luigi Toniolo situada na Rua Mafra, nº. 124, Bairro Coqueiros, na região noroeste de Belo Horizonte, surgiu da preocupação de um imigrante italiano, Sr. José Toniolo com o futuro dos jovens carentes, especialmente daquela região. Na época, residente no Bairro Glória, solteiro e possuidor de uma sólida situação financeira, doou ao município (lei 2164 de 12/01/1973, que autorizava o recebimento) um terreno de um quarteirão inteiro situado na Rua Suez, nº 124, Bairro Coqueiros, contendo a área de 7830m2, com 22 lotes que constituíam a antiga Fazenda dos Coqueiros, lote nº 4, onde funcionaria uma escola técnica, propiciando, aos mais carentes da região, uma formação profissional que lhes garantisse o acesso a uma profissão e a um trabalho decente. Após a doação, ficou convencionada a construção de uma unidade escolar no prazo de dois anos a ser mantida e administrada pelo município. Mais tarde, nesse local, foi construída a Escola Municipal Luigi Toniolo que recebeu este nome em homenagem ao pai de seu benemérito, Sr. José Toniolo.O Sr. Luigi Toniolo nasceu em Vicenza na Itália, em 08/09/1864 e faleceu na cidade de Schiavon, Itália em 29/11/1940.
 
A construção da unidade escolar ocorreu em convênio entre a Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerias (CARPE) e Prefeitura de Belo Horizonte (Sudecap) em 28/12/1973. A área a ser atendida compreendia os Bairros Coqueiros, Novo Glória, Pindorama, Jardim Filadélfia e Nova Celeste. Inicialmente, foi construído o bloco A, possuindo 6 salas de aula, 1 biblioteca, 1 gabinete odontológico, 1 gabinete médico, 1 sala de professores , hall, 1 sala de orientador, 1 almoxarifado, 1 diretoria e 1 secretaria, com a capacidade de 3(três) turnos, contendo 210 alunos respectivamente.
 
O Secretário da Educação, Sr. José F. Filho, autorizou o funcionamento da Escola Municipal Luigi Toniolo – escola de 1º grau (1ª à 4ª série), através da resolução nº 1725 de 24/12/1975, em caráter probatório pelo prazo de dois anos.
 
A inauguração da Unidade Escolar só se deu em 01/02/1976, sendo Governador do Estado de Minas Gerais, Antônio Aureliano C. de Mendonça, Prefeito de Belo Horizonte, Luiz Verano e Secretário Municipal de Educação, Orlando Vaz. Em 1976, a matrícula inicial foi de 715 alunos, tornando-se urgente a ampliação do prédio, que aconteceu em 1977. Foi construído o bloco B: 6 salas de aula, 1 conjunto de instalação sanitário masculino e feminino e 1 galpão coberto. O funcionamento, inicialmente, foi em dois turnos: de 7h às 11h30min e de 13h às 17h30min.Mais tarde, com o crescimento da demanda, houve nova reestruturação no funcionamento dos turnos, passando a ocorrer de 7h às 11h, 11h às 15h e 15h às 19h.Em 16/05/1983. inaugurou-se o bloco C, contendo 3 salas de aula, 1 sala de coordenação, sanitários masculino e feminino. Novamente alterou-se o funcionamento para dois turnos: de 7h às 11h30min e de 13h às 17h30min.
 
Em 20/09/1996, inaugurou-se o bloco D, contando com 6 salas, sanitários feminino e masculino e 1 sala de multimeios, sendo Prefeito Patrus Ananias de Souza e Secretária de Educação Glaura Vasques de Miranda.
 
Em 2004, a Escola Municipal Luigi Toniolo passou também a gerenciar a UMEI Vila Antena, situada no Bairro Jardim Alvorada, na Rua Flor do Oriente, nº 137. A UMEI iniciou as atividades com a capacidade de atendimento a 150 crianças, contando com 18 educadores infantis, uma coordenadora de tempo integral e outra em tempo parcial. O público atendido compreende crianças na faixa etária de zero a cinco anos, moradores da área de risco e com grande vulnerabilidade social.
 
