Historiografia marxista: diferenças entre revisões

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Pietro Roveri (discussão | contribs)
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O marxismo está dividido em grupos. Tem-se desde as concepções estruturalistas de Althusser até às concepções culturalistas de Thompson, passando é claro pelas concepções políticas de Gramsci. Assim, dizer que o método de análise marxista é puramente economicista é um erro grave de quem nunca leu o marxismo em sua amplitude. O marxismo como método de análise da realidade concreta deve considerar o tempo histórico como aspiral, mas percebe-se que muitos autores - intitulados marxistas - tratam do tempo histórico com uma linearidade que muitas vezes parece positivista e evolucionista, negando, assim, sua dialética materialista.
O marxismo tem ser que analisado com bastante cuidado, principalmente na historiografia atual, mas esse modismo culturalista implementado pela 4ª geração da escola dos annales também. A cultura é importante, mas quando desenvolvida como modo de vida, que segue a lógica do que os próprios Marx e Engels - idealizadores do método - diziam em A Ideologia Alemã: a história da humanidade tem que ser analisada tendo como pressuposto real homens vivos, mas para que estes homens vivam eles precisam comer, beber, se vestir, ter moradia e relacionar-se numa espécie de intercâmbio com a natureza e com o próprio homem, criando os instrumentos de produção de sua vida material e perpetuando a espécie. Comer, beber, se vestir, em suma, viver, então, são aspectos da cultura de um povo e não somente da economia.
Portanto, o marxismo vai além do que defendeu Marx e Engels,ampliando ou desmentindo conclusões de Marx.
 
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