Assembleia Nacional (Portugal): diferenças entre revisões

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→‎Evolução e extinção: Primavera Marcelista
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Os 1290 mandatos disponíveis foram exercidos por 655 deputados, dos quais 363 apenas foram eleitos para uma legislatura. Com origens e idades diversificadas, os deputados eram maioritariamente oriundos do mundo rural português, distribuição que coincide com a própria estrutura da [[União Nacional]], o partido único do regime que os propunha e elegia. Em termos de idades, a idade média dos deputados oscilou entre os 45,2 anos na I Legislatura e os 53,6 na VI Legislatura, com uma dispersão de idades que vai dos 26 anos, a idade mínima de elegibilidade, apenas conseguida pelo deputado [[João Bosco Soares da Mota Amaral]], e os 85 anos do deputado veterano [[Albino dos Reis]]<ref>Castilho, José Manuel Tavares, ''A Assembleia Nacional (1934-1974) (Tese de doutoramento)''. Lisboa : Departamento de História do ISCTE, 2008. pp. 65-66 (ISBN 978-989-8154-39-2). Disponível em www: Repositório do ISCTE.</ref>.
 
Apenas nanas últimaúltimas legislaturalegislaturas, a X (1969-1973) e a XI (1973-1974), se esboçaram, fruto da ''[[Primavera Marcelista]]'', dissensões de alguma monta com o aparecimento da ''ala[[Ala liberalLiberal]]'' de [[Francisco Sá Carneiro]]. Mas mesmo essas excepções não foram capazes de quebrar o monolitismo e o cinzentismo que foram o traço caracterizador e o legado do ''"parlamento"'' do Estado Novo português.
 
A Assembleia Nacional foi formalmente dissolvida pela [http://dre.pt/pdf1s%5C1974%5C04%5C09701%5C00010001.pdf Lei n.º 1/74, de 25 de Abril], diploma que formalmente destitui o Presidente da República e o Governo e dissolveu a Assembleia Nacional e o Conselho de Estado, dando por finda a vigência formal do regime do Estado Novo. A [[Constituição da República Portuguesa de 1976]] substituiu a Assembleia Nacional pela [[Assembleia da República]], órgão que no actual arranjo constitucional português detém as funções legislativas de topo.