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'''Osella Corse''' (ou simplesmente '''Osella''') é uma antiga construtora de carros de corrida [[Itália|italiano]], fundada em 1965 por [[Vincenzo Osella]] e que participou da [[Fórmula Um]], com sede na cidade de [[Volpiano]]. A equipe participou de 132 [[Grande Prêmio de Fórmula Um|Grandes Prêmios]] entre [[1980]] e [[1990]]. Desde o meio da década de 80, os carros utilizavam um motor [[Alfa Romeo]].
== História ==
=== O surgimento da Osella ===
A trajetória da Osella começa ainda na [[Década de 1960]], através de Vincenzo Osella, que no início corria com carros da [[Abarth]], em campeonatos italianos de turismo e subida de montanha. Quando a [[FIAT]] comrprou a Abarth, Enzo assumiu a direção esportiva e fundou seu time na pequena cidade italiana de [[Volpiano]], na região de [[Turim]]. Foram várias vitórias, principalmente com [[Arturo Merzario]] ao volante. Em [[1974]], ele ficou farto dos carros-esporte e se mandou para os monopostos.
 
=== Fórmula 2 ===
A Osella iniciou a sua passagem nas categorias de monopostos em 1974, na [[Fórmula 2]], com um FA2 equipado com motor BMW e pilotado por [[Giorgio Francia]]. Nos anos seguintes, Enzo Osella fez carros de F2, [[Fórmula 3]] e esporte, sempre com resultados bons e ruins. O time foi vice do [[Mundial de Marcas]] em [[1978]] com Francia, [[Lella Lombardi]] e [[Pal Joey (automobilista)|Pal Joey]], enquanto que em [[1979]], um novo FA2 conseguiu vitórias com [[Eddie Cheever]] na categoria.
 
=== Estréia na Fórmula 1 ===
Não demoraria muito para que Enzo chegasse à categoria máxima do automobilismo. Em [[1980]], a '''Osella Squadra Corse''' debutaria no Mundial de F1 com um [[Osella FA1|FA1]] desenhado por [[Giorgio Stirano]], patrocinado pela [[Denim]], com motor [[Ford Cosworth]] DFV e dirigido pelo norte-americano Eddie Cheever. A estréia foi no [[Grande Prêmio da Argentina de 1980 (Fórmula 1)|GP da Argentina]], onde Cheever não entraria no grid de largada. A primeira largada de um Osella foi no [[Grande Prêmio da África do Sul de 1980 (Fórmula 1)|GP da África do Sul]], o terceiro da temporada. Mas Cheever sofreria um acidente e abandonaria o GP. A Osella só terminaria um GP: o [[Grande Prêmio da Itália de 1980 (Fórmula 1)|GP da Itália]], onde Cheever terminaria em décimo-segundo, já usando um novo carro, o [[Osella FA1B|FA1B]], desenhado por [[Giorgio Valentini]].
 
=== Desempenho em 1981 e a chegada de Jarier ===
A temporada de [[1981]] prometia ser melhor, mantendo o patrocínio da Denim, e tendo como pilotos o italiano [[Beppe Gabbiani]] e o argentino [[Miguel Ángel Guerra]]. O ano foi demasiadamente instável para a Osella: Gabbiani e Guerra oscilavam entre não-qualificações e abandonos (Gabbiani não terminaria nenhuma corrida do ano). Guerra foi embora depois do [[Grande Prêmio de San Marino de 1981 (Fórmula 1)|GP de San Marino]] e foi substituído por [[Piercarlo Ghinzani]], que logo na estréia terminou o [[Grande Prêmio da Bélgica de 1981 (Fórmula 1)|GP da Bélgica]] em décimo-terceiro, mas não iria para o grid em Monaco e foi substituído por Giorgio Francia (que não se qualificou para o grid do [[Grande Prêmio da Espanha de 1981 (Fórmula 1)|GP da Espanha]]), e mais tarde pelo veterano francês [[Jean-Pierre Jarier]]. Ele, inclusive, conseguiu os dois melhores resultados da equipe naquela temporada (dois oitavos lugares, na [[Inglaterra]] e na [[Alemanha]]). Mesmo com a estréia do [[Osella FA1C|FA1C]] (com patrocínios da [[Saima]] e da [[Pioneer]]), projetado por Valentini, no GP da Itália, os pontos teimavam em não chegar para a esquadra de Enzo. Mas Jarier ficaria para [[1982]], e teria o jovem italiano [[Riccardo Paletti]] como companheiro de time.
 
