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Foi [[Prefeitura (Brasil)|prefeito]] de Belo Horizonte e [[governador]] de Minas Gerais. Em [[1998]], tentou a reeleição ao governo de Minas, mas perdeu para [[Itamar Franco]]. Em [[2002]] foi eleito senador.
 
Ao fim de sua administração na Prefeitura, Eduardo Azeredo assumiu a presidência do SERPRO - Serviço Federal de Processamento de Dados. Porém, sua mudança para Brasília não comprometeu o projeto político de concorrer ao Palácio da Liberdade, porque Azeredo se manteve sempre em contato com a política mineira, especialmente por meio da bancada mineira no Congresso Nacional.
É autor da lei "Robin Hood", que tornou possível que os municípios mais pobres do estado de Minas obtivessem mais recursos.
Para viabilizar sua candidatura, buscou construir alianças. O então governador Hélio Garcia, peça fundamental no xadrez da sucessão, também julgava necessária a formação de uma forte coligação para vencer a disputa. Ele a previa muito acirrada e considerou que Azeredo seria o nome mais indicado para atrair outros partidos, sobretudo por sua grande densidade eleitoral no maior colégio eleitoral do Estado: Belo Horizonte.
A indicação de Arlindo Porto para candidato ao Senado e a de Walfrido dos Mares Guia, secretário da Educação de Hélio Garcia, para vice da chapa tucana, asseguraram a Azeredo o apoio do PTB, partido do então governador do Estado.
Azeredo e Garcia conseguiram ainda atrair o PL.
A definição dos quatro principais concorrentes ao Palácio da Liberdade só aconteceu em maio de 94: a Coligação Todos por Minas (PSDB-PTB-PL) lançou Azeredo;
PP-PFL-PPR ficaram com Hélio Costa; o PT, aliado a outros seis partidos de esquerda, concorreu com Antônio Carlos Pereira; o PMDB sozinho lançou José Alencar.
Se sua vida política não é ainda extensa, Eduardo Azeredo pode, por outro lado, festejar um fato marcante em seu currículo. A eleição de 1994 foi considerada por todos os analistas políticos do país como histórica, pois quebrou antigas tradições da política mineira ao ensejar uma virada inédita e que marcou para sempre a vida política do Estado.
Azeredo começou sua campanha com modestos 4% de intenção de voto, enquanto Hélio Costa disparava com 50%.
A campanha propriamente dita começou em julho e os principais desafios de Azeredo eram fazer-se conhecido no interior e marcar suas diferenças pessoais em relação a seu principal opositor.
Para sobrepor o primeiro obstáculo, iniciou uma maratona pelo interior de Minas, tendo visitado ao final do segundo turno mais de 450 cidades, algumas das quais mais de uma vez.
O outro desafio foi vencido pela própria maneira de ser de Azeredo, um mineiro típico em sua simplicidade. Ponderado, calmo e cuidadoso, elaborou e propôs um programa viável de governo, sem demagogia nem populismo.
As pesquisas começaram então, de ponto em ponto, a apontar mudanças na preferência do eleitor. Abertas as urnas do primeiro turno, Azeredo ficou com 27,20% dos votos, que somados aos obtidos por Pereira, Alencar e demais candidatos, garantiram a realização do segundo turno, já que Hélio Costa conseguira 48,3% dos votos.
A campanha para o segundo turno reverteu o quadro. Com habilidade, Eduardo Azeredo arregimentou novos apoios no PDT, no PT e seus aliados, bem como de parte do PMDB e dissidentes do PFL.
Nos últimos 45 dias, como previra Hélio Garcia, a virada aconteceu. Azeredo chegou ao final da disputa com 1,3 milhão de votos à frente de Hélio Costa, a maior diferença já alcançada nas disputadas campanhas para o Palácio da Liberdade.
Nas articulações para a formação de seu governo, Azeredo fez um trabalho de engenharia política que durou 40 dias.
Ao valorizar a política de alianças, sua liderança proporcionara ao PSDB um crescimento expressivo no Estado, fazendo-o detentor da maior bancada na Assembléia Legislativa e do maior número de prefeitos eleitos em Minas nas eleições municipais de 1996.
