Batalha de Chaul: diferenças entre revisões

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| nome_batalha= Batalha de Chaul
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| conflito = [[Descobrimentos portugueses]]
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| resultado = Vitória do Sultão de [[Guzerate]] e da armada do Sultanato [[Mamelucos|Mameluco]] do Cairo
| combatente1 = Armada [[Portugal|Portuguesa]]
| combatente2 = Armada do Sultão de [[Guzerate]]</br />Armada de [[Mamelucos]] do Cairo
| comandante1 = [[Lourenço de Almeida, capitão-mor]]
| comandante2 = [[Mirocem]], Almirante mameluco </br />[[Meliqueaz]] de Diu, Almirante de Guzerate
| for1 = oito [[vela (desporto)|velas]]
| for2 = um [[galeão]] uma [[nau]] seis [[galé]]s
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A '''Batalha de Chaul''' também referida como ''o massacre de Chaul'' foi uma batalha naval travada em Março de [[1508]] no rio [[Chaul]], 60 &nbsp;km a sul de Bombaim, entre uma frota [[Portugal|Portuguesa]] comandada por [[Lourenço de Almeida, capitão-mor|D. Lourenço de Almeida]] e a armada do [[sultanato mameluco do Cairo]], que viera em apoio do Sultão de [[Guzerate]]. A [[artilharia]] e a maioria das guarnições eram [[Turquia|turcas]], uma vez que os Mamelucos não tinham gente habituada a combater no mar.
 
== História ==
[[Lourenço de Almeida, capitão-mor|D. Lourenço de Almeida]] foi enviado por seu pai, [[Francisco de Almeida, vice-rei da Índia|D. Francisco de Almeida]], então [[Lista de governadores da Índia Portuguesa|vice-rei da Índia]], para proteger algumas [[nau]]s, entre [[Cochim]] e [[Chaul]]. Levava uma [[frota]] de oito navios, da qual eram capitães [[Pêro Barreto]], [[Lobo Teixeira]], [[Duarte de Melo]], [[Gonçalo Pereira]], [[Francisco de Anaia]], [[Paio de Sousa]] e [[Diogo Pires]], sob as ordens dele. Pelo caminho, entraram em alguns portos, onde saquearam e incendiaram a maioria das naus dos [[mouros]] que neles se encontravam. D. Lourenço foi avisado de que em [[Diu]] estava uma armada de [[rumes]] (soldados [[Turquia|turcos]] ou [[Egipto|egipcios]], que o sultão do [[Egipto]] enviara à [[Índia]], a pedido dos reis de [[Calecute|Calecut]] e de [[Cambaia]], na intenção de expulsar os [[Portugal|portugueses]]).
 
D. Lourenço preparou-se para ir a Diu, mas os rumes chegaram ao porto de Chaul com toda a sua armada, de que era capitão [[Mirocem]] (Amir Husain Al-Kurdi), a armada era composta por uma grande [[nau]] e seis [[galé]]s. Acompanhavam esta armada trinta e quatro fustas (compridas embarcações de fundo chato, a movidas a remos ou a vela) enviadas pelo rei de [[Cambaia]] (Guzerate) e sob o comando de [[Meliqueaz]], governador de Diu. Todos estes [[barco]]s vinham bem equipados e armados com muita artilharia de grande calibre. Ao ver esta armada na barra de Chaul, D. Lourenço, pelo rumo e feitio das naus, pensou que eram os barcos de [[Afonso de Albuquerque]] por quem esperavam. Assim, de nada desconfiou até que Mirocem entrou pelo [[rio]] com as suas naus e galés, arvorando bandeiras vermelhas com luas brancas, e ao passar pelos navios portugueses logo os atacou com bombardas, espingardas e frechas, indo lançar ferro junto da cidade. Refeitos da surpresa, os portugueses responderam de igual modo. Ancorada a frota inimiga, D. Lourenço, apesar de ter muitos feridos em todas as naus, decidiu com a sua e a de Pêro Barreto, abalroar o [[galeão]] de Mirocem, e ordenou aos restantes capitães como haviam de abalroar as outras embarcações inimigas.
 
Mirocem receoso de combater sem o apoio de Meliquiaz, mandou as galés fazerem fogo contra os navios portugueses, e com o primeiro tiro arrombaram o de D. Lourenço de Almeida. Passaram toda a noite a trabalhar para abalroar o galeão ao romper da manhã. Mas o vento era escasso pelo que nada conseguiram, no entanto os navios ficaram tão próximos que de um e outro lado os homens se alvejavam com armas de arremesso, o que dava vantagem aos rumes, pois sendo o seu navio mais alto, puderam ferir muitos portugueses, entre os quais o próprio D. Lourenço, atingido por uma seta e logo depois por outra em pleno rosto.
 
Pêro Barreto pôde abalroar uma das naus inimigas, sendo ele o primeiro a saltar para bordo, conquistando-a. Diogo Pires e mais dois capitães portugueses conseguiram abalroar mais três naus. Movido por essa vitória, D. Lourenço apesar de ferido, quis atacar o galeão de Mirocem, mas a conselho dos outros capitães não o fez, por ter ele próprio muita gente ferida e os restantes fracos. No dia seguinte Miliquiaz entrou no rio Chaul, e com a sua chegada os rumes ganharam novo ânimo. Tendo fundeado perto de Mirhocem, Miliquiaz mandou avançar três [[fusta]]s, ao encontro das quais saíram Paio de Sousa e Diogo Pires, com as suas galés, afundando uma das fustas e obrigando as outras duas a vararem em terra.
 
Ao romper de alvorada, Miliquiaz com as suas frustas, cercou a nau de D. Lourenço, atirando-lhe muitas bombardas, uma das quais lhe acertou de modo que começou a meter água em grande quantidade, indo encalhar numa estacada de pescadores. Quando Miliquiaz viu que a nau nao poderia escapar-lhe, ordenou a algumas das suas fustas que abalroassem a galé de Paio de Sousa, mas esta levada pela corrente do rio foi-se afastando. Quando a galé chegou ao ponto onde estavam as de Pêro Barreto, Duarte de Melo e Diogo Pires, ao verem que a nau de D. Lourenço não aparecia lançaram ferro, e o mesmo fizeram Francisco de Anaia e Lobo Teixeira, que já iam fora da barra. D. Lourenço, embora lhe tivessem preparado o escaler da nau, não quis abandonar o seu posto, mesmo depois de um tiro de bombarda lhe ter arrancado uma coxa, até que outra o matou. Nessa altura já a nau estava quase ao rés da água por causa de muitos tiros que lhe acertaram, e os inimigos, que de todos os lados a cercavam, abalroaram-na e invadiram-na por três vezes, sendo três vezes derrotados.
 
Mas como os portugueses eram poucos e sem ajudas, e eles muitos, os inimigos entraram definitivamente, travando-se uma luta, até que Miliquiaz, pesando-lhe ver morrer homens tão valentes, ainda salvou vinte. Nesta luta morreram oitenta portugueses entre capitães e marinheiros. Ao todo na nau de D. Lourenço e nas outras, morreram cento e quarenta homens e ficaram feridos cento e vinte e quatro.
 
== Referências ==
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* [[Índia Portuguesa]]
 
{{DEFAULTSORT:Batalha Chaul}}
[[Categoria:Batalhas dos Descobrimentos portugueses|Chaul]]
 
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[[en:Battle of Chaul (1508)]]