=== Sensação de melhora e a morte precoce de Paletti ===
O FA1C foi mantido para o começo da temporada, e as coisas pareciam ser melhores para a Osella. Jarier chegou em quarto lugar no GP de San Marino e levou os primeiros 3 pontos para o time (o GP foi boicotado pela maioria das equipes devido a rivalidade FISA x [[FOCA]]). Jarier se classificaria com certa frequência, mas Paletti só largaria em dois GPs: em [[Detroit]] e no [[Canadá]]. Aliás, a corrida do Canadá foi de triste memória: Paletti sofreria um acidente após se chocar com a [[Scuderia Ferrari|Ferrari]] de [[Didier Pironi]] na largada. Ele morreria pouco tempo depois, com apenas 23 anos. Em sinal de luto, a Osella só manteve o carro de Jarier, mas a rotina de quebras continuaria (após o acidente, a Osella só terminaria 1 GP: o [[Grande Prêmio da Holanda de 1982 (Fórmula 1)|GP da Holanda]], com o décimo-quarto lugar de Jarier). No [[Grande Prêmio da Alemanha de 1982 (Fórmula 1)|GP da Alemanha]], o [[Osella FA1D|FA1D]] estrearia, com patrocínio da [[Kelemata]] e projetado por [[Tony Southgate]] (ex-[[Shadow Racing Cars|Shadow]] e [[Arrows]]).
 
=== Situação para 1983 ===
O FA1D seria o carro do começo da [[Temporada de Fórmula 1 de 1983|temporada de 1983]], e a Osella voltaria a ter dois pilotos: Piercarlo Ghinzani e [[Corrado Fabi]] (irmão de [[Teodorico Fabi|Teo Fabi]]). A Kelemata continuaria a patrocinar e o carro agora teria os motores da [[Alfa Romeo]], a partir do GP de San Marino - inicialmente, apenas para o carro de Ghinzani. Só a partir do [[Grande Prêmio da Inglaterra de 1983 (Fórmula 1)|GP da Inglaterra]], os dois carros teriam o Alfa). Também em Ímola, estrearia o [[Osella FA1E|FA1E]] (criação de Southgate). A temporada foi um fiasco, apenas como destaque o décimo lugar de Fabi no GP austríaco. Nos outros GP's, foram várias decepções.
 
=== 1984-1985: a sina continuaria? ===
[[ImageFicheiro:Ghinzani Osella FA1F 1984 Dallas F1.jpg|thumb|right|O Osella FA1F de 1984, pilotado por Piercarlo Ghinzani no GP de Dallas.]]
A [[Temporada de Fórmula 1 de 1984|temporada de 1984]] chegou e o [[Osella FA1F|FA1F]] (agora equipado com motor turbo) já seria lançado no [[Grande Prêmio do Brasil de 1984 (Fórmula 1)|GP do Brasil]], apenas pilotado por Ghinzani, que mais tarde teria o austríaco [[Jo Gartner]] como companheiro. Apenas quatro pontos foram somados: um quinto lugar de Ghinzani em Dallas e um outro quinto lugar, conquistado por Gartner na Itália. No fim, um ano melhor que os outros, com vários términos de corrida, porém com mais pontos.
 
O FA1F ainda correria as três primeiras etapas de {{anosF1|1985}}, quando o [[Osella FA1G|FA1G]] saiu do papel, mas praticamente era o mesmo carro. A falta de resultados e os frequentes abandonos foram suficientes para que Ghinzani perdesse sua vaga para o holandês [[Huub Rothengatter]] (favorecido pels generosos patrocínios que ostentava, com o objetivo de reforçar o caixa). Rothengatter nunca colocou o carro nos eixos, e a sina perseguia ainda mais a Osella.
 
=== 1986: quatro pilotos e mais palhaçadas na pista ===
Em [[Temporada de Fórmula 1 de 1986|1986]], o FA1F reapareceria junto com o FA1G nas corridas com a dupla formada por Ghinzani e o alemão [[Christian Danner]], que foi substituído no Grande Prêmio de Detroit pelo obscuro canadense [[Allen Berg]] (que chegou ao lado do patrocínio da [[Landis & Gyr]]), e até um [[Osella FA1H|FA1H]] apareceria pilotado por Ghinzani na Inglaterra, mas o melhor que a Osella pode oferecer foi o décimo-primeiro lugar do italiano no [[Grande Prêmio da Áustria de 1986 (Fórmula 1)|GP da Áustria]], usando o FA1G. Berg seria substiuído pelo jovem italiano [[Alex Caffi]], apenas no GP da Itália, mas mesmo assim não aconteceram melhoras mais significativas.
 
