Cícero: diferenças entre revisões

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Depois de ser descoberto, diz-se que as últimas palavras de Cícero foram: "Não há nada correcto no que estás a fazer, soldado, mas tenta matar-me correctamente." Fez uma vénia aos seus captores, inclinando a cabeça para fora da liteira num gesto gladiatorial para facilitar a tarefa. Ao mostrar o seu pescoço e garganta aos soldados, estava a indicar que não iria resistir. Segundo [[Plutarco]], Herénio matou-o primeiro, e depois cortou-lhe a cabeça. Seguindo ordens de Marco António, as suas mãos, que tinham escrito as Filípicas, também foram cortadas e pregadas, juntamente com a sua cabeça, na [[Rostra]] no [[Fórum Romano]] de acordo com a tradição de [[Caio Mário|Mário]] e [[Sula]], que tinham feito o mesmo às cabeças dos seus inimigos. Cícero foi a única vítima das proscrições a ter este tratamento. Segundo [[Dião Cássio]]<ref>Cassius Dio, ''Roman History'' [http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Cassius_Dio/47*.html#8.4 47.8.4]</ref> (numa história por vezes atribuída a Plutarco por engano), a esposa de Marco António, [[Fúlvia]], pegou na cabeça de Cícero, arrancou-lhe a língua, e trespassou-a com o seu gancho de cabelo numa vingança final contra o seu poder de discursar.<ref> Everitt, A.: ''Cicero, A turbulent life'' (2001)</ref>
 
O filho de Cícero, [[Marco Túlio Cícero Minor|Marco]], vingou a morte do seu pai quando foi cônsul em 30 a.C., ao anunciar a derrota naval de Marco António em [[Áctium]] em 31 a.C. contra Octaviano e [[Marco Vipsânio Agripa|Agripa]]. Na mesma reunião, o Senado votou para proibir os futuros descendentes Antonius de usarem o nome “Marco”''Marco''. Octaviano iria mais tarde encontrar um dos seus netos a ler um livro escrito por Cícero. O rapaz tentou esconder o livro, com medo da reacção do avô. Octaviano, agora Augusto, tirou-lhe o livro, leu parte, e devolveu-lho, dizendo: "Ele era um homem sábio, cara criança, um homem sábio que amava a sua pátria."<ref>[[Plutarch]], ''Cicero'', [http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Plutarch/Lives/Cicero*.html#49.5 49.5]</ref>
 
 
==Legado==
Cícero era um escritor talentoso e energético, com um intereste numa grande variedade de tópicos de acordo as tradições filosóficas e helenísticas nas quais ele tinha sido treinado. A qualidade e acessibilidade de textos dele favoreceram grande distribuição e inclusão nos currículos escolares. Os seus trabalhos estão entre os mais influenciais na cultura Europeia, e ainda hoje constituem um dos corpos mais importantes de material primário para a escrita e revisão da história romana.
 
Depois da guerra civil, Cícero sabia que o fim da República esta perto. A guerra tinha destruído a República e a vitória de César tinah sido absoluta. O assassinato de César não restituiu a República, apesar de mais ataques à liberdade pelo "próprio capanga de César, Marco António." A sua morte apenas sublinhou a estabilidade do governo de um único homem, visto que foi seguida pelo caos e mais guerras civis entre os assassinos de César, [[Marco Júnio Bruto|Bruto]] e [[Caio Cássio Longino|Cássio]], e finalmente entre os seus apoiantes, [[Marco António]] e [[Augusto|Octaviano]].
 
== {{Ver também}} ==