Alcmeão de Crotona: diferenças entre revisões

'''Alcmeão de Crotona''' (também se registra ''Alcmeon'') (VI a.C.)- Filósofofoi um [[filósofo]] [[pré-socrático]] e [[médico]] [[Grécia Antiga|grego]] de [[Crotona]] (hoje na Itália), o principal centro de estudo e divulgação do pensamento [[Pitágoras|pitagórico]], hoje na [[Itália]]) e um dos mais importantes discípulos de [[Pitágoras]] (580-497 a. C.).

Dedicado à [[medicina]] e às investigações das [[ciências naturais]], realizou a primeira [[dissecação]] de um [[cadáver]] humano e desenvolveu uma teoria acerca da origem e dos processos [[fisiologia|fisiológicos]] das sensações, sugerindo que os sentidos estariam ligados ao [[cérebro]]. Segundo escritos da época foi o primeiro a relacionar o cérebro com as [[funções psíquicas]], a ''psyqué'', ao descobrir, por dissecação, que certas vías[[vias sensoriais]] terminavam no [[encéfalo]] e elaborou uma teoríateoria da desarmoníadesarmonia como causa de enfermidades[[enfermidade]]s. Pode ter sido o verdadeiro descobridor das [[trompas de Eustáquio]], além de um pioneiro da [[embriologia]]. A ele atribui-se a bela frase: ''Das coisas invisíveis têm clara consciência os deuses, a nós enquanto humanos, nos é permitido apenas conjecturar''.

Da [[filosofia]], transmitida sob forma de comentário, [[doxografia]], principalmente através da obra de [[Aristóteles]] (384-322 a.C.), destacam-se dois pontos importantes:

1) *a elaboração de uma tabela de pares de opostos, que funcionariam como princípio, ''arché'', da natureza: limite-ilimitado, ímpar-par, unidade-pluralidade, direito-esquerdo, masculino-feminino, repouso-movimento, reto-torto, luz-sombra, bom-mau, quadrado-oblongo;

2) *uma compreensão da imortalidade da alma, por concebê-la em eterno movimento, à semelhança dos astros e dos entes divinos.