Terceira Cruzada: diferenças entre revisões

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A '''Terceira Cruzada''' ([[1189]]-[[1192]]), pregada pelo [[Papa Gregório VIII]] após a tomada de Jerusalém por Saladino em 1187, foi denominada '''Cruzada dos Reis'''. É assim denominada pela participação dos três principais soberanos europeus da época: [[Filipe II de França|Filipe Augusto]] ([[França]]), [[Frederico I da Germânia|Frederico Barbaruiva]] ([[Sacro Império Romano Germânico]]) e [[Ricardo Coração de Leão]] ([[Inglaterra]]).
 
==Antescedentes==
 
Acossados por graves lutas internas e ataques dos maometanos ao longo de 25 anos depois da [[segunda cruzada]], os estados cristãos do Oriente mergulharam numa situação política e militar difícil. Inversamente, em termos econômicos e patrimoniais, conheceram uma época de desenvolvimento, principalmente no respeitante aos [[Templário]]s e [[Hospitalário]]s. O [[feudalismo|regime feudal]] difundia-se também, a par da miscigenação entre os vários povos europeus ali estabelecidos e da gradual latinização da [[Igreja]]. Este clima, no entanto, acicatou disputas entre os estados e os próprios cristãos. Outro perigo espreitava: [[Saladino]], o sultão do [[Egipto|Egito]].
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Saladino capturou [[Damasco]] em [[1174]] e [[Alepo]], em [[1183]]. Em [[1187]], avançou pela [[Galileia]] e, nos Cornos de Hattin, travou a [[Batalha de Hattin]] contra um exército cristão. Do lado cristão, as tropas do [[França|francês]] [[Guy de Lusignan]], o rei consorte de Jerusalém, e o príncipe da Galiléia [[Raimundo III de Trípoli]]. Ao todo, havia cerca de 60 mil homens - entre cavaleiros, soldados desmontados e [[mercenário]]s muçulmanos. Já a [[dinastia aiúbida]], repreentada por Saladino, contava com 70 mil guerreiros. Quando os cruzados montaram acampamento em um campo aberto, forçados a descansar após um dia de exaustivas batalhas, os homens de Saladino atearam fogo em volta dos inimigos, cortando seu acesso ao suprimento de [[água]] fresca. A cortina de [[fumaça]] tornou quase impossível para os cristão se desviarem da saraivada de [[flecha]]s muçulmanas. Sedentos, muitos cruzados desertaram. Os que restaram foram trucidados pelo inimigo, já de posse de Jerusalém (tomada em em Outubro de [[1187]]). Saladino poupou a vida de Guy, enquanto Raimundo escapou da batalha com sucesso. Isso desencadeou na cristandade uma nova onda de preocupação com a [[Terra Santa]]. Em [[1189]], Guy de Lusignan tentou reconquistar a cidade, num conflito que duraria anos e só seria resolvido com a chegada de um novo personagem: [[Ricardo Coração de Leão]], o rei da [[Inglaterra]].
 
==A Cruzada==
 
O [[Papa Gregório VIII]] lança imediatamente uma nova [[cruzada]], com o apoio de vários monarcas, entre os quais o imperador germânico Frederico I Barbaruiva, [[Filipe II de França|Filipe Augusto]] da [[França]], [[Henrique II de Inglaterra|Henrique II]] da Inglaterra (depois substituído pelo seu sucessor, [[Ricardo Coração de Leão|Ricardo I, Coração de Leão]]) e [[Guilherme II da Sicília|Guilherme II]] da [[Sicília]].