Vinho de cheiro: diferenças entre revisões

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Devido à proibição de comercialização imposta pela [[União Europeia]], a produção tem vindo a diminuir e a exportação para as comunidades açorianas nos Estados Unidos e Canadá é hoje residual. Nas zonas tradicionais de produção ([[ilha do Pico|Pico]], [[Biscoitos]], [[Ilha Graciosa|Graciosa]], [[Caloura]] e [[São Lourenço (Vila do Porto)|São Lourenço]]), as vinhas têm vindo lentamente a ser reconvertidas para castas europeias, com destaque para o Pico e Biscoitos.
==História==
O ''vinho de cheiro'' apareceu nos Açores na sequência da destruição dos vinhedos tradicionais causada por um [[oídio]], então denominado o ''[[oídio tuckeri]]'', a que duas décadas mais tarde se juntou a [[filoxera]]. Dada a produtividade e rusticidade nas condições climáticas dos Açores da casta Isabelle, esta rapidamente substituiu as restantes vinhas, ficando a produção de vinhos de casta europeia meramente residual. Nas primeiras décadas do século XX a produção de vinho de cheiro cresceu rapidamente, transformando-o num dos produtos mais importantes das zonas de solos mais pobres das ilhas. Contudo, o aumento do custo da mão de obra, provocado pela grande emigração dos anos de 1960 (que reduziu a população rural das ilhas a cerca de metade) e as dificuldades de comercialização levaram a um rápido declínio da produção a partir dos anos de 1970, estando esta hoje restrita à Caloura e Vila Franca do Campo (São Miguel), Biscoitos (Terceira),e VilaPorto FrancaMatins do Campo(S. MiguelTerceira) e a algumas zonas do Pico e Graciosa.
 
O uso, obrigatório pela tradição, de vinho de cheiro nas festas do Divino Espírito Santo, dão-lhe apreciável valor comercial. O Governo dos Açores, e os deputados açorianos eleitos para o [[Parlamento Europeu]], tem mantido pressão junto das entidades comunitárias para que a proibição de comercialização seja levantada.