Atualmente, a Escola Municipal Luigi Toniolo opera em dois turnos, de 7h às 11h30min e de 13h às 17h30min. Atende a 1100 alunos, de 1º e 2 º ciclos. Possui 18 turmas em cada turno e funciona no 1.5 com 57 professoras. Conta com um laboratório de Informática desde 2005 que tem contribuído de forma significativa para a formação ampla de seus alunos e professores, e até mesmo da comunidade que freqüenta oficinas oferecidas, nos finais de semana, pelo projeto Escola Aberta .
O corpo docente e administrativo é constituído por:
 
01 diretora;
02 vice-diretoras (1 da E. M. Luigi Toniolo e 1 da UMEI Vila Antena);
02 pedagogos
02 professoras-coordenadoras;
57 professoras;
01 secretária;
02 auxiliares de secretaria;
01 auxiliar de secretaria em laudo médico;
03 professoras em readaptação funcional (coordenação da Escola de Pais, mecanografia, auxiliar de biblioteca);
01 auxiliar de biblioteca
07 auxiliares contratados pela Caixa Escolar;
06 auxiliares de serviço da PBH;
01 funcionário da PBH que vigia a Escola à noite;
01 funcionário diurno para fins de semana e feriados (terceirizado).
 
Na trajetória da história da EMLT muitas conquistas significativas se fizeram presentes, dentre essas a da inclusão da pessoa com deficiência, mesmo antes de se iniciar o processo de inclusão na RME, apontando oportunidades iguais para todos.
 
Desde os anos 80, a escola recebia crianças com deficiência: física, auditiva, visual, mental, múltipla e condutas típicas. Com a implementação da equipe de apoio à inclusão, a EMLT tem intensificado sua participação em encontros de formação junto a Regional Noroeste e SMED. Amplia-se as possibilidades de atendimento e acompanhamento dos alunos com deficiência através da construção de novas práticas pedagógicas necessárias à realidade e em atendimento as especificidades, ou seja, caso a caso. A acessibilidade foi contemplada, alterando na escola, também, sua estrutura física. Esta intervenção proporcionou a todos os alunos, professores e familiares, a inclusão com autonomia, segurança, liberdade para realização das atividades. Porém, cabe lembrar que ainda são muitas as barreiras e dificuldades enfrentadas pelos profissionais da educação, alunos e seus familiares, cujas questões extrapolam os muros da escola.
 
INDICADORES DE VULNERABILIDADE DA COMUNIDADE
Risco social e adesão ao Programa Bolsa Escola / Bolsa Família e nível de aprendizagem dos alunos.
 
 
 
SERVIÇOS PÚBLICOS E PRIVADOS EXISTENTES
 
 
Projeto assistencial Rosa Azul/ Igreja Católica Nossa Senhora da Glória;
 
Centro de Saúde Nossa Senhora da Glória/ na mesma quadra onde se situa a escola;
 
Escola Aberta / funcionamento nos finais de semana;
 
Programa Segundo Tempo Escolar/ funcionamento de segunda à sexta-feira, atende aos alunos da escola;
 
Centro Cultural Tambolelê/ Rua Passo Fundo,124- Novo Glória
cep: 30870330 tel. 3473-4010/ 3077-2962
e-mail: tambolele2002@yahoo.com.br
Lema do projeto social - Educação, arte e lazer em forma de sons.
 
Escola de Pais/ Funciona na própria escola, atendendo a comunidade de segunda à sexta-feira de 18 às 21hs, com atividades do tipo: artesanato, capoeira, pintura em tela e tecido, inglês, informática e pré-vestibular.
 
 
OUTROS (PRIVADAS):
 
Escolas Particulares, Escolinhas de esportes, Academias, etc.
 
 
ECONOMIA LOCAL : COMÉRCIO, SERVIÇOS
 
Supermercados, Farmácias, Padarias, Fábrica de calçados , Refrigerantes e Sorvetes, Empresa de ônibus coletivos, Salão de festas, Depósitos de materiais de construção, etc.
 
PRODUÇÃO CULTURAL:
 
Centro Cultural Tambolelê, Feira de Artesanato, Rua de lazer/sesc,
 
 
MEIO AMBIENTE:NASCENTES,MATAS,PARQUES,ETC.
 
Nascentes do córrego Patriarca e Caravelas – a população desconhece o destino delas.
 
