Sonata para piano n.º 3 (Beethoven): diferenças entre revisões

 

A terceira [[sonata]] de Beethoven [[Sonata Op. 2 n. 2 (Beethoven)|também]] é dedicada a [[Haydn]], e também tem quatro [[Movimento (música)|movimentos]]. Essa sonata - a última do [[Opus (música)|Opus]] 2 é em dó maior.

No desenvolvimento, os [[Ornamento (música)|trinado]]s e [[acorde]]s quebrados aparecem a toda hora, criando uma progressão [[Harmonia (música)|harmônica]] interessante. Depois da [[recapitulação]], Beethoven coloca uma mini-[[cadência]] antes de acabar o movimento. Nessa cadência, o carater é [[Improvisação (música)|improvisatório]]. A cadência termina no motivo inicial mais uma vez - como se fosse uma segunda [[recapitulação]], já saindo um pouco da forma tradicional, mesmo que só por um tempinho. O movimento acaba decisivamente em oitavas quebradas em fortíssimo e dois acordes decisivos. Os [[Acento (música)|acentos]] estão presentes em todas as partes do movimento (assim como nas sonatas anteriores).

 

Beethoven compôs o segundo movimento em uma [[tonalidade]] fora dos padrões esperados - Numa sonata em Dó maior, o segundo movimento é em Mi maior! - atingindo um contraste interessante.

 

Nesse segundo movimento, Beethoven coloca em prática seu talento pela melodia e progressão harmônica. A técnica de [[Sonata Op. 2 n. 2 (Beethoven)|"três mãos"]] aparece aqui nesse movimento. O pianista deve cruzar as mãos para obter o efeito de [[baixo]], [[melodia]] e [[Acompanhamento (música)|acompanhamento]] ao mesmo tempo. E tudo isso numa atmosfera bem delicada e calma. A expressividade desse movimento traduz uma das mais belas páginas da primeira fase de Beethoven.

 

O terceiro movimento é, de novo, um ''[[Scherzo]]''. Uma polifonia alegre cria um ''scherzo'' energético. O motivo de três [[colcheia]]s aparece ao longo do movimento, que termina com um [[salto]] de oitava <!--(que o pianista tem que estudar sempre para não errar, hehe)--> O [[trio]] passa rápido como um trem. Os acordes quebrados em forma de [[arpejo]] subindo e descendo criam uma atmosfera instável e sempre em movimento. A dificuldade aparece no final, com um arpejo descendente que não dá margem a ''[[Tempo rubato|rubatos]]'' ou "perdas de tempo." O interprete pode escolher tocá-lo bem fluido (com [[Piano|pedal]]) ou bem claro, (sem pedal). Qualquer que seja a escolha, o caráter deve ser mantido. A ''[[Coda (música)|CODA]]'' desse terceiro movimento desfaz a energia acumulada no ''Scherzo'' e prepara de certo modo a entrada do ''[[Rondó|Rondo]]'' final.

 

O quarto movimento vem em forma de um rondó. Com a caracteristica principal sendo a leveza e flexibilidade de pulso para tocar os acordes ascendentes do tema. O movimento apresenta saltos, oitavas, arpejos, [[escala]]s rapidissimas, etc - enfim tudo o que for possivel para desafiar a técnica do pianista. No final, Beethoven apresenta um de seus longos trinados (o que seria uma marca registrada das últimas sonatas).O movimento tem vários "finais" em hesitação, que se perdem em pausas com [[fermata]]s antes do final verdadeiro - energético em fortíssimo.

 

Fechando o ciclo de três sonatas Op.2, Beethoven parte da zona de conforto e tradicionalismo de Haydn e [[Mozart]] e embarca numa jornada que o levaria a reinventar a forma-sonata.

 

BERBER, (apelido). '''Sonata Op. 2 número 3'''. Extraído do sítio do Fórum musical Presto, <http://presto.s4.bizhat.com/viewtopic.php?t=55&postdays=0&postorder=asc&start=0&mforum=presto>, publicado com permissão do autor. Acesso em: 10/06/2007.

<References/>

| colspan="2" style="font-size: larger; text-align:center; border: 1px #996600 solid; background: #E3D4AD;" | '''Sonata para Piano No. 3'''

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| colspan="2" style="text-align:center; border: 1px #996600 solid; background: #E3D4AD;" | '''Composições de [[Ludwig van Beethoven]]'''

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[[Categoria:Sonatas de Ludwig van Beethoven]]