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A carreira de Borjalo começou em Belo Horizonte, no jornal ''[[Folha de Minas]]''. Logo ele passaria para ''[[O Diário de Minas]]'' e de lá para o Rio de Janeiro, onde foi colaborador das revistas ''[[A Cigarra]]'', ''[[Manchete (revista)|Manchete]]'', ''[[Revista O Cruzeiro|O Cruzeiro]]'' e ''O Cruzeiro Internacional''. Seus cartuns mais marcantes foram os que traziam mensagens ecológicas, assunto pouco abordado naqueles [[Década de 1950|anos 1950]].
 
Ficou conhecido fora do Brasil ao ser incluído entre os sete maiores caricaturistas do mundo no [[Congresso Internacional de Humorismo]], em [[1955]] na [[Itália]], e passou a ter trabalhos publicados no exterior, em veículos como ''[[The New York Times]]'' e ''[[Paris Match (revista)|Paris Match]]''. Pouco depois, foi apontado como um dos cinco maiores do mundo por outro mestre do desenho, o romeno naturalizado norte-americano [[Saul SteimbergSteinberg]].
 
Ainda nos [[Década de 1960|anos 1960]], passou a trabalhar em [[televisão]], integrando-se à equipe de [[Fernando Barbosa Lima]] na ''[[Esquire]]'', agência de comunicação que realizava programas para as principais emissoras do país, como as [[TV Rio]], [[TV Excelsior]], [[TV Tupi]], [[TV Itacolomi]], entre outras. Em [[1966]], deixou a ''Esquire'' e foi para a [[TV Globo]], convidado pelo então diretor-geral da emissora, [[Walter Clark]]. Na Globo, Borjalo trabalhou 36 anos, primeiro como diretor de programas, depois diretor de criação, diretor-geral da Central Globo de Produção, e finalmente, diretor de controle de qualidade. Foi um dos principais parceiros do executivo de produção e programação [[José Bonifácio de Oliveira Sobrinho]], o [[Boni]], na implantação do chamado "[[padrão Globo de qualidade]]".
 
Além de atuar na direção de televisão, Borjalo nunca deixou de desenhar. Mas adaptou seus desenhos à linguagem da TV. Ilustrava os programas que dirigia com caricaturas de olhos e boca móveis, para dar a impressão de que "falavam". Atores e/ou locutores dublavam os bonecos. Os primeiros [[bonecos falantes]] (como o próprio Borjalo apelidou essas caricaturas em papel-cartão) apareceram no [[Jornal de Vanguarda]] da TV Excelsior, mase o mais famoso deles foi a [[Zebrinha]] da Rede Globo, criada em [[1973]] para divulgar os resultados da [[Loteca|loteria esportiva]].<ref>''Placar'' número 1.101, março de 1995, Editora Abril, pág. 18</ref> Nos [[Década de 1990|anos 1990]], já usando os recursos da [[computação gráfica]], criou alguns "cartuns-eletrônicos" para as vinhetas de intervalo da Globo, os famosos "plim-plins".
 
Borjalo morreu por causa de um [[câncer]] na boca, aos 79 anos de idade. Deixou viúva (Marilu), filhos (Helena e Gustavo) e netos (Bernardo e Bruno).