Ao longo de quatros anos à frente dos destinos de Minas, Eduardo Azeredo deu sentido prático e consistência às propostas de campanha: destaque para a educação e a saúde, que continuaram prioridades gêmeas na administração estadual; combate sistemático às desigualdades sociais e regionais existentes, para que Minas pudesse ter um desenvolvimento equilibrado; busca de novos investimentos para o Estado, objetivando gerar riquezas, tributos e mais empregos; transferência para o setor privado de atividades em que a atuação do governo não fosse essencial.
Como resultado dessas diretrizes, Minas se tornou o Estado que mais investiu em educação –em média 45% do orçamento em cada ano de governo-, dentro de um programa de melhoria da qualidade do ensino, que foi reconhecido internacionalmente e mereceu um prêmio da Unesco, órgão das Nações Unidas voltado para a educação.
Também na saúde, o trabalho de Azeredo serviu de modelo para outros Estados e países, que aqui buscaram a experiência e o conhecimento acumulados na implantação dos Consórcios Intermunicipais de Saúde e do Programa de Saúde da Família -duas iniciativas pioneiras que apresentaram resultados altamente satisfatórios na melhoria das condições de saúde da população, como a queda, para metade, da taxa de mortalidade infantil.
No combate às desigualdades sociais e regionais, o governo Azeredo inscreveu-se na História por sua decisão de regulamentar inciso constitucional que determina novos critérios para o repasse aos municípios de parcela do ICMS que lhes é devida.
Por meio da Lei Robin Hood, aprovada praticamente por unanimidade pela Assembléia Legislativa, uma pequena parcela desse imposto é retirada dos municípios mais ricos e transferida aos mais carentes. O que é pouco para alguns, torna-se muito para a maioria. E recebem mais aquelas prefeituras que destinarem maiores recursos à educação, saúde, saneamento, tratamento de lixo e esgoto, proteção do patrimônio histórico, preservação ambiental, entre outros itens.
Dos 853 municípios mineiros, mais de 800 foram beneficiados. Com aumentos superiores a 3.500%, as prefeituras das cidades mais carentes puderam iniciar um programa de obras nas áreas determinadas pela Lei Robin Hood. Isso significou mais emprego e renda para uma parcela significativa da população desses pequenos municípios. A curto e médio prazos, os municípios maiores também usufruem da lei, já que esta passou a conter o fluxo migratório provocado pela falta de oportunidades nas pequenas cidades.
Pela redução da mortalidade infantil no Estado, a Lei Robin Hood proporcionou ao Governo mineiro o Prêmio “Criança e Paz”, concedido pelo UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Criança e a Adolescência.
Ao transferir para a iniciativa privada algumas atividades – bancos e hotéis turísticos – o Governo Azeredo concentrou esforços e recursos nas tarefas que são, histórica e constitucionalmente, de sua responsabilidade: educação, saúde, saneamento e segurança. Com isso, aprimorou os serviços prestados à população, oferecendo-lhe melhores condições de vida.
A criação de novos postos de trabalho foi outra conquista significativa do governo Eduardo Azeredo. Ao atrair investimentos privados da ordem de US$ 15 bilhões ao longo de quatro anos, Minas criou 320 mil novos empregos na indústria, sendo o Estado brasileiro que obteve melhores resultados nessa área e as melhores taxas de crescimento econômico.
O desempenho administrativo foi altamente positivo em diversas outras áreas: mais de 1.780 km de rodovias foram asfaltadas com investimentos de US$1,3 bilhão (a maior aplicação dos últimos quatro governos e que incluiu a duplicação das rodovias Fernão Dias, BR 040 entre Belo Horizonte e Sete Lagoas e BR 050 entre Uberaba e divisa MG/SP); a energia elétrica chegou a 100% das áreas urbanas e dobrou na área rural, alcançando 80%. Além disso, foram construídas as hidrelétricas de Miranda e Igarapava e iniciadas as usinas de Aimorés, Queimados e Irapé, no Jequitinhonha; o abastecimento d`água foi ampliado em mais 2 milhões de pessoas atendidas, inclusive em zonas semiáridas; a segurança pública recebeu o maior reequipamento dos 20 anos anteriores; a reforma agrária com diálogo assentou 5.500 famílias; o meio-ambiente foi contemplado com a criação de Secretaria de Estado específica para a área; e a instituição da Lei Estadual de Incentivo à Cultura propiciou investimentos privados de quase R$11 milhões na área.
 
