Misiones (província): diferenças entre revisões

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No [[século XVII]] a [[Companhia de Jesus]] chegou à zona. Estes jesuítas iniciaram sua atividade criando reduções. Em poucos anos, chegaram a criar 30 povos, dos quais os [[guarani]]s, que já começavam a praticar a agricultura, terminaram por adotar o sedentarismo.
Em 1811 o território foi anexado à República do Paraguai por [[José Gaspar de Francia]], quando:''"as imensas terras dos jesuítas, que após a sua expulsão, em meados do século XVIII, haviam passado para as mãos do Estado Espanhol, foram arrendadas por baixo preço a camponeses livres."''<ref> MENDES JUNIOR, Antonio & MARANHÃO, Ricardo - '''República Velha''' - Coleção "Brasil História - Texto e Consulta". São Paulo, Ed. Brasiliense, 1983, p. 46.</ref></blockquote>
 
Em [[1814]] [[Gervasio Antonio de Posadas]], diretor das Províncias Unidas, anexou Misiones a Corrientes, gerando um problema de autonomia que se prolongou durante 70 anos. Em 1830 Corrientes invadiu a província, até que em 1838 teve lugar a retomada paraguaia.
A província foi cedida à Argentina em 1852 por [[Carlos Antonio López]], pai de [[Francisco Solano López]], em troca do reconhecimento argentino da Independência paraguaia.<ref> MENDES JUNIOR, Antonio & MARANHÃO, Ricardo - op. cit., p. 47.</ref></blockquote>
Em 1865 se inicia a [[Guerra do Paraguai]], chamada pelos paraguaios ''Guerra de La Triple Alianza''.
<blockquote>''"Para a Argentina, a Guerra do Paraguai havia representado um passo decisivo para completar o processo de formação de seu estado nacional, pela eliminação ou incorporação da maioria das oposições provinciais ao governo de Buenos Aires. A oligarquia portenha sentia-se à vontade para apirar à efetiva aplicação do Tratado da Tríplice Aliança, que lhe daria de presente todo o chaco paraguaio. O governo argentino, chefiado então por Sarmiento (que sucedera a Mitre), e tendo como ministro das relações exteriores Tejedor, empenhou-se em por em prática sua política anexionista.(...)As discussões e disputas se arrastaram por dois anos, tornando-se mais graves a partir de janeiro de 1872, quando o barão de Cotegipe assinou um tratado em separado com o governo títere de Asunción. Os protestos de Buenos Aires levaram a um clima em que a possibilidade de guerra contra o Império não era descartada. Principalmente porque o governo do Rio de Janeiro, apresentando-se como "benévolo", perante os paraguaios, contentou-se com a fixação de fronteiras nos limites reinvindicados antes da guerra, e contestados por Solano López (...)Finalmente, a 3 de fevereiro de 1876, o Tratado de Irigoyen-Machain entre Buenos Aires e Asunción, aceito pelo Rio de Janeiro, encerrou a questão. Segundo ele, a Argentina teria uma parte do território do Chaco até o rio Pilcomayo, e as tropas brasileiras se retiravam do Paraguai, respeitando as cláusulas brasileiro-paraguaias de 1872."<ref> Mendes Junior & Maranhão, op. cit., p. 63</ref></blockquote>