Ilha de São Simão (Galiza): diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Deparpor (discussão | contribs)
Deparpor (discussão | contribs)
Linha 8:
Diferentes comunidades religiosas (templários e, talvez, pasqualinos, beneditinos e franciscanos) vão achar neste local um espaço de referência espiritual e retiro. Nesta altura, surgirá o culto ao santo que dá nome à ilha e à enseada e a quem o trovador [[Meendinho]], no século XIII, se refere na sua célebre cantiga. Durante este tempo, a paz do lugar vê-se perturbada por causa dos conflitos territoriais, actos violentos e batalhas.
 
As incursões corsárias que no século XVI leva a cabo [[Francis Drake]] na [[Ria de Vigo]] e na Ilha de São Simão, sucede-lhes em 1702 a [[Batalha de Rande]], que tem lugar no contexto da [[Guerra da Sucessão]]. Uma frota armada anglo-holandesa ataca as naves espanholas e francesas que se refugiam na enseada de São Simão para se defenderem dos ataques e descarregarem a prata e outros produtos de valor chegados da [[América]]. A batalha terminará com a destruição por afundamento e incêndio da frota hispano-francesa e a ilha será alvo de saques e da violência dos contendentes. A partir destes acontecimentos, surge a lenda sobre os tesouros dos galeões afundados que a prolífica pena de [[Júlio Verne]] aproveita na obra ''Vinte mil leguas baixo os mares''.
 
A história contemporánea de São Simão começa depois da saída dos monges e a aprovação pelo Estado do projecto de construção de um lazareto marítimo nesta ilha, que estará em actividade entre 1842 e 1927, acolhendo milhares de doentes em situação de quarentena face às doenças infectocontagiosas da época. O lazareto vai ser um factor decisivo do crescimento económico do porto de [[Vigo]] e da sua cidade e vai converter-se num espaço em que a humanidade e a desgraça se encontram, sendo testemunha de factos e avatares esquisitos, como as repatriações depois da derrota nas guerras coloniais de [[Cuba]] e [[Filipinas]], em 1898.
 
A história contemporánea de São Simão começa depois da saída dos monges e a aprovação pelo Estado do projecto de construção de um lazareto marítimo nesta ilha, que estará em actividade entre 1842 e 1927, acolhendo milhares de doentes em situação de quarentena face às doenças infectocontagiosas da época. O lazareto vai ser um factor decisivo do crescimento económico do porto de [[Vigo]] e da sua cidade e vai converter-se num espaço em que a humanidade e a desgraça se encontram, sendo testemunha de factos e avatares esquisitos, como as repatriações depois da derrota nas guerras coloniais de [[Cuba]] e [[Filipinas]], em 1898.
==Guerra Civil==