=== 1987: a "longa noite" da Osella se inicia ===
Para a temporada de [[Temporada de Fórmula 1 de 1987|1987]], a Osella lança o [[Osella FA1I|FA1I]], ainda com motores da Alfa Romeo. Dois italianos (Alex Caffi e [[Gabriele Tarquini]]) e um suíço ([[Franco Forini]]) se revezaram pela temporada inteira tentando fazer o carro andar mais. Apenas uma vez, o carro viu bandeira quadriculada, graças ao décimo-segundo lugar de Caffi em San Marino. No restante da temporada, vieram mais não-classificações e, quando se classificava, o carro abandonava logo depois.
 
=== 1988: a "longa noite" segue ===
Para [[Temporada de Fórmula 1 de 1988|1988]], a Alfa Romeo desiste da parceria total com a equipe, mas sem parar de fornecer os motores, rebatizados simplesmente com o nome do time. Viria o [[Osella FA1L|FA1L]], e o azul característico deu lugar ao preto. Nada que fosse assim tão importante para bons resultados, mas [[Nicola Larini]] segurou a barra da Osella, apesar da equipe ter terminado apenas três corridas, com destaque para o nono lugar em [[Grande Prêmio de Mônaco de 1988 (Fórmula 1)|Monte Carlo]]. No final do ano, Enzo trocou a Alfa Romeo pelos Ford-Cosworth de volta, ainda com o dinheiro e apoio da [[Fondmetal]] (empresa fabricante de rodas para corridas), chefiada por [[Gabriele Rumi]]. Como fruto dessa nova parceria, saiu o [[Osella FA1M|FA1M]], predominantemente branco, mantendo Larini e trazendo Ghinzani de volta. Não seria bastante dizer que o carro não era tão bom assim, apesar de Larini ter largado em décimo no Japão (e em décimo-primeiro na Austrália) e de ter sido o único a fazer o carro terminar uma corrida (décimo-segundo em Ímola). Enquanto isso, Ghinzani, já veterano, teria muitas dificuldades com o carro nas pré-qualificação. Enfim, 1989 não seria novamente o ano da Osella.
 
=== 1990: a "longa noite" continua, e a Osella é vendida ===
{{AP|[[Fondmetal]]}}
O ano de [[Temporada de Fórmula 1 de 1990|1990]] marca o fim da aventura da Osella na F-1. Rumi aumentaria suas cotas no time e a equipe é renomeada '''Fondmetal-Osella'''. O novo carro da equipe, o [[Osella FA1ME|FA1ME]], seria pilotado pelo francês [[Olivier Grouillard]]. O derradeiro ano do time seria um pouco melhor, com a equipe se qualificando com frequência e terminando várias corridas. O melhor desempenho do time foram dois décimos-terceiros lugares, no Canadá e na [[Grande Prêmio da Austrália de 1990 (Fórmula 1)|Austrália]]. No fim do ano, Enzo Osella vende sua parte para Rumi e sai da F-1. Finalmente, em [[1991]] Rumi (falecido em [[2001]]) muda o nome da equipe apenas para '''Fondmetal'''.
 
=== Paradeiro do pessoal da Osella ===
 
* '''[[Eddie Cheever]]''' - O norte-americano passou um bom tempo na F1, sendo um razoável piloto da [[Tyrrell Racing]], [[Ligier]], [[Renault]], [[Alfa Romeo]] e Arrows. Depois voltaria aos EUA para correr, vencer as [[Indianapolis 500|500 Milhas de Indianápolis]] em [[1998]] e virar dono de time da [[Indy Racing League]].
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* '''[[Vincenzo Osella]]''' - Reconstruiu a equipe nos carros-esporte, com sucesso, ganhando campeonatos de subida de montanha e de turismo.
 
== Ver também ==
 
* [[Lista de fabricantes de automóveis]]
 
== {{ligações externas}} ==
* [http://www.osella.it/ Sítio italiano oficial]
 
Linha 89:
 
[[ca:Osella]]
[[de:Osella (Rennteam)Squadra Corse]]
[[en:Osella]]
[[es:Osella]]