A coerência da atuação política complementou a obra administrativa de Eduardo Azeredo e fez com que as convenções do PSDB, PFL, PTB e PP o indicassem, em 1998, candidato à reeleição ao Governo de Minas.
Em [[2003]], foi autor do Projeto de Lei 1503/03, que foi sancionado como a Lei 10.740/03. A lei fez com que as urnas eletrônicas passassem a produzir um arquivo digital, criptografado e assinado com certificação digital, chamado Registro Digital do Voto, substituindo o requerimento anterior, da Lei 10.408/02, de que as urnas eletrônicas produzissem uma cópia impressa do voto, para auditoria após as eleições.
 
Em [[2005]] relatou um projeto de lei, que se iniciou há dez anos, em [[1996]], a discussão polêmica da definição dos crimes de informática como: difusão de vírus, acesso não autorizado, "phishing" que para roubar senhas e outras informações de conta bancária e cartões de crédito, ataques à rede de computadores. O projeto também tipifica como delito o ato de acessar conteúdo protegido por direitos autorais, como vídeos, músicas e seriados, estabelecendo a pena de 1 a 3 anos, dobrada caso se comprove que o usuário distribuiu o material.
 
[[Imagem:Manifestação CP.jpg|thumb|200px|left|Manifestantes contra Lei do Senador Azeredo, queriam ouvir o senador que não compareceu no Campus Party Brasil 2009.]]
 
Em [[2006]], o projeto, que ainda está tramitando, recebeu alterações do próprio senador transformando a penalização ao provedor. O projeto é alvo de críticas da comunidade por ser considerado excessivamente exagerado e por ferir a liberdade individual.
 
Foi aprovada pela Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado no dia 12 de dezembro 2007, proposta apresentada pelo Senador Eduardo Azeredo para combate aos crime de informática. Esta iniciativa têm sido duramente criticada por intelectuais e imprensa.
 
A proposta modifica oito leis brasileiras para que possam abranger os info-delitos, entre eles, clonagem de cartões e celulares, difusão de vírus, roubo de senhas e pedofilia. O texto foi aprovado por unanimidade. A proposta é respaldada pela Convenção Internacional contra o Cibercrime, conhecida por Convenção de Budapeste, assinada por nações da Comunidade Européia, Estados Unidos, Coréia do Sul e Japão. Contudo, seu rigor foi crítica de grupos de intelectuais, sendo classificada como "nazista", por obrigar que todos os provedores de acesso do país guardem por três anos todas as informações acessadas pelo internauta (como horário da conexão, sites visitados, etc). Ainda, o projeto foi criticado pelos provedores de acesso à internet, que manifestaram preocupação de que o custo para implementar tais medidas pode tornar o custo para acesso à internet proibitivo aos Brasileiros mais pobres.
 
