Século de Ouro Espanhol: diferenças entre revisões

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Por '''século de ouro''' entende-se a época clássica e apogeu da cultura espanhola, essencialmente desde o [[Renascimento]] do séc. XVI até o [[Barroco]] do séc XVII. Sujeito a datas concretas de acontecimentos chaves, abarca desde a publicação da Gramática Castellana de [[Nebrija]] em 1492 até a morte de [[Calderón]] em 1681.
[[Imagem:Velazquez-Meninas.jpg|right|thumb|250px|'''Las Meninas''' de Velázquez]]
'''Século de Ouro''', ou '''Siglo de Oro''' é a designação dada ao período final do século XVI castelhano, marcado pela consolidação do uso literário da [[língua castelhana]] e pelo surgimento de uma vasta plêiade de artistas, escritores e poetas, entre os quais [[Luis de Góngora y Argote]] e [[Cervantes]].
 
Nos finais do século XVIII já se havia popularizado a expressão ''Século de Ouro'', com a qual Lope de Vega aludia a si próprio e que suscitava a admiração de [[Don Quixote]] em seu famoso discurso sobre a Idade de Ouro. No séc. XIX terminou-se de consagrar a expressão quando o hispanista norte americano [[George Ticknor]] em sua história da literatura espanhola, aludiando ao famoso mito da teogonia de [[Hesíodo]], que imaginava uma série de idades de homens associados a metais distintos, cada vez mais degradados.
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Com sua união dinástica, os reis católicos delineram um estado politicamente forte, consolidado mais adiante, cujos exitos causaram inveja a alguns intelectuais contemporâneos, como [[Nicolas Maquiavel]], porém, ideologicamente dominado por uma [[inquisição]] eclesiástica.
 
Os judeus que não se cristianizaram foram expulsos em 1492 e se dispersaram, fundando colônias hispânicas pela [[Europa]], [[Asia]], e norte da [[Africa]], onde seguiram cultivando sua língua e escrevendo literatura em castellano, de forma que produziram também figuras notáveis, como o economista e escritor [[José Penso de La Vega]], [[Miguel de Barrios]], [[Juan de Prado]], [[Isaac Cardoso]], [[Abraham Zacuto]] de, [[Isaac Orobio]] o [[Manuel de Pina]]. Também em janeiro de 1492 Castilla conquista Granada, com o que finaliza a etapa política mulçumana penissular, ainda que uma minoria morisca habite, mais ou menos tolerada, até os tempos de [[Felipe III].
 
Ademais, em outubro, Collón chega a [[América]] e na ânsia guerreira cultivada durante as guerras medievais da reconquistase projetará sobre as novas terras, bem como sobre a Europa, no 'gesto mais extraordinário da história da humanidade', segundo o escritor e histotriador [[Pierre Vilar]].
 
Durante o apogeu cultural e econômico desta época, a [[Espanha]] alcançou pretígio internecional e influência cultural em toda a Europa. Tudo quanto provinha da Espanha foi amiúde imitado, e se estendeu o aprendizado e estudo do idioma espanhol. (consultar [[Hispanismo]]).
 
As áreas culturais mais cultuvadas foram a [[literatura]], as [[artes plásticas]], a [[música]], e a [[arquitetura]]. O saber se acumulou nas prestigiadas universidades de [[Salamanca]], e [[Alcalá de Henares]].
 
As cidades mais importantes deste período são: [[Sevilla]], por receber as riquezas coloniais e aos comerciantes e banqueiros europeus mais importantes, junto com a delinqüência internacional; [[Madri]], como sede da corte, [[Toledo]], [[Valencia]], e [[Zaragoza]].
 
No terrono das humanidades seu cultivo foi mais extenso que profundo, e de matiz mais divulgativa que erudita, apesar de que a [[filologia]] ofereceu testemunhos eminentes como a [[Biblia Poliglota Computense]], ou a ''Biblia regis o de Amberes'' de [[Benito Arias Montano]], enquanto que o cientificismo teve avanços importantes em [[Linguística]] ( [[Francisco Sánchez de las Brozas]]]] e sua ''Minerva''; as numerosas gramáticas de língua indigena realizadas pelos missionários0, como conseqüência do descobrimento da América.
 
Houve também figuras eminentes na [[Matemática]] ([[Sebastián Izquierdo]], [[Juan Caramuel]], [[Pedro Nunes]], [[Omerique]], [[Pedro Ciruelo]], [[Juan de Rojas y Sarmiento]], [[Rodrigo Zamorano]]), Física, Medicina, Farmacología ([[Andrés Laguna]]), Psicología ([[Juan Luis Vives]], [[Juan Huarte de San Juan]]) y Filosofía ([[Francisco Suárez]]). Igualmente se desenvolveram, por causa do grande impacto que tiveram os descobrimentos dos novos povos, o [[Direito Natural]], e o [[Direito dos Povos]], com figuras como [[Bartolomé de las Casas]], influente precurssor dos [[Direitos Humanos]] e defensor do [[jusnaturalismo]] em seu ''De regia potestate'', e ainda [[Francisco de Vitória]].
 
O Século de Ouro abarca os períodos estéticos que corresponderam ao [[Renascimento]] do séc. XVI (reinados de Fernando, o Católico, Carlos I e Felipe II), e o [[Barroco]] do séc. XVII reinados de Felipe III, Felipe IV y Carlos II). O eixo destas duas épocas ou fases podem ser colocados no Conselho de Trento e na contra-reação.
 
[[Categoria:História da Espanha|Seculo de Ouro]]