 
HISTÓRIA LOCAL:
 
O bairro Coqueiros teve origem onde antigamente existiam três fazendas, nelas plantavam-se arroz, milho, feijão e frutas; criavam cabritos, cavalos, vacas e bois.
Contam que nas fazendas existiam muitos coqueiros e que , por causa deles, o nome do bairro ficou sendo “Coqueiros”. Os troncos cortados eram usados para fazer pontes sobre os córregos que passavam pelo terreno. Esses córregos possuiam água cristalina que era usada para alimentação, higiene e lazer, já que haviam pelo menos duas cachoeiras que se formavam em seu leito.
Com o passar do tempo, a população foi crescendo, aumentando o número de dejetos lançados na água, tornando-as poluídas, impróprias para o consumo humano e animal.
Assim na década de 90, esse córrego foi canalizado e sobre ele construiu-se a Av. Amintas Jaques de Morais.
Esses córregos eram 'carinhosamente' chamados de “Patriarca e Caravelas”; durante muito tempo, as vias que passavam às suas margens tinham os mesmos nomes ; um nascia onde é o Aterro Sanitário e outro, próximo a BR040, no bairro Pindorama. Eles se encontravam ganhando força e formando a cacheira da Mate Couro próximo à escola Municipal Luigi Toniolo e à fábrica de refrigerantes Mate Couro.
As primeiras moradias eram feitas de adobe, pau- a- pique e madeira, cercadas por arame farpado ou tela de arame.
A água usada pelos moradores vinham de cisternas, de algumas minas ou do Sr. Tianinho que passava pelo bairro com uma carroça vendendo água; a água encanada da COPASA, só chegou por volta dos anos 80.
Os meios de transporte mais comuns na época eram o bonde ou ônibus que só chegavam até a praça São Vicente e de lá as pessoas vinham andando, através de trilhas no meio do mato, até o bairro. Com organização, as pessoas foram melhorando as trilhas e conseguiram que uma jardineira, transportasse as pessoas da P. São Vicente até o bairro Nossa Sra da Glória.
Os primeiros ônibus só chegaram em 1957, eram quatro e saíam da Pc.S.Vicente até o bairro, pertenciam ao senhor Calu e ao sr. José Horta.
O comércio era só no centro da cidade ou na praça São Vicente; no bairro só havia a “Casa do Português”, na rua Novo Mundo e o “Armazém Astro”, a primeira farmácia só apareceu por volta de 1960.
Não tinha luz elétrica para iluminar as casas e ruas. As pessoas usavam lamparinas,velas e lampiões. À noite, traziam os bancos para a frente das casas e ficavam conversando sob a luz da lua e das estrelas, enquanto as crianças brincavam de esconde – esconde, bonecas de pano e de sabugo de milho, de rodar arco com arame, empinar papagaio, jogar bola, finca, fazer bodoque e estilingue.
Com o passar do tempo, as pessoas foram se organizando e conseguiram junto aos órgãos públicos, melhorias para o bairro, como energia elétrica, asfalto, calçamento e pontes; o calçamento das ruas completou-se em meados da década de 80, já a rede de esgoto, só em meados dos anos 90.
As atividades desenvolvidas pelos moradores eram ainda voltadas para a prática agrícola: capina, horta, plantio, criação de animais, furar cisternas; vendas dos produtos resultantes do seu trabalho: verduras, leite, frutas, ovos, etc.
As crianças participavam do trabalho dos adultos, tinham tarefas e obrigações. Como não existiam escolas, para estudar, elas tinham que ir até o bairro Padre Eustáquio, para a E.E. Professor Morais. As primeiras escolas da região foi a E.E. Olívia Pinto e São Salvador na década de 60.
a igreja mais próxima foi a de Nossa Senhora da Glória, na rua Guararapes onde hoje é a E.E.Padre João Maria Koyman e a primeira igreja evangélica funcionava nesta mesma rua, também na década de 70.
O posto de saúde só foi construído na década de 90, os doentes tinham que procurar atendimento médico no 'Posto do SAMU' no bairro Padre Eustáquio,antigo posto do INAMPS.
Telefone público e correios chegaram a partir de 1970; o Sr. Tianinho conseguiu uma linha telefônica através do seu genro que era funcionário da companhia telefônica. Os casos urgentes eles informavam aos moradores e as ligações eram pagas.
 
 
ESPAÇOS FÍSICOS:
 
Pista de cooper da Av. Amintas Jacques de Moraes, Igreja Nossa Senhora das Graças, Igreja Nossa Senhora da Conceição, Igreja Nossa senhora da Glória, Igreja Betesda, Igreja Presbiteriana, Igreja Wesleyana, Quadra Portuguesa, Garagem da viação Lux(Coqueiros);
 
 
 
Coordenação do Programa Escola Integrada - Belo Horizonte,03 de marçode 2009.
 
Escola Municipal Luigi Toniolo
 
Professora Comunitária: Simone Coêlho Frutuoso