Tudo isto motivou o surgimento de um [[abaixo-assinado]] [[on-line]] contrário ao projeto de lei, somando mais de 140 mil assinaturas.<ref>{{citar web|url=http://www.petitiononline.com/mod_perl/signed.cgi?veto2008|título=Pelo veto ao projeto de cibercrimes - Em defesa da liberdade e do progresso do conhecimento na Internet Brasileira|acessodata=25 de março de 2009}}</ref>
 
Em 14 de Novembro de 2008 foi organizada uma ''flash mob'' na [[avenida Paulista]] em São Paulo para protestar contra o projeto de lei.
Em [[2003]], foi autor do Projeto de Lei 1503/03, que foi sancionado como a Lei 10.740/03. A lei fez com que as urnas eletrônicas passassem a produzir um arquivo digital, criptografado e assinado com certificação digital, chamado Registro Digital do Voto, substituindo o requerimento anterior, da Lei 10.408/02, de que as urnas eletrônicas produzissem uma cópia impressa do voto, para auditoria após as eleições.
 
Em [[2005]] relatou um projeto de lei, que se iniciou há dez anos, em [[1996]], a discussão polêmica da definição dos crimes de informática como: difusão de vírus, acesso não autorizado, "phishing" que para roubar senhas e outras informações de conta bancária e cartões de crédito, ataques à rede de computadores. O projeto também tipifica como delito o ato de acessar conteúdo protegido por direitos autorais, como vídeos, músicas e seriados, estabelecendo a pena de 1 a 3 anos, dobrada caso se comprove que o usuário distribuiu o material.
 
Em [[2006]], o projeto, que ainda está tramitando, recebeu alterações do próprio senador transformando a penalização ao provedor. O projeto é alvo de críticas da comunidade por ser considerado excessivamente exagerado e por ferir a liberdade individual.
 
Foi aprovada pela Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado no dia 12 de dezembro 2007, proposta apresentada pelo Senador Eduardo Azeredo para combate aos crime de informática. Esta iniciativa têm sido duramente criticada por intelectuais e imprensa.
 
A proposta modifica oito leis brasileiras para que possam abranger os info-delitos, entre eles, clonagem de cartões e celulares, difusão de vírus, roubo de senhas e pedofilia. O texto foi aprovado por unanimidade. A proposta é respaldada pela Convenção Internacional contra o Cibercrime, conhecida por Convenção de Budapeste, assinada por nações da Comunidade Européia, Estados Unidos, Coréia do Sul e Japão. Contudo, seu rigor foi crítica de grupos de intelectuais, sendo classificada como "nazista", por obrigar que todos os provedores de acesso do país guardem por três anos todas as informações acessadas pelo internauta (como horário da conexão, sites visitados, etc). Ainda, o projeto foi criticado pelos provedores de acesso à internet, que manifestaram preocupação de que o custo para implementar tais medidas pode tornar o custo para acesso à internet proibitivo aos Brasileiros mais pobres.
Em 7 de julho de [[2008]] o projeto aguarda inclusão na pauta do senado.
 
Em 22 de novembro de [[2007]], foi denunciado formalmente pelo procurador Antonio Fernando de Sousa, junto ao Supremo Tribunal Federal, pelo conhecido [[Mensalão tucano|"mensalão mineiro"]], como "''...um dos principais mentores e principal beneficiário do esquema implantado.''" <ref name=DENUNCIA>[http://media.folha.com.br/brasil/2007/11/22/denuncia_inquerito_n2280.pdf SOUZA, Antonio Fernando Barros e Silva de., Procurador Geral da República. ''Denúncia.'', Ministério Público Federal, 20 de novembro de 2007]</ref>.
 
Em 9 de dezembro de [[2007]] o nome do senador foi incluído em uma pesquisa de intenções de voto para a prefeitura de [[Belo Horizonte]] (publicada pela [[Folha de São Paulo]]), obtendo desempenho semelhante ao de outros possíveis candidatos ao pleito de 2008: [[Patrus Ananias]] e [[João Leite]].<ref name="">[http://www.senado.gov.br/senamidia/parla/noticiaDoDia1.asp?ud=20071211&datNoticia=20071209&codNoticia=256490&nomJornal=Folha+de+S%2E+Paulo&nomParlamentar=Eduardo+Azeredo&codParlamentar=3400 Reprodução da notícia da Folha de São Paulo de 09/12/2007 em senado.gov.br] acessado em 11 de dezembro de 2007.</ref>